A música da minha vida

Rafa Lima
Daoravida
Published in
2 min readJul 15, 2016
Imagem do filme “Alive Inside”/Reprodução

Começo este texto ouvindo esse som aqui. Talvez você não goste dele e eu, honestamente, acabei de descobri-lo. E tanto faz. Poderia ser Mc Livinho ou Miles Davis. O que vale é ritmo, melodia e harmonia.

Na semana passada precisei fazer uma playlist de Festa Junina para o casamento de uma amiga e aqueles forrós todos me remeteram ao começo da minha adolescência, quando Falamansa e Rastapé me levaram à Luis Gonzaga.

Já tive fases de todo tipo de música. Algumas de qualidade muito duvidosa, admito. Mas todas marcaram algum momento da minha vida. Se eu ouvir Lasgo vou lembrar das primeiras baladas aos 14, 15 anos, e Zé Ramalho e Lou Bega (!!!) me fariam lembrar das ruas próximas ao Largo da Batata, onde ficava meu cursinho.

Tudo isso tem a ver com o documentário Alive Inside, que eu assisti ontem na Netflix, e fala sobre o poder da música no nosso cérebro, especialmente em pessoas com Alzheimer. Um terapeuta, voluntário em asilos, leva iPods para os internados com músicas que marcaram suas vidas. O resultado é foda. Veja o trailer:

Evidentemente eu estou muito longe da velhice e, espero não ter nenhuma doença que debilite meu cérebro, mas esse documentário fez absoluto sentido para mim hoje.

Os últimos quatro meses foram de descobertas e aprendizados — vulgo altos e baixos — na minha vida. Desde que pedi demissão venho descobrindo as diferenças da autonomia profissional, o protagonismo exigido para o qual nem sempre estamos preparados e interfere em todas as áreas.

Nesse período descobri a meditação como reset, pra me trazer para o eixo, os seriados (que eu me recusava a assistir) me entretiveram, os amigos me aconselharam, e assim eu fui crescendo. Por outro lado, a música ficou distante. Sem ficar o dia todo na frente do computador, entendiado, meu Spotify foi acionado com menos frequência que o silêncio que me acompanhou.

Erro feio.

Em alguns momentos de bad, vagando pelas redes sociais, eu sabia que deveria ouvir música e não ouvi. Passei a fazer isso nas últimas semanas e, ah vá, meu humor e minha disposição mudaram completamente.

A música tem esse poder de te dar gás quando a corrida tá chata, de te abraçar quando você tá triste, de te fazer mexer o corpo quando é necessário extravasar.

Então, me diz, qual sua música favorita? Coloca ela pra tocar aí, pensa que a vida é daora, lembra de tudo que essa música envolve e segue o jogo.

Uma música pode mudar o seu dia.

--

--