E tudo se fez novo

Giovanni Alecrim
De casa em casa
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19 min readOct 4, 2024

Curso para novos membros

Antes de usar este material, leia-o por inteiro e adeque à sua realidade. Perceba que ele é dialogal com o texto bíblico e aluno(s). Bom proveito.

Introdução

Ser membro de uma Igreja é mais que ser religioso. É mais que participar de uma instituição. Vai além de frequentar atividades da Igreja. Ser membro de uma Igreja é assumir, publicamente, o que se crê e como se crê. É uma decisão de fé, mas também uma decisão consciente, pois Deus não converte apenas a nossa fé, ele nos converte por inteiro: fé, razão e emoção.

Assim, por inteiro, é que Deus nos quer ao seu lado, nos dedicando a ele e caminhando em seus caminhos. Ser membro de uma Igreja é partilhar da responsabilidade de ser testemunhas de Cristo para toda a humanidade, em todo tempo e em todo lugar

Nossos encontros

Os temas de nossos encontros serão:

SALVAÇÃO
1. A consciência do pecado
2. A graça de Deus
3. O que é ser cristão

SANTIFICAÇÃO
4. A Bíblia
5. A oração
6. A dependência de Deus

CORPO DE CRISTO
7. A Igreja
8. O culto
9. Os sacramentos

INSTITUIÇÃO
10. Ser Reformado
11. Ser Presbiteriano Independente
12. Deveres e direitos dos membros
13. Junte-se a nós

Material

  1. Bíblia

1. A consciência do pecado

Pecado é tudo aquilo que distancia o homem de Deus. Como entender o pecado? Essa é uma questão fundamental para nós, cristãos. Pecado está ligado a uso e costumes? Sim, mas vai além, basta observarmos o que diz Jesus em Marcos 7.20–23 e veremos que o pecado é inerente ao ser humano. Por sermos humanos recebemos o pecado como herança, faz parte de nós. No entanto, há uma saída: Jesus Cristo. Deus não nos abandona nas mãos do pecado, ele nos oferece uma vida real, ele nos mostra, em Cristo, como sermos verdadeiramente humanos. Para isso, no entanto, precisamos nos arrependermos.

Todos somos pecadores

Inicialmente, precisamos saber:

  1. O que é o pecado?

Como ajuda, vejamos o que diz Romanos 7.18–20

Vamos ler o que diz o Apóstolo Paulo em Romanos 3.9–12.

  1. Por que sou pecador?

Entendendo a queda

A queda é assunto controverso. Paulo explica que ela vem por um homem e por um homem vem a salvação. Vejamos Romanos 5.12–21

  1. Só Adão pecou?
  2. Qual a relação de Jesus e Adão?

Deus nos oferece uma saída

Apesar de nossos erros, Deus nos oferece uma saída. Ainda em Romanos 5.12–21

  1. Qual a saída?

O pecado e sua consequência

O pecado tem uma consequência em nossa vida: nos torna rebeldes em relação aos desígnios de Deus. A rebelião da humanidade, no entanto, não nos afastou do amor de Deus. Leia Gênesis 3.1–24 e faça uma lista do que mais te chamou a atenção:

Uma lista de pecados

Somos tentados, sempre, a fazer uma lista de pecados. No entanto, pecado é muito mais que uma lista do que fazer e do que não fazer. Jesus nos mostra, em Marcos 7.20–23 uma lista de pecados, mas todos tem uma origem: o homem. O que você acha que deve fazer para evitar cometer pecados?

Lembre-se: somente uma vida aos pés da cruz pode nos mostrar como viver a vontade de Deus

2. A graça de Deus

A graça de Deus é realmente grandiosa. Chega a ser difícil compreender a sua dimensão. Ela é a expressão exata do amor de Deus. Nós, pecadores e indignos, somos salvos pela graça maravilhosa de Deus. Ele não nos pede sacrifícios, nem nada em troca, ele nos salva, pois, seu amor por nós é infinito, a ponto de nos dar seu Filho como preço a ser pago pela salvação.

