OKRs — Objetivos e resultados-chaves

Daniel Fernandes
DB Server
Published in
3 min readJun 30, 2022

Objetivos e resultados-chave tem se tornado um dos meios mais populares de definir e metrificar a busca por resultados. O que faz esse framework atingir tamanho sucesso? Em uma palavra: simplicidade.

O truque é realmente muito simples: líderes de qualquer nível organizacional começam definindo objetivos em alto nível, qualitativos e inspiracionais. Então, tendo em mente quem são as pessoas que viabilizam esses objetivos (sejam usuários, consumidores, colegas, etc), metrificam os sinais de mudanças comportamentais e culturais necessárias para atingi-los, chamados de resultados-chave.

Os resultados-chave são os habilitadores do atingimento dos objetivos, mas mais: falam de mudança organizacional para caminhar rumo a um novo patamar. Transcendem o cumprimento de atividades. Falam de como andamos para solidificar uma forma vencedora de evoluir organizacionalmente.

Essa abordagem leva em consideração muito fortemente o impacto das ações realizadas, muito mais que micro gerenciar tarefas realizadas quotidianamente.

OKRs não podem ser definidos para que a companhia garanta a execução do mínimo necessário (esses podem ser os KPIs, que vamos discutir em outros artigos). Os OKRs se propõem a metrificar o que estamos fazendo além, entendendo se este além vai em direção ao alvo desejado.

Outro ponto importante é não pensar em OKRs em nível individual, quando estamos construindo o plano de uma área ou da companhia inteira. Não há dono de key results. Ele é um resultado alcançado com o esforço de todos.

Como diagnóstico, é fácil entender se os OKRs estão no caminho certo com duas verificações:

  1. Os objetivos são binários? Se são perguntas de sim ou não, dificilmente serão úteis para ajudar a determinar uma evolução gradativa e significativa, que geralmente acontece em um gradiente.
  2. Os resultados-chave tem risco ou são facilmente atingíveis? Em sendo apenas uma repetição de rotina, ou ações cujo tempo dedicado garantirá 100% de certeza de sua conclusão, não há mudança exigida, portanto há pouco impacto em definir e metrificar objetivos.

Outros ajustes ao longo da rota devem ser feitos para acomodar uma cultura mais aberta ao risco, com pressa por resultados transformadores e semipermeável ao que o ambiente está pedindo. Uma boa prática é definir os resultados-chave em um ritmo trimestral, permitindo sentir e responder ao que está em volta e olhar os resultados mensalmente. Esses ritos tem muitos nomes. Eu gosto de chamar os encontros mensais de check-ins e as revisões trimestrais de check-ups.

Não à toa, os OKRs foram incorporados por companhias como Intuit, Amazon, Google, Twitter e as ONGs apoiadas pela Microsoft Foundation. É um processo simples, maduro e com um excelente histórico de resultados.

E você? Está pronto para implementar OKRs em sua área?

Sobre o autor:

Daniel Fernandes, líder do Escritório de Design da DBSP, busca encontrar a coerência entre o que está sendo desenvolvido e a real necessidade dos usuários. Joga RPG, gosta de mobilização social, trabalha com facilitação de grupos e acredita que há muito potencial oculto naquelas coisas que passam desapercebidas diante dos nossos olhos.

Sobre o Escritório de Design DBSP:

O Escritório de Design da DBSP cria soluções digitais viáveis que somam o desejo dos usuários com as necessidades de negócio das organizações. Aplicamos técnicas de Design Thinking, Lean Startup e Métodos Ágeis, oferecendo um olhar sistêmico para analisar os desafios de inovação e transformações digitais.

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