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O Mundo de Aran

Sobre a Herança dos Exploradores

A Premissa do Livro (e da Saga)

Vinicius I.S. Lara
Published in
4 min readApr 16, 2020

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Texto publicado originalmente em 17 de janeiro de 2017. Revisado e atualizado.

Foram longos anos.

Tudo começou com uma simples ideia de narrativa, que aos poucos foi crescendo na minha mente. Rascunhos foram feitos através dos anos. Vários.

A primeira ideia era ter três garotos como personagens centrais. Esses garotos seriam filhos de um grande nobre, num mundo medieval de baixa fantasia.

Trilogia disponível na Amazon.br

À princípio, minha maior influência era a riqueza de detalhes nos cenários apresentados nas obras de Tolkien — com foco na trilogia de O Senhor dos Anéis. A magia sutil que envolve os personagens e o universo apresentado nos livros. O tom épico da empreitada dos personagens.

Conforme eu estudava mais sobre escrita, narrativa e revisava meus textos e ideias, as influências se expandiram. A riqueza histórica nos trabalhos de Bernard Cornwell em As Crônicas de Arthur, nas Crônicas Saxônicas e na “Trilogia do Arqueiro”. A imersão e riqueza cultural nas obras de Conn Iggulden nas séries O Imperador e O Conquistador.

Crônicas Saxônicas, de Bernard Cornwell

A magistralidade com que J.R.R. Martin trabalha seus personagens, seja em excelentes diálogos, seja em seus arcos dramáticos, na série Crônicas de Gelo e Fogo — conhecida pela série de televisão Game of Thrones (Jogo dos Tronos).

Somado ao prazer que adquiri em criar personagens.

Tudo isso. Todas essas referências e experiências narrativas construíram a ideia da Saga dos Corbans. Uma história de traição, ambição, ganância, desespero e medo pelo desconhecido.

Uma narrativa num universo de (baixa) fantasia medieval, com o tradicional capa e espada. Com influências até mesmo corriqueiras… Por que, então, escrever essa história? Por que, então, ler essa história?

Porque, desta vez, acompanharemos não somente a história de um personagem, ou de um grupo de personagem. Vamos acompanhar a história de toda uma família, de um clã e seus aliados. E inimigos.

Mas não, não teremos um família Stark — apesar das influências existirem. Os Corbans não são isolados geograficamente, e o continente não se limita a um único reino. A Casa Corban é uma família influente, não só pelas ações passadas, mas pelas ações presentes.

Acompanharemos personagens calejados, que trazem cicatrizes fundas em suas personalidades e que se veem tendo de pagar dívidas aos deuses e aos mortais.

Acompanharemos personagens que terão seus primeiros desafios, jogados numa disputa de forças políticas e divinas muito acima de suas capacidades.

Personagens que, num momento de desespero, ascendem. E caem…

(…) Backhen vencia as escadas do alpendre, direto para o pátio. O Capitão ergueu seu escudo assim que vislumbrou um movimento à direita. Uma flecha cravou na madeira. Então se virou rapidamente, erguendo sua lança num impulso forte. Empalou um inimigo, que saltava sobre ele, vindo do alto da escada.

Sem hesitar, bufando devido ao esforço, Backhen girou sua lança, com o corpo preso a ela, e empurrou um segundo inimigo, que desceu rolando as escadas. Um terceiro avançou sobre ele, num rápido movimento de pés, a fim de achar uma brecha para passar pelo escudo.

Backhen arremeteu escada abaixou, num impulso inesperado. Os dois se enroscaram e desceram os degraus restantes da escada em rodopios, numa confusão de braços, pernas, socos e empurrões.

O Capitão ajoelhou-se, meio tonto. Havia um inimigo empalado em sua lança; outro estatelado ao seu lado, o pescoço num ângulo estranho; e um terceiro, que saía de baixo do corpo empalado. Desceu o escudo com força na cabeça deste. Uma. Duas. Três vezes. Ergueu-se e livrou sua lança. Sentia dores nas costas, braços e pernas, mas pelo menos venceu a descida sem demora.

Bateu sua lança no escudo novamente. Seus homens, os que sobravam, chegavam até ele, iniciando uma formação de tartaruga. Uma esfera mortal de escudos e lanças (…).

(…) Backhen avançou para junto de seus homens, mas teve que recuar alguns passos.

Desviou uma investida de espada com sua lança e girou o corpo, fazendo seu escudo se chocar pesadamente contra o rosto de seu atacante. Bloqueou outro golpe com seu escudo, de outro inimigo, e, num salto curto, enterrou sua lança de cima para baixo. A arma entrou no peito do infeliz e saiu pelo seu traseiro, fincando-se nas juntas do pavimento de pedra. O corpo ficou pendurado, meio em pé, meio sentado, preso à lança. Uma fonte macabra de sangue e excremento (…).

Este foi um trecho do primeiro volume da série A Saga dos Corbans.

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Vinicius I.S. Lara

Escritor Independente. Narrador de RPG nas horas vagas. Tentando sonhar menos e realizar mais...