Não precisamos carregar conosco a culpa por vivermos distantes da vontade de Deus. Pela graça, temos perdão e somos livres para amar, perdoar e sermos misericordiosos com todas as pessoas. A graça é o pilar da vida do cristão. Ela nos basta! Deus nos ama!

Nossa redenção

Deus nos redimiu, ou seja, nos declarou inocentes de nossos pecados. Como isso se deu? Vejamos Efésios 2.1–10

  1. O que é a graça?

É o que nos basta

A graça de Deus é o suficiente para nós. Não precisamos mais nos preocupar com nada. Vejamos 2 Coríntios 12.7–9

  1. O que é um “espinho na carne”?
  2. A graça nos afasta dos problemas?

O agente da graça

Jesus é o agente da graça, o Filho de Deus que veio nos libertar e nos dar nova vida. Vejamos João 1.12–18

  1. Jesus veio habitar entre nós. Como você entende essa expressão de João?

Graça abundante

Como a graça de Deus pode ser demonstrada, no dia a dia, em sua vida:

Lembre-se: A graça de Deus tira de nós o peso do pecado e da culpa. Somos livres!

3. O que é ser cristão

Ser cristão não é seguir uma religião. Ser cristão não é vestir-se com determinado tipo de roupa. Ser cristão não é só ouvir música religiosa. Ser cristão não é aceitar como verdade tudo o que o líder religioso diz. Ser cristão não é só votar em candidato cristão. Ser cristão não é só ler livros cristãos. Ser cristão é seguir os ensinos daquele que nos dá seu nome, Cristo. Cristo nos pede que sejamos seus amigos, que façamos o que ele nos ordena: que nos amemos a Deus e ao nosso próximo. Ele nos pede que vivamos em sociedade, e nela sejamos testemunhas do seu amor e vivamos em unidade, para proclamar a salvação em Cristo Jesus.

O nome de Cristo

  1. O que é a graça?

Os discípulos foram chamados de cristãos, pela primeira vez, em Antioquia. Vejamos Atos 11.26

Estilo de vida

Ser cristão não implica em seguir regras, mas sim em viver conforme a vontade de Deus. Vejamos João 15.12–15

  1. Qual o modelo a ser seguido?
  2. Como Jesus nos chama? Por que ele faz essa diferença de servo e amigo?

Enfrentando dificuldades

Jesus não nos promete uma vida de facilidades, nem que nos distanciemos da sociedade. Vejamos João 17.15–21

  1. O que Jesus pede em favor de seus discípulos?
  2. A quem nós somos enviados?

Virtudes e mais virtudes

Leia Romanos 12.9–12 e destaque as virtudes que mais te chamaram atenção.

Confiando em Jesus

Leia Mateus 11.28–30 e relacione aquilo que pode nos deixar cansados e sobrecarregados.

Lembre-se: Não devemos abandonar a sociedade, mas sim amar os que estão distantes da vontade de Deus

4. A Bíblia

A Bíblia foi formada ao longo dos séculos. No princípio, passada por tradição oral, principalmente os textos do Pentateuco. Em seguida, surgiram os primeiros registros escritos e estes foram sendo reproduzidos. Somente por volta de 350d.C. que temos a definição dos livros que formam o Antigo e o Novo Testamento. Tantos autores, tantos copistas, tantas adversidades, todas superadas pela ação do Espírito Santo, fizeram com que o texto bíblico chegasse até nós hoje.

Ao ler a Bíblia, lemos o fruto do trabalho de homens e mulheres que deram suas vidas por ela, e que pelo amor de Deus, permitiu que a sua vontade fosse mantida.

A palavra em nós

A Bíblia nos mostra a vontade de Deus. Vejamos Deuteronômio 6.4–9.

