Entregadores em tempos de Covid-19: um exercício de empatia

Fruto da chamada Gig Economy, os profissionais de delivery tem exercido um papel fundamental nestes tempos de quarentena.

Luiz Coelho
Cultura de Resultados
3 min readApr 21, 2020

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(Imagem de Kai Pilger por Pixabay)

Pandemia, quarentena, isolamento social... Neste cenário caótico um personagem ganhou destaque no dia a dia das pessoas — o entregador!

Seja para entregar remédios, comida ou outro produto qualquer, o entregador tornou-se figura importantíssima para a sociedade. Para que a maioria de nós continue se protegendo, recorremos aos serviços de entrega. Consequência: estes trabalhadores se expõem durante longas jornadas a transmissão do novo Corona vírus.

Do nosso ponto de vista, basta pegar seu smartphone, abrir um destes aplicativos e, pronto! Em poucos minutos o entregador chega na sua porta com o seu pedido. Contudo, você já tentou se colocar no lugar desta pessoa? Já pesquisou quais são as condições de trabalho destas pessoas? Sabe qual é a segurança que estas pessoas possuem? Entende qual é a relação entre as plataformas, os restaurantes e entregadores? E quanto o entregador recebe

A chamada Gig Economy ou Economia sob demanda está sendo colocada em xeque por muitos governos, economistas e futurólogos. Estamos falando do modelo de empresas como Uber, Ifood, Rappi e outros aplicativos que viraram tendência mundial.

Os trabalhadores do Gig são contratados independentes, trabalhadores de plataformas online, trabalhadores de firmas contratadas, trabalhadores de plantão e trabalhadores temporários. (Wikipédia)

Startupeiros e empresários liberais vendem a ideia de que essas plataformas transformam essas pessoas em empresários de si mesmos. Por outro lado, a falta de vínculo empregatício, direitos trabalhistas e altas taxas das plataformas fomentam a precarização do trabalho.

O programa Greg News desenrolou um episódio para falar deste assunto e, independente de você gostar ou não do Gregorio Duvivier, este episódio está bem informativo e responde a estas e outras perguntas:

(episódio Delivery do programa Greg News publicado no canal da HBO Brasil)

Na busca por comodidade e conforto, pegar nossos smartphones e selecionar um lanche é uma tarefa extremamente fácil! Porém, estamos totalmente conscientes do que acontece nos bastidores do delivery? Estamos exercendo nosso poder empático com as pessoas envolvidos nesses serviços?

Convido vocês a “se esvaziarem” de toda crença e pré-julgamentos sobre o assunto e assistam ao curta-metragem documentário chamado Vidas Entregues, que mostra o dia a dia de entregadores das mais famosas plataformas de delivery.

A empatia é o principal pilar da Cultura de Inovação. Diria que é condição sine qua non para quem busca resolver de problemas complexos e desenvolver soluções de modo mais criativo e com foco no ser humano.

Não existe inovação se você não começar com um olhar empático, então compartilhe aqui o que achou do vídeo. Qual sua opinião sobre o assunto?

Convido você a fazer um grande exercício chamado “Como Nós Podemos…”. Evidencie os principais problemas deste universo, escrevendo cada um deles começando com “como nós podemos…”. Por exemplo: “Como nós podemos aumentar a segurança física dos entregadores?” Use post-its para facilitar e escreva cada problema num post-it.

Mãos a obra!

Bom filme, bom exercício e compartilhe seu resultado :)

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Luiz Coelho
Cultura de Resultados

Consultor de inovação e Facilitador de processos ágeis