Lançamento "DaPolítica"

Bernardo Monteiro
DA POLÍTICA
Published in
3 min readJan 13, 2016

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Este é um convite a você, leitor “DaPolítica”, para participar de nossas discussões, trazendo suas ideias, experiências e aprendizados, vividos e desenvolvidos em suas micropolíticas, na sua vida pessoal e profissional. Somos feitos para agir, interagir, manifestar ideias, participar de decisões. Devemos exercer nossas habilidades. Quem tem asas deve voar.

Influenciamos outras pessoas por ações ou omissões, e assimilamos as influências que os outros nos impõem, com espírito crítico. Nas relações entre pessoas, em cada situação há vínculos de poder de algumas pessoas sobre outras — podemos estar sujeitos ao poder de outros e em outro momento sujeitamos outros ao nosso poder. A habilidade de nos relacionarmos com outras pessoas, com o resto da sociedade, tendo em vista a satisfação de interesses ou do bem comum, essa habilidade chama-se política.

DaPolítica” é um fórum de discussão onde são abordados temas relacionados a políticas de educação e ciência. Se o nome "DaPolítica" parece mais abrangente que os seus propósitos, continue lendo, e se a primeira impressão não for desfeita, deixe um comentário ao final.

Pensando qual seria a ciência suprema, Aristóteles concluiu, em "Ética a Nicômaco", que essa ciência é a Política, pois ela dispõe sobre quais são as ciências necessárias nas cidades, ou no país, e sobre como elas devem ser ensinadas, e por quanto tempo deve durar o seu ensino. Esse modo de ver a política faz pensar que ciência e educação são temas inseridos em uma hierarquia cujo topo é a política. Portanto, em um determinado país, o desenvolvimento da ciência e da educação está subordinado à definição das políticas nele amadurecidas e praticadas.

Já na obra "Política", Aristóteles chama a sabedoria de ciência suprema. Ao invés de mencionar a política, diz que a sabedoria cumpriria o papel de organizar as outras ciências.

Não é possível desenvolver a ciência e a educação sem boas políticas e sem sabedoria. Inversamente, o desenvolvimento da ciência e da educação permitem a elaboração e a prática de melhores políticas, e o desenvolvimento do rigor do pensamento e da sabedoria.

A ciência é capaz de oferecer soluções para a efetivação de políticas diversas, tais como as relacionadas à saúde, à segurança, ao transporte, à infraestrutura, sem esquecermos das políticas tributárias, sem as quais nenhum governo até hoje ousou sobreviver. Aguarda-se a solução científica para a simplificação do sistema tributário, do imposto único, ou do imposto mínimo. Enquanto isso, nosso Estado, caracterizado pela educação e pela ciência mínimas, nos impõe as políticas tributárias da arrecadação máxima, com uma complexidade legislativa que nenhum tributarista é capaz de dominar.

Todos parecem concordar que falta aos brasileiros um pouco mais de ciência e educação, e que esses dois elementos são essenciais para o desenvolvimento tecnológico, ético e econômico de nosso país. As políticas que nos trarão soluções nesses campos podem ser públicas ou privadas. É interessante que um Estado democrático continue a financiar a pesquisa científica e as instituições públicas de ensino para que se garanta a liberdade de pensamento e de desenvolvimento de conhecimento em todos os níveis, do ensino fundamental à pesquisa universitária de pós-graduação. Mas os interesses privados em educação e pesquisa científica também devem ser atendidos, respeitados os princípios constitucionais e os direitos fundamentais.

Mesmo que a ciência nos aponte boas soluções, se não houver educação que permita ao povo assimilar tais conhecimentos, de nada adiantará a mais avançada ciência importada dos melhores cientistas. É fundamental que tenhamos em nosso país uma grande comunidade científica e a atenção da população voltada para a construção de soluções para uma melhor educação, do ensino fundamental ao universitário.

As políticas de ciência e educação devem ser pensadas e implementadas por todos, pois são responsabilidade de todos e atingem a todos nós. Cada uma de nossas pequenas atitudes com relação às escolas, às universidades e à pesquisa científica fazem de nós autores e implementadores de micropolíticas de ciência e educação, que compõem as políticas nacionais, em alguma medida. Neste espaço na internet, chamado "DaPolítica", todos são convidados a ler, escrever, comentar, curtir, compartilhar, e, por favor, divulgar. Qualquer pessoa com uma ideia pode publicar conosco, desde que exponha seu nome embaixo do que escrever. Venha, participe e use o nosso blog no Medium.com para escrever e formatar textos sob nossa orientação. O conteúdo de sua publicação será livre e sempre bem-vindo. Nós só daremos sugestões quanto à elaboração da forma. Estamos aguardando ansiosos por sua participação.

– Bernardo Monteiro

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Bernardo Monteiro
DA POLÍTICA

Advogado e biólogo por formação. Cozinheiro por paixão.