  1. O que devemos fazer com a palavra de Deus?

A Bíblia

Algumas informações relevantes sobre a Bíblia

  1. É um conjunto de livros
  2. São muitos os autores
  3. Diversos estilos literários
  4. Dois grandes blocos: Antigo e Novo Testamento
  5. Antigo Testamento: Bíblia Judaica
  6. Novo Testamento: exclusivo dos cristãos
  7. Escrita originalmente em Hebraico, Aramaico e Grego
  8. Diversas traduções para o português
  9. Cânones diferentes
  10. É o livro central da fé cristã

Preservando a palavra

Leia 1Timóteo 4.11–16 e observe as recomendações de Paulo ao pastor Timóteo. Como elas podem nos ajudar na nossa relação com a Bíblia?

Lembre-se: O estudo da Bíblia deve nos unir cada vez mais, não criar divisões entre nós.

5. A oração

A oração é como o cristão se aproxima, cada dia mais, de Deus. Quando oramos, exercitamos nossa fé, fortalecemos os nossos laços com Deus, nos chegamos mais próximo daquele que é o Senhor de nossas vidas. Deus está conosco a todo instante, ele é Onipresente. Por isso, oramos a todo instante, seja numa conversa com amigos, ou num momento reservado para oração, Deus está ao nosso lado, participando da nossa vida. Cada momento, onde estejamos, nossa vida deve ser uma oração constante. Não nos esqueçamos que ele está sempre pronto a nos ouvir e disposto a nos ajudar. Viva a oração, a todo instante.

Quando oramos…

  1. O que é oração?
  2. Oramos em nome de Jesus: João 14.13–15
  3. Oramos com fé: Mateus 21.22
  4. Ele nos ouve: 1 João 5.14

A oração diária

A oração é uma necessidade diária do cristão. Tanto orações curtas, quanto um tempo reservado para oração, é necessário orar para que nossa fé se fortaleça. A oração é como o cristão se aproxima de Deus.

A oração pública

A oração pública é marcada por temas específicos e pode ser feita no culto, ou em algum evento

1. Adoração

A oração de adoração é o reconhecimento da grandeza, majestade, amor e bondade de Deus. O Catecismo Menor nos diz que adoramos Deus “em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade”. A oração de adoração marca o início do culto, é o momento que nos encontramos como comunidade, reunidos em culto, diante de Deus e reconhecemos que só ele é digno de louvor, de honra e de glória, que não adoramos a nenhum outro Deus que o nosso Senhor.

Há, na Bíblia, diversas expressões de adoração a Deus, como no Salmo 92.1–3: Que bela coisa, ó Eterno, é dar graças, cantar um hino para ti, o Deus Altíssimo! Anunciar teu amor ao romper de cada dia, cantar tua fiel presença durante toda a noite, Acompanhado de saltério e harpa, de todo o naipe de cordas.

A oração de adoração é o reconhecimento público, em comunidade, de que nossa Igreja nada é perto da grandeza e bondade de Deus. É o momento que a Igreja se põe em seu lugar: serva e adoradora, exaltando a grandeza de seu Senhor. Portanto, em nosso culto, quando o oficiante pede que alguém faça uma oração de adoração, ele pede que, em nome da comunidade, aquela pessoa exalte a grandeza de Deus, reconhecendo que a Igreja só existe para adorá-lo e confessá-lo como Senhor!

2. Confissão

A oração de confissão é o reconhecimento de que, na presença de Deus, conseguimos ver o quão distantes nós estamos da vontade do Pai. É quando contrastamos nossas vidas com a de Deus e percebemos que o desamor, pessoal e comunitário, nos afasta do Pai. A oração de confissão nos remete ao nosso batismo, que é a certeza do perdão e da purificação. Há, na Bíblia, diversas expressões do peso do pecado e da necessidade de confissão, como no Salmo 32.3–5:

Quando guardei tudo para mim, meus ossos se transformaram em pó, minhas palavras eram gemidos intermináveis. A pressão nunca cessava, a ponto de todo o líquido do meu corpo secar. Então resolvi pôr tudo para fora. Eu disse: “Confessarei todos os meus pecados ao Eterno”. De repente, a pressão foi embora — minha culpa evaporou, meu pecado desapareceu.

