O olhar de uma criança e a Cultura Corporativa
Hoje cedo um querido amigo (também colunista deste blog que vos fala) encaminhou em nosso grupo um post da PEGN em como Satya Nadella, atual CEO da Microsoft está mudando o Mindset de uma gigante usando olhar de uma criança que prefere assumir a postura do APRENDE-TUDO ao invés do SABE-TUDO.
Eu sou fã do Satya Nadella e da forma que ele lida com a cultura corporativa da Microsoft.
Fazendo um retrospecto, houve uma quebra de cultura quando o Steve Ballmer deixou a cadeira, isto foi há aproximadamente 3 anos atrás.
Deixamos de ter uma das gigantes que era produtora de grandes softwares de caixinha, que tomou pau quando começou a ter a necessidade de sair do Castelo e compor um ecossistema favorável e colaborativo, como uma das propostas fortes da Apple quando lançou o seu Marketplace exercitando realmente o conceito de Abundância e Acessibilidade.
Deixou de apenas fazer caixinhas, abriu códigos, tornou a MS multiplataforma e promove uma mudança de mindset de grande significado sobre como enxergar o mundo.
Qual foi essa mudança de Mindset ? Foi a de enxergar o mundo como oportunidade de aprendizado, não apenas com um porto a ser conquistado.
Hoje refletimos esta mudança em ter a interoperabilidade do Visual Studio em multiplataforma, abrir fontes a comunidade e parar de enxergar com maus olhos quando a nossa cultura é permeada pela diferença do outro.
O que reflete isso no nosso mundo de Dados ?
Quando falamos de legado lidamos com a cultura organizacional e com uma estratégia que no passado foi tomado por inúmeros motivos e que no momento que entramos com uma frente de modernização ou transformação digital nos compete a respeitar, olhar com os olhos de “APRENDE-TUDO”.
É de uma delicadeza muito grande quando tiramos o nosso chapéu de Governança, Autoridade, Arquitetura e ouvimos o outro como puro ser humano, que precisa entender este Mindset para poder ter insights de como evoluir escolhas feitas no passado.
O legado monolítico que existe hoje em muitas corporações necessita ser entendido antes para poder ser transformado, a informação latente que necessita ser organizada será libertada quando fizermos que toda esta cultura seja apenas representada por uma outra leitura, por elementos estruturantes que vão permitir a longevidade desta cultura por muitos anos.
Quando nos colocamos na postura de “SABE-TUDO” deixamos de questionar, deixamos de nos colocar no lugar do Cliente que tem uma necessidade a ser entendida, de deixar de aprender com as histórias de vidas que estão entranhadas nos bancos de dados e que necessitam ser conectadas com o mundo externo.
A nossa especialização não pode nos fazer surdos ao aprendizado e a lição do próximo, sou sim especializada em entender informação, mas mais que nunca ao assumir isto me faz como necessidade abrir minha mente e minha alma aqueles que tem muitas histórias para contar de uma cultura, um sistema e de uma construção de uma Companhia.
Para conhecer o artigo que me deu comichões no cérebro :