a gente não vive apenas para pagar boleto
algumas dicas de priorizar coisas realmente importantes
Você já ouviu falar de consumo consciente? esse tem sido meu maior objetivo depois que sai da casa dos meus pais, consiste basicamente em consumir menos & comprar menos. deste muito criança quis alcançar uma liberdade, que era sair da casa dos meus pais, mas há pouco tempo descobri que poderia chamar esse sentimento de liberdade financeira.
sair da casa dos pais é fácil, difícil mesmo é organizar todas as contas no início e final de cada mês, tentar guardar um dinheirinho pra investir, outro dinheirinho para ir num restaurante, uma viagem ali em pirenópolis — essas e muitas outras coisas só tem sido possível sabendo onde e com o quê gastar. consumo consciente trata-se disso: estar em plena certeza de que você realmente precisa comprar, se precisa de uma brusinha nova todo mês ou toda vez que vai fazer uma viagem, de levar dois chocolates ao invés de um, de aproveitar todas as promoções fast fashion da semana. às vezes somos guiados por impulsos e acabamos entulhando nossas vidas com um bocado de coisas que (muitas vezes) não nos fazem bem.
na mesma perspectiva, passei a olhar o dinheiro de outra forma: para que eu tenha dinheiro na minha conta bancária é preciso que eu trabalhe, para trabalhar preciso gastar tempo de vida, além de paciência, estresse e várias outras coisas dos perrengues diários de um trabalhador (você sabe). então a lógica é simples, dinheiro é, querendo ou não, desgaste físico e emocional. então vou dar algumas dicas de como tenho consumo com consciência e economizado, por tópicos ~as fabulosas dicas para não viver de pagar boletos~:
roupas, sapatos
encontrar um estilo é a melhor coisa que existe no mundo, você consegue definir uma paleta de cores para suas roupas e nunca enjoa. descobri isso porque não compro roupas há mais de um ano, algumas calças começaram a rasgar e juntei todas para que elas pudessem ser remendadas (calçados também podem ser remendados, acredita?). ter poucas roupas proporciona você descobrir o potencial de cada peça e ficando fácil combinar elas entre si. sobreposições, texturas. é poético. devíamos valorizar mais nossa roupas e também o dinheiros dedicado à elas.
alimentação & rolets
tem dias que não dá pra evitar, tem rolês com os amigos, uma sexta-feita no barzinho. acontece, e geralmente não me privo destes momentos, não é nem pela bebida, nem pela comida, mas pela companhia. então tento economizar fazendo marmita todos os dias para levar pro trabalho.
comecei a olhar meus limites, meus gostos e passei a respeitá-los. não gosto de virar a noite em baladas, não gosto de beber horrores. ter consciência disso me faz não chorar no final do mês com a fatura do cartão de crédito. seguimos firme.
educação
“educação é um investimento”, dizem, e o retorno é breve. não economizo para esse tópico, mas não costumo me endividar por esse motivo.
casa (pra quem já saiu ou quer sair da casa dois pais)
garimpe móveis usados ou procure fazer seus móveis. é barato, tem estilo. não vou negar que é muito mais fácil comprar algo pronto, mas é muito mais delicioso fazer você mesmo. os gastos com casa não são poucos, principalmente nos primeiros meses, decidi com o namorado que montaríamos tudo aos pouquinhos. uma parte da casa por vez. aos poucos teremos nosso apartamento pronto, sem se descabelar.
O dinheiro está ligado ao modo que nos posicionamos no mundo e principalmente como consumimos e digerimos ao que é imposto como certo. alguns estudos afirmam que o consumo exagerado está ligado a um vazio e dor emocional, onde tentamos preencher com coisas novas, mas já sabemos que esse sentimento de estar completo é passageiro. se não cuidarmos acabamos entrando num ciclo vicioso de mais crédito pessoal, cheque especial, por favor.
decidi escrever esse texto para que as pessoas pudessem sabe o quão incrível é não precisar de muito-muito, o quão maravilhoso é não ter nome negativado (sim, eu sinto orgulho disso), um dos benefícios de viver de um modo mais consciente e simples, por assim dizer, me permite morar mais perto do trabalho e consequentemente ter mais qualidade de vida. quando sai da casa dos meus pais decidi que não queria viver pra pagar boleto, você quer?
