O que aprendi no meu primeiro emprego na área de dados

Possui dúvidas se a forma que você está se preparando para entrar no mercado está alinhada com os desafios que encontrará no seu dia a dia? Este artigo vai tirar algumas angústias do seu coração.

Vinícius Galvão
Data Hackers
4 min readAug 20, 2020

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Photo by Amy Hirschi on Unsplash

Quando estamos tentando nos tornar um profissional da área de dados, seja em um momento de transição de carreira ou na saída da academia para o mercado de trabalho, uma dúvida que surge é se o conteúdo que escolhemos para nos preparar está alinhado com o que iremos utilizar no nosso dia a dia.

Se você também tem essa dúvida, assim como eu tive quando estava dando meus primeiros passos na área de dados, tenho certeza que este artigo irá tirar algumas angústias do seu coração.

Me lembro bem que no final da minha graduação, na metade de 2019, quando estava pesquisando possíveis cargos para entrar na área de dados, um dos pontos que eu escutava bastante era que o profissional de dados precisa ter o conhecimento do negócio.

E eu sempre me perguntava:

O que significa, exatamente, ter o conhecimento do negócio?

Como posso estudar para adquirir essa skill?

Essas eram perguntas que me rodeavam e eu não sabia como respondê-las.

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E o que eu percebi na minha primeira experiência profissional é que gerar valor para os clientes ou empresas, na sua maioria, gira em torno de dois pontos.

  1. Como aumentar o faturamento?
  2. Como reduzir custos?

Diretamente e indiretamente, como você pode usar os dados para responder essas duas perguntas?

Percebi que ter essas perguntas como bússola é um ponto crucial para gerar valor para o negócio.

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É normal pensarmos em resolver “problemas” que muitas vezes os clientes nem consideram como problema de fato, simplesmente porque achamos que vão achar “massa” aquela solução.

E pode até ser que em alguns casos você consiga vender o seu peixe simplesmente porque você está fazendo alguma análise preditiva, além disso, com o hype da inteligência artificial é normal que as empresas, sem entender muito bem do que se trata, queiram surfar essa onda.

Mas no final, o que vai pesar é o quanto de valor que a solução gerou para o cliente.

E para fazer isso, muitas vezes não precisamos de análises preditivas, normalmente, ter indicadores simples que estejam trazendos os dados corretos do negócio são suficientes.

“Beleza, mas como faço para descobrir esses indicadores?”

Eles chegarão na nossa mesa e já vamos poder botar a mão na massa?

Vamos entender melhor através de um exemplo.

Digamos que seu amigo João tem um bar, o bar da vibe.

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João vem registrando todas movimentações financeiras, de vendas e de estoque nos últimos 3 anos, mas nunca usou esses dados para tomar decisões mais inteligentes e pediu para você, o amigão que trabalha na área de dados para lhe ajudar com o processo.

Como poderíamos fazer joão ganhar mais dinheiro ou reduzir seus custos no bar?

Vamos começar pensando em alguns custos que o João tem com o bar da vibe.

Ele precisa comprar bebidas, comidas para petiscos e o custo pessoal com as diárias dos garçons.

Vamos focar apenas nesses 3 pontos, para facilitar nosso entendimento.

Agora pare um pouco a leitura e pense o que você faria com os dados que o João coletou durante os últimos 3 anos para diminuir seus custos.

Um dos pontos que você pode ter pensado é um gráfico que nos traga a quantidade de bebidas vendidas ao longo do tempo.

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E trata-se de um indicador interessante de se acompanhar, mas temos outros problemas que podem ser mais críticos e que gerem um impacto muito maior no bolso de João.

Por exemplo, algumas comidas que ele compra para vender como petisco, se não forem vendidas logo, irão estragar, e isso significa dinheiro jogado fora.

O que pode ajudá-lo a comprar a quantidade ideal de alimentos para petiscos é um indicador que traga a quantidade de petiscos vendidos ao longo do tempo.

Com isso, ele pode, a partir das informações geradas por esses dados, otimizar a escolha da quantidade de alimentos em determinados períodos.

Por isso a importância de sempre conversar com o cliente para entender suas principais dores.

Conclusão

Agora você já sabe as perguntas básicas que você pode responder para gerar valor para um negócio.

Com isso, você já pode praticar essa skill, escolhendo alguma área que te interesse (Financeiro, Saúde, Esportes, etc.) ou que você já conheça, e mapear os processos dela, sempre com nossas 2 perguntas-chaves como bússola.

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