2019: finalmente um ano não-dramático

Rafa Lima
Daoravida
Published in
2 min readDec 20, 2019

Comecei 2019 como começo este texto: uma tela em branco na minha frente. Lá em janeiro ou nesta página, o que há em comum é a completa ignorância de como vai (ou ia) acabar.

Eu precisava voltar a ter um salário fixo. Com as mudanças na minha vida em 2018, eu voltava a fazer planos, sonhar, querer coisas. Estava disposto a pendurar um crachá no pescoço, mas não a qualquer custo. Não queria jogar fora todos os nãos que eu disse para possibilidades que não eram o que eu buscava. Não podia aceitar qualquer coisa. Ainda que eu precisasse de qualquer coisa.

No começo de janeiro eu estava fazendo e avançando etapas em 3 processos seletivos até que, o único que deu certo era o que eu mais me identificava dentre tudo que apareceu nos últimos 3 anos.

Ainda assim, entrei com a cabeça de que “qualquer coisa é só um ano, até arrumar outro”, ou também “vou fazer o meu, ficar na minha, e receber meu salário”.

Bom, esse trabalho comprou uma máquina de lavar, um anel de noivado e me possibilitou fazer a melhor viagem da minha vida, para um lugar que eu sempre quis conhecer, a Patagônia.

Esse trabalho também me permitiu conhecer Londres e Cidade do México e eu tenho a dimensão de que isso não é pouca coisa. Eu já achava demais ir para Bertioga no antigo trabalho.

E, claro, eu fiquei meio bodeado, eu achei que tinha que sair antes que saíssem comigo, mas no final tudo mudou. A viagem para o escritório do México fez me conhecer a empresa, o resto da equipe, o engajamento de cada um. E para mim, sempre foi e sempre vai ser sobre as pessoas. Ali eles me ganharam.

Assim, estou feliz como nem passava pela minha cabeça lá em janeiro. Estou realizado. Otimista.

Esse foi um ano muito bom, de aprendizado e reflexão. Com a ciência de todos os privilégios que tenho. E o maior deles é ter alguém do meu lado todos os dias.

Foi um ano bom e, principalmente, um ano normal. :)

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