Geralmente, a oração de confissão vem após o momento de oração silenciosa, que é a confissão individual dos cristãos, para em seguida, termos a confissão coletiva. Portanto, em nosso culto, quando o oficiante pede que alguém faça uma oração de confissão, ele pede que, em nome da comunidade, aquela pessoa reconheça que somos falhos e que em Deus temos o perdão por meio de Cristo Jesus, afirmando que a Igreja só carece do perdão e da graça do Pai!

3. Iluminação

A oração por iluminação é o pedido da Igreja de que o Espírito Santo abra nossos ouvidos, mente e coração para a Palavra que será lida e pregada. Segundo Manual de Culto da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil “esta oração caracteriza o culto reformado, expressando a convicção de que as palavras da Bíblia não têm poder por si mesmas, mas dependem do testemunho íntimo do Espírito Santo em nosso coração e mente, convencendo-nos da verdade da Palavra de Deus”.

Há, na Bíblia, diversas expressões da necessidade da iluminação do Espírito Santo, como em Efésios 1.17–18: E, além de agradecer, peço ao Deus do nosso Senhor Jesus Cristo, ao Deus da glória, que os faça sábios e de a cada um o discernimento necessário, para que o conheçam cada vez melhor e entendam o plano que ele traçou para vocês

Portanto, em nosso culto, quando o oficiante pede que alguém faça uma oração por iluminação, ele pede que, em nome da comunidade, aquela pessoa peça o Espírito Santo ilumine nossas vidas e torne a Palavra impressa no papel, ou projetada na tela, em Palavra de Deus, compreensível à comunidade e viva em nós. É o pedido da comunidade para que a Palavra de Deus seja o centro de nossas vidas, e dê sentido e direção para a Igreja e para cada pessoa que está no templo.

4. Consagração

A oração de consagração é o reconhecimento da Igreja de que tudo pertence a Deus e não temos o controle nem a autoridade sobre nenhum dos recursos que administramos, pois Deus é o Senhor da Igreja. É o momento em que pedimos a Deus sabedoria para administrarmos os recursos e doações e que ele cumpra a promessa de sustento de nossas vidas e de nossa Igreja.

Há, na Bíblia, diversas expressões do pedido de consagração, como em 1Reis 8.22–61, aqui expresso no verso 26: Ó Deus de Israel, que isso aconteça! Confirma e concretiza essas promessas

Portanto, em nosso culto, quando o oficiante pede que alguém faça uma oração por consagração, ele pede que a pessoa clame a Deus por sabedoria e direção, para que tudo o que foi arrecadado seja usado com sabedoria. É também o reconhecimento, diante de Deus e em comunidade, de que ele é quem nos sustenta e dá a direção para nossas vidas. É o pedido da comunidade para que Deus ilumine os líderes da Igreja para que administrem os recursos e deem o testemunho de quem é realmente servo de Deus

5. Intercessão

A oração de intercessão é o reconhecimento público de que não sabemos como lidar com as circunstâncias de nossas vidas, principalmente aquelas que nos tiram a paz e a esperança. É o momento que intercedemos por aqueles que se encontram aflitos e necessitados, pelos enfermos do corpo e da alma, pelos que carecem da transformação de vida que só Deus pode promover.

Há, na Bíblia, diversas expressões da necessidade da intervenção de Deus para que não nos tornemos reféns de nossas circunstâncias não, como em Atos 12.5–12, aqui expresso no verso 5: Durante todo o tempo em que Pedro esteve sob severa vigilância na cadeia, a igreja orou fervorosamente por ele.

Portanto, em nosso culto, quando o oficiante pede que alguém faça uma oração por intercessão, ele pede que a pessoa interceda junto a Deus pelas circunstâncias que os presentes na Igreja enfrentam, para que o Espírito Santo haja em cada um de nós e que as vidas sejam transformadas para honra e glória do nosso Deus. É o pedido da comunidade para que Deus assuma o controle de nossas vidas e nos guie, nos transforme e nos dê a força necessária para enfrentarmos as circunstâncias de nossas vidas, que são circunstâncias, e não eternas, pois eterno é o nosso Deus e as bênçãos que ele tem para os que o temem.

