Os Troncos da Vida

Inspirado pela maravilhosa vista da lua observada de dentro de um ônibus trepidando.

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Enquanto vivo agachando-me para passar por baixo dos galhos e espreitando-me por entre árvores derrubadas pelas densas enchentes, imagino que nada na natureza é feito para durar. Se essas árvores — duras como são — não suportam uma enchente, imagine nós, seres de carne frágil e estrutura tão pouco rígida. Como superaremos tanta dor, tristeza e angústias que esse mundo proporciona?

Há esperança em nós, ou não? Decerto, não.

Vivemos como carne e osso aqui na terra, mas creio que, na eternidade, não seremos assim, tão fáceis de sermos destruídos e despedaçados, pois isso está descrito na Revelação à João [1]. Assim, não vale a pena conferir tanta importância a este mundo corrompido (por nós mesmos), pois tudo aqui está destinado à mais pura destruição.

Agora, ao contrário do nosso corpo físico, nosso interior não está fadado a tão desesperado fim. O ser (ontológico), diferentemente da materialidade corporal, pode superar essas fraquezas físicas comuns, conseguindo, portanto, passar por essa terra e conquistar a nova Jerusalém [2], o oriente celestial consagrado aos terrenos pecadores, os quais, justamente por reconhecerem que essa característica é inerente ao ser e que, para dela livrar-se, necessitam de Jesus Cristo [3], são chamados para ter com o Criador e louvá-lo.

As árvores caídas pelo caminho, citadas do início, são, na minha comparação, as dificuldades que surgem diariamente em nossas vidas. Para superá-las, é necessário que, além do corpo, seja forte a alma. Certamente, sem que esta esteja robusta, não adianta muito ter poder garantido por aquele. Sendo assim, sem que a parte eterna do homem (a alma) esteja baseada em um bastião fixo, é impossível ter pleno em mãos o futuro além deste terreno. O bastião verdadeiro, a saber, é Jesus Cristo, aquele que conviveu conosco, mas que, por sua divina qualidade, não se deixou contaminar pelo destino deste mundo, diferentemente de nós.

Ainda nesse sentido, oportuna é a lição de Hernandes Dias Lopes: “o pão da terra não pode matar a fome da alma”, pois “somente Deus pode satisfazer os anseios da nossa alma” [4]. Por um, houve o pecado e, por um, há a salvação.

Glórias ao Deus que vive e reina eternamente. Amém!

Notas:

1- Apocalipse 21:4;
2- Apocalipse 21:1;
3- João 3:16;
4- Texto completo disponível no endereço:
http://www.ipsjcampos.com.br/noticia_detalhes.php?id_noticia=914.