Entregadores em tempos de Covid-19: um exercício de empatia
Fruto da chamada Gig Economy, os profissionais de delivery tem exercido um papel fundamental nestes tempos de quarentena.
Pandemia, quarentena, isolamento social... Neste cenário caótico um personagem ganhou destaque no dia a dia das pessoas — o entregador!
Seja para entregar remédios, comida ou outro produto qualquer, o entregador tornou-se figura importantíssima para a sociedade. Para que a maioria de nós continue se protegendo, recorremos aos serviços de entrega. Consequência: estes trabalhadores se expõem durante longas jornadas a transmissão do novo Corona vírus.
Do nosso ponto de vista, basta pegar seu smartphone, abrir um destes aplicativos e, pronto! Em poucos minutos o entregador chega na sua porta com o seu pedido. Contudo, você já tentou se colocar no lugar desta pessoa? Já pesquisou quais são as condições de trabalho destas pessoas? Sabe qual é a segurança que estas pessoas possuem? Entende qual é a relação entre as plataformas, os restaurantes e entregadores? E quanto o entregador recebe
A chamada Gig Economy ou Economia sob demanda está sendo colocada em xeque por muitos governos, economistas e futurólogos. Estamos falando do modelo de empresas como Uber, Ifood, Rappi e outros aplicativos que viraram tendência mundial.
Os trabalhadores do Gig são contratados independentes, trabalhadores de plataformas online, trabalhadores de firmas contratadas, trabalhadores de plantão e trabalhadores temporários. (Wikipédia)
Startupeiros e empresários liberais vendem a ideia de que essas plataformas transformam essas pessoas em empresários de si mesmos. Por outro lado, a falta de vínculo empregatício, direitos trabalhistas e altas taxas das plataformas fomentam a precarização do trabalho.
O programa Greg News desenrolou um episódio para falar deste assunto e, independente de você gostar ou não do Gregorio Duvivier, este episódio está bem informativo e responde a estas e outras perguntas:
Na busca por comodidade e conforto, pegar nossos smartphones e selecionar um lanche é uma tarefa extremamente fácil! Porém, estamos totalmente conscientes do que acontece nos bastidores do delivery? Estamos exercendo nosso poder empático com as pessoas envolvidos nesses serviços?
Convido vocês a “se esvaziarem” de toda crença e pré-julgamentos sobre o assunto e assistam ao curta-metragem documentário chamado Vidas Entregues, que mostra o dia a dia de entregadores das mais famosas plataformas de delivery.
A empatia é o principal pilar da Cultura de Inovação. Diria que é condição sine qua non para quem busca resolver de problemas complexos e desenvolver soluções de modo mais criativo e com foco no ser humano.
Não existe inovação se você não começar com um olhar empático, então compartilhe aqui o que achou do vídeo. Qual sua opinião sobre o assunto?
Convido você a fazer um grande exercício chamado “Como Nós Podemos…”. Evidencie os principais problemas deste universo, escrevendo cada um deles começando com “como nós podemos…”. Por exemplo: “Como nós podemos aumentar a segurança física dos entregadores?” Use post-its para facilitar e escreva cada problema num post-it.
Mãos a obra!
Bom filme, bom exercício e compartilhe seu resultado :)