Por que tantas empresas estão adicionando bitcoin aos seus portfólios?
O que leva empresas a enxergarem o bitcoin como um investimento?
Recentemente, a Stone Ridge Asset Management investiu 115 milhões de dólares em bitcoin, seguindo uma tendência iniciada há algum tempo e repetida por empresas como a Square que também investiu US$ 50 milhões na criptomoeda mais popular do mercado.
Nas palavras da CFO da Square, Amrita Ahuja, “O bitcoin tem potencial para ser uma moeda mais onipresente no futuro. À medida que sua adoção cresce, queremos aprender e participar dessa novidade de forma disciplinada. Para uma empresa que está construindo produtos com base em um futuro mais inclusivo, este investimento é um passo nessa jornada.”
Mas o que leva estas empresas a enxergarem o bitcoin como um ativo a ser investido?
Um dos motivos é a diversificação de risco e ampliação do portfólio. Do ponto de vista de organização dos recursos financeiros da empresa, o bitcoin como ativo pouco correlacionado com outros ativos financeiros, melhora a estrutura de risco de qualquer portfólio, mesmo com a suposta volatilidade da criptomoeda. (Lembrando que quando a volatilidade é “pra cima”, como é o caso do bitcoin, é ganho pra quem está comprado). Outro motivo são os estímulos globais criados pelos Bancos Centrais e o receio de um processo de hiperinflação, motivados principalmente pela crise gerada pela pandemia.
Para se ter uma ideia, hoje existem 602,0055 BTC nas reservas de 17 empresas de capital aberto. A tendência é que isso só cresça e várias outras empresas comecem a investir também. Pelo menos é o que o CEO da Gemini, Tyler Winklevoss (sim, o investidor do Facebook) acredita. Para ele, a compra maciça de bitcoins da Square é só o início de uma tsunami institucional de investimentos no BTC que veremos de agora em diante.
Particularmente, acredito que vamos ver uma evolução no conceito de dinheiro, do ponto de vista da tesouraria das empresas. Essa evolução acontece baseada na evolução do bitcoin como um ativo aceito financeiramente em círculos mais tradicionais, na introdução das Central Bank Digital Currencies, ou Moedas Digitais de Bancos Centrais e às moedas corporativas, sendo a Libra, a primeira a aparecer.
O primeiro sinal é mais empresas começarem a investir em bitcoin e entender o funcionamento do dinheiro open source.
