Processamento descentralizado com Edge Computing

Conheça mais sobre essa tendência do mercado de dados

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3 min readApr 9, 2021

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Apesar das muitas vantagens do uso de Cloud e sua atual popularização, a centralização de operações na nuvem pode gerar alguns desafios, como a alta exigência de banda e envio de informações sensíveis pela rede. Para contornar isso, algumas empresas estão adotando como solução um conceito que vem um pouco na contramão deste movimento e está se destacando nos últimos tempos: Edge Computing.

Edge computing, ou computação de borda, trata-se da realização do processamento o mais perto possível do usuário ou fonte de dados.

Esse processamento pode ser feito de algumas maneiras diferentes, como em servidores distribuídos, chamados de edge servers, ou nos próprios dispositivos IoT que geram os dados, denominando-os edge devices. Realizar o processamento local nos edge devices se tornou uma prática mais viável com o crescimento do poder computacional desses equipamentos nos últimos anos.

Mas qual é a vantagem?

Dentre os principais benefícios da adoção de computação em borda estão a redução da largura de banda necessária para operação e menos latência no processamento, o que pode ser diferencial em alguns cenários.

Por exemplo, carros autônomos podem fazer uso dessa tecnologia para garantir um cruzamento mais ágil de informações de sensores, câmeras e GPS, facilitando a tomada de decisão em tempo real. Dispositivos de realidade virtual podem usar da mesma lógica para minimizar latência e promover uma maior imersão nas experiências.

Já para informações sensíveis, como imagens contínuas de câmeras de vigilância, o processamento local descarta a necessidade de transmissão e manuseio desses dados por sistemas terceiros, evitando inseguranças sobre privacidade e possíveis inconformidades com regulações de dados, como a LGPD.

Enquanto isso, o crescente número de dispositivos IoT conectados à rede (estimados 13,8 bilhões em 2021, chegando a 30,9 bilhões em 2025) exige, de maneira agregada, uma estrutura imensa de internet para operar de modo funcional. O emprego da tecnologia 5G em larga escala promete lidar melhor com essa demanda, mas a aplicação de edge computing também se mostra uma aliada para a diminuição do estresse nas redes.

E qual é a contrapartida?

A implementação de edge computing apresenta alguns desafios, principalmente no que diz respeito à sua infraestrutura altamente distribuída.

A logística de distribuir vários ambientes em diferentes locais se mostra muito mais complexa que concentrar esforços em um única datacenter, e costuma gerar mais custos indiretos de manutenção. Isso pode ser especialmente limitante para empresas de menor porte.

Além disso, como os equipamentos de edge computing operam remotamente, temos que antecipar mais alguns pontos de atenção:

  • Manutenção: geralmente não haverá um funcionário especializado alocado onde ocorrer uma falha, então o jeito mais prático costuma ser operar a manutenção com instruções remotas.
  • Gerenciamento: importante atentar à padronização da implementação de softwares nos diversos locais, para evitar dessincronizarão e os chamados “desvios de configuração”.
  • Segurança: é difícil garantir boa segurança física de equipamentos em um número muito grande de sítios, então esse tipo de brecha pode ser uma preocupação.

De todo modo, vale atentar para o crescimento do mercado de edge computing, que figura entre as maiores tendências de Big Data para 2021, e se mostra como uma boa opção para trazer mais agilidade e melhor tempo de resposta para diversos processos.

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