A PARCIALIDADE MORAL POR TRÁS DOS SEUS RESULTADOS DE BUSCA NA INTERNET

Parcialidade moral por trás dos seus resultados de busca na internet

Osemar Xavier
DataFrens.sg

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Em meados de outubro de 2018, no meu MIT em Big Data que faço na INFNET, no bloco D, fizemos um estudo sobre Mecanismo de Busca e para o nosso entendimento, como primeiro degrau da formação do conhecimento, nossa turma foi desafiada pelo professor a ver um vídeo bem intrigante sobre a palestra com o tema “A Parcialidade Moral por Trás dos seus Resultados de Busca Na Internet”, do jornalista Andreas Ekström. Bem interessante por sinal, e nos deu o entendimento de algumas questões obscuras na internet. No vídeo https://www.ted.com/talks/andreas_ekstrom_the_moral_bias_behind_your_search_results?language=pt-br#t-10142 o autor contextualiza um alerta para as pessoas que presumem que o Google e outros mecanismo de busca fornecem resultados de pesquisas cem por cento confiáveis, e a que ponto o ser humano pode manipular esses resultados, baseados em suas crenças ou por algum objetivo que o prevaleça de alguma forma. Em suas palestras o jornalista Andreas Ekström normalmente pergunta aos participantes porque eles dão preferência a ferramenta de busca do Google, e ele geralmente recebe três respostas: muitos usam o Google simplesmente, porque funciona, outros não conhecem alternativas e alguns afirma que com o Google se tem a certeza de obter o melhor resultado de pesquisa de forma parcial ou imparcial. A inteligência artificial já está inserida na realidade diária dos seres humanos, seja ao fazer uma busca que se auto completa no Google ou na hora de receber sugestões, em alguns momentos o uso dessa tecnologia nem chega a ser percebido por boa parte dos usuários.

O jornalista Andreas Ekström faz um alerta para quem imagina que o Google e outros mecanismos de busca fornecem resultados de pesquisa efetivos e confiáveis. A Internet pode parecer uma rede de máquinas objetivas administradas por algoritmos, mas por trás de todo algoritmo existe um ser humano, uma pessoa que podem determinar de forma tendenciosa, motivadas seja por um conjunto de crenças pessoais, ou qualquer outro motivo, o que tira totalmente sua confiabilidade, com essa hipótese.

Dois exemplos citados pelo jornalista e que ilustram bem essa ideia tendenciosa das pesquisas do Google. Ele cita, por exemplo que ao pesquisar uma foto da Michelle Obama, o Google classificará todas as imagens principalmente por meio de legendas e nomes de arquivos para fornecer resultados precisos. Um fato marcou bem esse contexto abordado por ele, em 2009. Obama se tornou alvo de uma campanha racista. Pessoas contrárias ao governo manipularam uma imagem de seu rosto para se parecer com a de um macaco e postaram a imagem ofensiva on-line com a legenda “Michelle Obama” e o nome de arquivo “MichelleObama.jpeg”. Assim, uma busca por sua imagem incluiu o insulto racista ao pesquisar. Baseado nesse mesmo princípio tendencioso, em 22 de julho de 2011, Anders Behring Breivik foi preso e condenado, por ter assassinado 77 pessoas e ferido outras 51 pessoas. Com esse ato lamentável e premeditado, o assassino esperava que as pessoas o procurassem para que ele pudesse ser famoso, e claro inspirar novos atos macabros como o cometido por ele. O web designer sueco Nikke Lindqvist reconheceu as intenções de Breivik e interveio antecipadamente. Usou a mídia social para pedir às pessoas que enviassem imagens de excremento de cachorro, nomeasse os arquivos “Breivik.jpeg” e legendassem as imagens “Anders Behring Breivik”. Dessa vez, o Google não interveio e as imagens permaneceram on-line. Fica bem claro, diante desses exemplos citados por Andreas, que é necessário filtrar os fatos e cruzá-los com outras fontes, sejam amigos, colegas de trabalho, revistas, jornais e etc.

Com o constante crescimento de páginas e informações colocadas na Internet, os mecanismos de busca possuem um papel fundamental para que estas informações não se percam, nem sejam esquecidas, a cada evolução tecnológica e à medida que as informações evoluem é cada vez mais perceptível a importância dos mecanismos de busca na Internet, cada vez mais os mecanismos de busca fazem parte do nosso cotidiano.

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