Sobre as eleições

Danilo Bortoli
Ad Hoc
Published in
1 min readOct 27, 2014

Assim, o sonho de poder também é suscetível a duas interpretações, uma incalculavelmente benéfica e a outra viciosa, causa de miséria infinita. Quando direcionado ao domínio da natureza, o ordenamento da matéria inorgânica pelo conhecimento da lei natural, é criativo, não apenas em bens materiais mas no enriquecimento da personalidade humana. O desenvolvimento mais recente ocorre porque no homem, o ser pensante, a razão é o atributo individualizante. Observadores argutos descobriram que povos primitivos, como os esquimós, manifestam uma psicologia “coletiva”, a tal ponto que, em ações em grupo, a consciência da individualidade fica obscurecida. A razão envolvida na ação se funde com o instinto pelo hábito. Não é a ação conjunta nem o pensamento semelhante em termos racionais conscientes que induzem essa “unidade” coletiva; é o fato de não pensar naquele dado momento. O exercício do intelecto no raciocínio abstrato leva os homens inteligentes a conclusões semelhantes por meio de seqüências lógicas e, ao mesmo tempo, desenvolve sua individualidade; porque pensar é uma função individual.

Portanto, o coletivista, para alcançar seu objetivo, o estado ou sociedade coletivos, busca o único tipo de organização, a agência política, que é diretamente proibitória e tende a fazer com que os homens parem de pensar. Esta é a interpretação maligna do sonho de poder sua perversão na luxúria por poder sobre outros homens, em vez do domínio da natureza.

Isabel Paterson, O Deus da Máquina

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