Como se deve orar

Leia Mateus 6.5–15 e destaque as principais atitudes a serem adotadas por aqueles que desejam orar como Jesus ensinou.

Lembre-se: Orar é deixar nossas vidas diante de Deus

6. A dependência de Deus

Depender de Deus é ter a certeza de que ele está no controle de tudo. Seja na alegria, quando celebramos conquistas e vivemos períodos tranquilos, ou na angústia, quando passamos por dificuldades e não temos esperanças de melhores dias pela frente, Deus está conosco nos garantindo sua paz e a direção para seguirmos adiante. Ele é nosso Deus e sabe o que é melhor para nós. Alimentamos nossa fé toda vez que confiamos nele. Incertezas sempre existirão em nosso caminho, mas ele está conosco. Colocando-o em primeiro lugar, viveremos debaixo de sua graça e vamos experimentar seu poder e amor.

Ele nos sustenta

Jesus nos promete que Deus cuidará de nós.

  1. Como podemos entender as promessas de Deus feitas em Mateus 6.25–34?

Ele nos livra

Deus nos promete livramento. Ele não permite que nós fiquemos nas mãos da tentação. 1Coríntios 10.13 nos garante livramento.

Ele está conosco

Por toda nossa vida temos a certeza de que Jesus está conosco. Além disso, ele nos garante a vida eterna ao seu lado. Vejamos João 14.1–15

  1. Ele nos garante paz (v.1)
  2. Ele nos garante vida eterna (v.2)
  3. Ele nos mostra o caminho (v.6)
  4. Ele nos garante poder (v.12)
  5. Ele nos garante fidelidade (v.13)

Ele é nosso pastor

Leia o Salmo 23 e destaque como o salmista retrata o sustento de Deus para com sua vida.

Ele nos dá força

Leia Josué 1.1–9 e destaque o que mais chamou sua atenção na promessa de Deus à Josué

Lembre-se: Depender de Deus é resistir às tentações

7. A Igreja

Não somos Igreja porque nos reunimos regularmente, mas somos Igreja porque confessamos a mesma fé. Em Cristo, somos unidos e intimados a viver em comunidade, comum unidade, chamados a proclamar Jesus e a fazer da Igreja luz do mundo, sal da terra, povo que vive a justiça, o amor e a misericórdia de Deus. Não somos Igreja porque temos uma agenda de atividades, mas porque temos uma agenda de relacionamentos, nos importando e nos dedicando uns aos outros, genuinamente, vivendo como Jesus nos ensina nos Evangelhos, criando em nosso dia a dia oportunidades para viver e testemunhar o amor de Cristo por nós.

O nascimento

A Igreja surge a partir de Cristo, por meio dos discípulos, que incorporam ao culto judaico elementos cristãos. Vejamos Atos 2.42–47

A diversidade na unidade

A Igreja não nasceu como instituição una. Esta afirmação vem do entendimento de que as primeiras comunidades cristãs eram diferentes entre si.

O Novo Testamento revelam igrejas diferentes em seu modo de pensar e viver a fé. No entanto, há uma confissão que as une: Jesus Cristo é o filho de Deus e ele ressuscitou!

Muitas igrejas

Hoje temos uma imensa variedade de Igrejas. Como saber se elas são ou não cristãs? Um bom critério é observar se a mensagem, pregada e cantada, aponta para Cristo. Caso não aponte, não é uma Igreja Cristã

Unidade

Leia o Atos 4.32–35 e destaque as características da Igreja ali relatada

Um corpo

Leia 1Coríntios 12.12–27 e explique, com suas palavras, a comparação entre a Igreja e um corpo

Lembre-se: A Igreja, no templo, é o lugar da adoração como comunidade

8. O culto

Como Igreja, comunidade, não temos uma opção de ir ou não ao culto. Nós vamos ao culto porque fazemos parte de uma comunidade que recebeu como ordem se encontrar com Deus, portanto, eu sou responsável por esse encontro, se eu não for, este encontro não será um encontro completo. Somos parte do corpo de Cristo, e como tal, nosso dever é manter a unidade da fé em nossos relacionamentos pessoais e no dia a dia da Igreja. Não podemos abrir mão do culto, em detrimento de outras atividades, mesmo que da Igreja, pois é no culto que nos relacionamos, como povo, com Deus. Cada um de nós é importante no encontro com Deus.

