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Foi numa tarde de maio, em meio ao isolamento social provocado pela pandemia de COVID-19, que as conversas sobre um site que discutisse curtas-metragens começaram. Depois de uma sessão dupla com os filmes Terremoto Santo (2017), de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, e Dia de Pagamento (2016), de Fabiana Moraes, e de uma conversa acalorada e apaixonada sobre o que fora visto, começamos a pensar que não conhecíamos espaços virtuais dedicados exclusivamente ao debate crítico de curtas.
Embora haja iniciativas de democratizar o acesso a esse tipo de cinema, como a do excelente Porta Curtas e o interessantíssimo Curta na Escola, que funcionam, respectivamente, como um repositório de vídeos e como suporte para ferramentas que interseccionam cinema e educação, percebemos que não há muitos portais, revistas, sites ou blogs que reflitam a produção de curtas-metragens.
E foi pensando nisso que o Curta Curtas nasceu. Movidos pela vontade de se falar sobre esse tipo de cinema e da necessidade de se preencher essa lacuna, o Curta Curtas deseja promover o debate crítico da produção nacional (e em menor grau a produção da cinematografia de outros países) e também discutir a democratização do acesso aos filmes.
Vale dizer que no passado houve a nobre iniciativa de Cid Nader, figura carimbada em festivais grandes e pequenos Brasil afora, que se dedicava a escrever resenhas de curtas-metragens. No entanto, sua partida deixou um vácuo. E é por isso que dedicamos este site à memória dele e a todo o circuito curta-metragista do Brasil.
É preciso falar sobre filmes que, usualmente, não são comentados além dos muros de festivais, que não são conhecidos ou divulgados para além de pequenos nichos. É preciso pensar que dentre todas as modalidades fílmicas, é a modalidade do curta-metragem que democratiza o fazer cinema — e que permite que autores, diretores e sujeitos, às vezes marginalizados por pertencerem a grupos minoritários (que por vezes, em termos quantitativos, são maioria, como as mulheres e os negros), expressem suas visões e ideias. É preciso apontar que a produção de curtas-metragens é campo fértil e criativo, que acaba sendo, ao mesmo tempo, celeiro e palco de experimentações de linguagem e de ideias. É preciso ver e falar sobre tudo isso.
E é isso que o Curta Curtas pretende: falar sobre filmes que pouco são falados; falar com cineastas que produzem obras de qualidade ímpar; falar com pessoas que, como a gente, são apaixonadas por cinema.
Tendo em mente que o cinema em si nasceu quando os irmãos Lumière exibiram filmes de curta-metragem no porão de um café em Paris, nada mais justo que hoje, quase cento e vinte cinco anos depois, haja um espaço cujo foco seja, exclusivamente, celebrar, refletir, pensar, debater, criticar e divulgar curtas-metragens. Porque curtir curtas é, no fim das contas, curtir cinema.
Sandro Alves de França e Thiago Dantas,
editores do Curta Curtas.
QUEM SOMOS
Editores
Sandro Alves de França
Jornalista, professor e mestrando. Praiêro nas horas vagas. Escreve, reclama, lê e assiste a filmes. 30 anos de sonho e de sangue. E de América do Sul.
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Thiago Dantas
Comunicólogo e professor. 31 anos. Nascido e criado em São São Paulo, mora em João Pessoa há quatro anos. Gosta de ficar parado, de praia e de arte, sobretudo de arte.
Colaboradores
Amanda Guimarães
Professora de redação que demorou muito pra se aceitar nessa caixinha. É redatora e gosta de (quase) qualquer coisa que envolva texto. Assim como April Ludgate, tem interesse em pessoas, lugares e coisas.
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Hannah Cintra
Contadora por formação, professora por profissão. Cinéfila, melófila e bibliófila viciada em café e vídeos de gatinhos. Vou mostrando como sou e vou sendo como posso há 26 anos.
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Tamires Santiago
Professora de língua portuguesa e mestranda em Linguística. Apaixonada por música e sorvete de creme com passas e cada vez mais encantada por cinema e literatura.
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Vinicius Frota
Estudante, 21 anos. Apenas um rapaz latino-americano correndo atrás do que a vida pode oferecer. Apaixonado por basquete, livros, filmes e séries. Deseja viajar porque sabe que ainda tem muito para desbravar.