Lilian Oliveira
Cultura de Inovação em Bibliotecas
2 min readApr 3, 2016

--

Uma breve visão sobre a aquisição de periódicos eletrônicos numa biblioteca universitária

Comentei no meu texto anterior, que sou adepta do e-book. Realmente dou preferência para ler no meu Kindle (ou mesmo no iPhone), e sempre que posso, passo os artigos que preciso ler para o aparelho. Acredito que muitos estudantes, utilizem o mesmo esquema (seja utilizando o tablet, smartphone ou e-book reader), ao invés de desperdiçar dinheiro ou tinta de impressora.

Como bibliotecária de setor de aquisição de uma biblioteca universitária, pude, recentemente, ter uma nova visão — ainda crua, já que sou nova na função — de como se dá a aquisição de certas bases de dados que nos possibilitam ter acesso a conteúdos pagos de determinados fornecedores.

Nem tudo são flores. Começando pelo fato que por sermos uma biblioteca universitária federal, temos um orçamento limitado, dependendo, muitas vezes de fomento externo para aquisição dessas bases — nesse ponto me refiro aqui à FAPERJ. O último apoio financeiro dado pela FAPERJ com base no ano de 2014, assim como todos os outros, requer que um professor — pessoa física, seja responsável pela prestação de contas. Nem todo fornecedor, aceita uma pessoa física como “assinante” ou “comprador” de uma base de dados. Isso já foi um empecilho.

Outro empecilho, que pude perceber foi em relação a alguns contratos. Nós temos por premissa, priorizar a compra de livros sejam impressos ou eletrônicos da bibliografia básica ou complementar de um determinado curso. Nesses contratos, eles oferecem a listagem desses livros, porém, em alguns, existe uma cláusula que informa que eles podem, a qualquer momento, desde que informem com, se não me engano, 90 dias de antecedência, tirar qualquer título do catálogo, substituindo-o por outro. Ou seja, continuaríamos com a mesma quantidade de títulos adquirida no final, porém com títulos diferentes. Não teríamos uma garantia de que teríamos os títulos para sempre.

Em alguns casos, os alunos têm total liberdade para fazer o download para seus aparelhos, computadores, etc., dos livros/artigos adquiridos, em outros casos, somente um ou até 3 exemplares podem ser emprestados por certo tempo, por vez.

Cada caso é um caso. Enfim, tudo ainda me parece muito nebuloso e ainda carece de muito estudo e atenção na aquisição.

Percebo assim, que ainda tenho muito que aprender e me aprimorar nessa área.

--

--