Encontro

Culto é o encontro da comunidade com Deus. É o encontro de dois parceiros. Um vai à casa do outro. Um recebe o outro.

De um lado, Deus, o pai da comunidade que se encontra com ele. O Senhor e a razão de ser deste povo.

Do outro lado temos a comunidade, que é a comunhão das pessoas.

Veja, é comunhão, não um ajuntamento despropositado de pessoas seguindo um rito como robôs.

  1. Culto é o encontro da comunidade com Deus.
  2. Culto é ordenado por Deus.
  3. Deus nos permite se encontrar com ele.
  4. O encontro da comunidade com Deus não deixa de lado as características desta comunidade.
  5. Participar do culto é uma responsabilidade de cada cristão.
  6. A comunidade é responsável, com o pastor ou pastora, pelo culto

Lembre-se: Reunidos como povo, adoramos e ouvimos ao nosso Deus, cada um é importante!

9. Os sacramentos

Santo Agostinho define os sacramentos como “Forma visível de uma graça invisível”. Quando ministramos o Batismo e a Ceia, cumprimos os mandamentos deixados por Jesus: fazer discípulos, batizando-os, e partir o pão e tomar o cálice, celebrando a vitória da vida sobre a morte. Como cristãos, esta deve ser nossa motivação de fé: discipular pessoas, conduzindo as ao batismo e viver em comunhão com os irmãos de fé, celebrando a Ceia. Quando o fazemos, há naturalmente o desenvolvimento do Corpo de Cristo, quando não o fazemos, o Corpo de Cristo se atrofia.

Batismo

O Batismo é o sacramento que marca a entrada da pessoa na Igreja de Cristo. É quando a comunidade e o novo cristão reconhecem que Deus é quem nos têm, por ele somos salvos.

A Ceia do Senhor

A Ceia do Senhor é a celebração máxima da comunhão do Corpo de Cristo com Jesus Cristo. É a expressão do amor e da unidade da Igreja, da memória da fé e da esperança na volta de Cristo.

Eucaristia ou santa ceia?

Como devemos nos referir ao sacramento do partir do pão e tomar do cálice?

Eucaristia aponta para a celebração de gratidão, Santa Ceia aponta para uma visão mais histórica da celebração.

Portanto, não há termo correto, há o entendimento que a comunidade tem da celebração.

Lembre-se: Batismo é Deus dizendo: você me pertence, sou teu Deus, tu és meu.

10. Ser Reformado

Movimento? Sim, mas principalmente a retomada de princípios fundamentais da fé cristã, que estavam sendo corrompidos por líderes religiosos que pensavam apenas em explorar para obter lucro. É a retomada do pensamento cristão, uma fé que é pensada, não só sentida. Fé viva e vivida pelos cristãos. Não queriam separar, queriam reformar, mas a separação foi inevitável. Martinho Lutero na Alemanha, João Calvino na Suíça e John Knox na Escócia são os expoentes de uma geração que buscou alinhar o conhecimento bíblico à vida de fé. Não vivemos uma fé que aliena, mas sim que liberta, nos aproximando da vontade de Deus.

Quem somos?

Os Cristãos de Tradição Reformada são aqueles que participam ativamente da vida de Igrejas que confessam os princípios da Reforma Protestante. Seja em Igrejas filhas, netas ou bisnetas da Reforma do século XVI.

Princípios da Reforma

Os princípios fundamentais da Reforma Protestante foram sintetizados em cinco expressões latinas. Elas são uma síntese do que creem os que professam a fé reformada. Como síntese, revelam a base da fé Reformada, e como tal, precisamos conhecer e nos aprofundar na vida de fé que Jesus nos oferece.

