Bibliotecários: que futuro nos espera?

O contexto principal de hoje é o de transição.

As bibliotecas digitais ainda não substituíram as bibliotecas físicas, mas sabemos que esse processo está em percurso. Os livros digitais estão cada dia tomando seu lugar, mas não quer dizer que os livros impressos vão acabar, eles ainda existem, porque existem leitores que gostam do contato físico com o livro em papel, o cheiro, o manusear das páginas.

Falar de nossa profissão hoje, é falar de um profissional que está deixando de lado os estereótipos do passado, deixando de ser apenas o guardião. Percebemos como o mundo caminhou com relação às formas de acesso e transmissão das informações e também os tipos de profissionais de um ambiente e do outro.

A tecnologia com certeza substituirá toda a parte técnica do bibliotecário e este deve se adaptar a todas as mudanças se não quiser ficar fora do mercado de trabalho.

Mas porque não, tirar vantagem das ferramentas e tecnologias disponíveis para procurarmos caminhos melhores e mais efetivos para conectar as pessoas, os livros e a informação.

Por outro lado temos a para humanista, como falado por Moreno Barros na nossa última aula. Deixar essa parte técnica e dar um pouco do nosso tempo à aqueles usuários que necessitam de apenas uma conversa às vezes. Eu faço muito isso na biblioteca onde trabalho.

A biblioteca pode se tornar um espaço cultural, com exposições de arte e outras atividades culturais. Pode ser um lugar de leitura, troca de ideias e interação criativa entre os seus frequentadores.

A transformação não é sinônimo de extinção. O bibliotecário insere-se no mercado contemporâneo ao ampliar seus espaços, adquirindo o perfil de um profissional da informação, podendo atuar em ambientes que ultrapassem os limites das tradicionais bibliotecas.

Mas é essencial que acompanhemos a evolução do mercado pois as inovações não param. Grandes transformações virão no campo biblioteconômico e é preciso estar preparados para essas mudanças onde será exigido um profissional qualificado e antenado. Faz-se necessário o fortalecimento da competência e autoridade profissional. O bibliotecário será um profissional híbrido, no futuro, já tão presente.

Novos acontecimentos favorecerão a transformação profissional, sendo essas modificações comuns a todas as áreas do conhecimento existentes no mercado de trabalho atual.

Sabemos que as dificuldades são grandes e que nem todos estão engajados no mundo tecnológico, mas é preciso investir na formação continuada, aperfeiçoando o conhecimento, adquirindo competências e habilidades para atuar no futuro que já começou.

A profissão realmente terá um fim? Depende de que maneira nos preparamos para acompanhar as transformações que ainda estão por vir.