Corpo-terra
Poema
O vento dança seu vestido
A música sorri no seu ouvido
Sua alma está em festa
E seu corpo é brasa
e assim o sente
Só se ouve o pulsar do coração
Que fala junto ao tambor
Seus pés são chocalho
Levantam poeira do chão
Seus braços brincam de voar
e a consciência não mais existe
Ela é instrumento do tempo
E tão sagrada quanto a terra
O ouro lhe beija a face
Sua mãe lhe acaricia os cabelos
Os rios correm por seus olhos
No frágil instante do mais puro amor
Mima
*mima é um apelido de infância que resolvi resgatar e usar como assinatura de alguns rabicos (pseudo-poéticos)
Por: Tarcila Ferreira | Foto: Thainá Dayube