Transição de Carreira e a importância da palavra: NÃO
Bom com este texto quero contar um pouco das coisas que eu vivi, o que aprendi e te convidar a fazer uma reflexão comigo, BORA?
Comecei a trabalhar com 15 anos como jovem aprendiz, que ao meu ver, foi uma ótima experiência. Super recomendo que os jovens ingressem na vida do trabalho cedo, pois na minha opinião, traz responsabilidades e uma visão inicial do mundo corporativo.
De lá para cá, passei por algumas empresas e no auge dos meus 23 anos me permiti mudar de atuação. Sai de uma carreira em banco, para trilhar uma nova jornada na área de Recursos Humanos. Confesso que eu não imaginava e nem esperava o que de fato seria essa mudança, pois tive que começar do zero (carreira, conhecimentos para atuação, salário, cargo…).
Tudo mudou, eu sai de uma posição de gestão para ser estagiária (não sei onde estava com a cabeça), meu salário era 6 vezes menor do que eu ganhava anteriormente, e com isso, não conseguia me ver na posição que ali me era proposto. Por isso, tive muitas dificuldades de aceitação, compreensão e entendimentos de papéis. Pois bem, não recuei e segui firme na mudança.
Aos poucos e a cada ano que passava, me aprimorava e aprendia mais (entendi que precisava aprender, parece óbvio, mas para mim não era… rsrs). Enfim, com 30 anos estava trabalhando na empresa que eu sonhei em trabalhar e com grandes expectativas de crescimento.
Então quer dizer eu estava realizada? NÃOOO rsrs
Nesta fase enfrentava alguns dilemas comigo mesma, sabe?! Uma cobrança de quem eu era como profissional e o que eu queria ser, pois até então não tinha efetivamente alcançado os meus objetivos, que eram financeiros, e, por isso comecei a investir em mim, no meu autoconhecimento (lá vem o autoconhecimento… SIM rs)
Bom, iniciei as minhas atividades nesta empresa e fui constantemente desafiada para entregar cada vez mais, com prazos cada vez menores e com qualidades sempre superiores. Estava tudo bem, até que veio a pandemia e TUDO se potencializou. A agenda não tinha espaço para um café ou mesmo ir ao banheiro, trabalhava em vários projetos ao mesmo tempo, o relógio corria todos os dias contra mim, afinal, eu precisava dar conta de tudo. Meu corpo e mente davam sinais que algo não ia bem.
Saí de férias e adivinhem? Foram 30 dias aprendendo a descansar, pois o meu corpo não sabia o que era isso. Eu trabalhava 10 horas ou mais por dia, sem pausas e a noite tinha que fazer MBA e outras atividades. Descansei, voltei de férias e quando vi o time fisicamente exausto levei um susto, pois me vi nestas pessoas (antes de sair de férias eu estava exatamente igual). Fiquei semanas pensando sobre o impacto que me causou ver todos naquela “condição”. Foi um start para dizer NÃO. Sim, é isso mesmo, não.
Entrava em reunião de alinhamentos de demandas e dizia: “Não será possível entregar no prazo, podemos rever as prioridades?” ou: “Podemos olhar juntos as demandas para analisar os prazos…”
Sabe o que aconteceu? Eu mudei a forma como eu me relacionava com o meu trabalho.
Eu amo o que eu faço, porém não preciso ficar doente por ele. Eu amo o que eu faço, porém consigo olhar para minha vida pessoal. Eu amo o que eu faço e não é por dinheiro. Eu amo o que eu faço e não preciso trabalhar de 10 a 12 horas por dia. Eu amo o que eu faço e também me amo.
Deu para entender? Durante os 2 anos que fiquei nesta empresa, me conheci e aprendi o que era importante para mim e ressignifiquei o que era trabalho, sendo assim, deixou de ser “dinheiro e entregas” para ser “diferencial e prazeroso”. Aprendi a dizer não quando necessário, respeitando meus próprios limites e ainda melhor, conseguindo fazer escolhas.
Agora me conta, o que você leu aqui, você se viu em alguma situação?
Pois é, passaremos por mudanças, porém se elas são escolhas nossas será mais fácil. Teremos dias difíceis no trabalho, porém se você conhecer os seus limites, saberá dizer não e priorizar as suas entregas. Trabalharemos noites a fora, porém com propósito e sabendo que é por um tempo determinado.
Deixo aqui uma pergunta: Como você tem se relacionado com o seu trabalho? O meio influencia quem somos, mas nós decidimos quem queremos ser.
Sobre a autora:
Formada em Psicologia e finalizando seu MBA em Gestão de Pessoas, Larissa Di Giacomo é fascinada por pessoas e atua como Analista Sr no Time de Pessoas da DBSP. Ama estar com o principal pilar da sua vida: sua família e seu noivo (teremos um casamento em breve).
Entende que a vida é feita de mudanças, por isso está sempre buscando aprimoramento e crescimento pessoal e profissional.
Sobre a DBSP:
A DBSP é uma empresa de tecnologia, capacitada para apoiar a transformação digital e cultural , atuando como parceira digital. Em sua equipe, disponibilizamos profissionais altamente qualificados e experientes em transformar desafios em resultados, através de suas unidades de negócios voltadas para Plataformas Digitais, DevOps, Cloud, Business Agility e Times Ágeis.
Esse conteúdo agregou valor para o seu dia? Deixe 50 palminhas!
Quer ver mais conteúdos gratuitos? Faça sugestões nos comentários!