O funk e sua moda

Alice Simi
Da Massa
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2 min readNov 12, 2018

Claramente vivemos em uma sociedade eclética, e é fato que existe uma grande diversidade cultural no país, entretanto, alguns estilos não são tão aceitos ou bem vistos por uma grande parte da população.

O funk por exemplo é um estilo musical ainda muito marginalizado e pessoas que curtem a música e vão aos famosos “bailes funk” também sofrem preconceitos, em especial pela roupa que usam. Todos os estilos musicais carregam consigo um estilo de roupa também, e isso não seria diferente com o funk.

Conversamos com Nathália Freitas, de 21 anos, frequentadora de alguns bailes funk da zona norte de São Paulo. Para ela as roupas que usam no baile são aceitas por todos ali naquele ambiente

“por que é como um estilo único, tem um padrão — meninas de shorts, body, cropped, então um não julga o outro”.

Nathália e sua amiga Kuane Rodrigues, de 20 anos, no baile da Zaki Narchi, na zona norte de SP

O funk virou uma demonstração cultural, começou a dar voz para a comunidade, criou oportunidades de mudança para muitos jovens da periferia e em especial, fez com que as pessoas que curtem ele, deixassem o medo de se vestir de lado, pois nos dias de hoje existe uma grande representatividade da cultura do funk, porém, a maioria da população segue um padrão de estilo de roupa diferente dos funkeiros e isso gera preconceito.

Na opinião de Nathália:

se a roupa for usada em outro ambiente, como shopping, ou qualquer outro lugar é vista com maus olhos por muitas pessoas”

Assim como existia preconceito com as roupas usadas pelos roqueiros ou hippies, existe pelas roupas usadas pelos funkeiros e talvez nunca deixe de existir, entretanto, a moda da quebrada está começando a ocupar o seu lugar de fala.

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Alice Simi
Da Massa

Ex-estagiária de mídias sociais e comunicação interna da Sabesp e criação do jornalismo da PUC-SP