  1. SOLA GRATIA: Efésios 2.8
  2. SOLA SCRIPTURA: 2Timóteo 3.16–17
  3. SOLA FIDE: 1Timóteo 2.5
  4. SOLUS CHRISTUS: Atos 4.12
  5. SOLI DEO GLORIA: Isaías 42.8

Fé e conhecimento

A fé não consiste na ignorância, senão no conhecimento. [João Calvino]. Como podemos alinhar a nossa fé com o conhecimento?

Lembre-se: As 95 teses foram um marco histórico, a razão de ser da Reforma é a fidelidade ao Senhor da Igreja

11. Ser Presbiteriano Independente

Ser presbiteriano independente é ter um profundo compromisso espiritual com o Brasil, valorizando nossas coisas e nossa cultura, comprometendo-se com o sofrimento de nossa gente.

É sentir-se responsável pelo sustento e manutenção da Igreja e seus ministérios, tanto no âmbito local quanto no denominacional.

É colocar a lealdade a Cristo acima de todas as lealdades.

É valorizar a educação familiar, escolar e eclesiástica.

É participar ativamente da evangelização do Brasil.

É ser equilibrado na fé e na doutrina.

É ser cristão convicto e Reformado esclarecido.

É abrir-se à família da fé.

É viver “Pela Coroa Real do Salvador”

Lá em 1903

Em 1903 um grupo de sete pastores e quinze presbíteros decidiram se separar da Igreja Presbiteriana do Brasil. Surgia a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.

A origem do nome faz alusão à independência financeira em relação às missões norte-americanas.

Características próprias

Somos diversas comunidades, mas possuímos algumas características próprias:

  1. Sistema Presbiteriano de Governo
  2. Sistema doutrinário: Confissão de Fé de Westminster
  3. Diálogo: aberta ao diálogo entre diferentes tradições cristãs
  4. Inclusão: Batismo e Ceia para crianças, Ministério Feminino.
  5. Ensino: Fidelidade aos princípios Bíblicos e Reformados.

Lembre-se: Ser Presbiteriano Independente é amar a Cristo e sua missão em nosso país

12. Deveres e direitos dos membros

Os direitos e deveres dos membros da Igreja estão diretamente ligados ao compromisso que temos com o Jesus Cristo, com o Corpo de Cristo e com a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil. Ser discípulo de Jesus é também conhecer e viver com sua comunidade fé, em todos os aspectos e âmbitos. Temos a oportunidade de pertencer a uma Igreja onde a fé e o compromisso com a Palavra andam de mãos dadas. Vamos conhecer nossos direitos e deveres e vamos viver a vontade de Deus em nossas vidas, em comunidade. A Igreja Presbiteriana Independente do Brasil lhe recebe com gratidão. Vamos juntos! Vamos com Jesus!

Deveres

Segundo a Constituição da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil:

  1. viver de acordo com a doutrina e prática da Bíblia;
  2. testemunhar e propagar a Fé Cristã;
  3. sustentar moral e financeiramente a Igreja e suas instituições;
  4. participar ativamente da vida eclesiástica;
  5. submeter-se à autoridade da Igreja;
  6. apresentar ao batismo seus filhos e dependentes legais menores;
  7. participar da Assembleia e cumprir as demais normas legais da IPI do Brasil.

Direitos

Segundo a Constituição da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil:

  1. receber os sacramentos;
  2. participar da Assembleia da igreja;
  3. votar e ser votado;
  4. participar dos cultos e de atividades espirituais, sociais, recreativas e culturais;
  5. receber instrução religiosa, orientação e assistência espiritual

Lembre-se: Receber os sacramentos: participe da Ceia do Senhor, é celebração máxima da comunhão do Corpo de Cristo com Jesus Cristo.

13. Junte-se a nós

Ao longo de nossa caminhada de quatro aspectos importantes para a compreensão do que é pertencer à Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, primeiro, vimos a dimensão da Salvação (A consciência do pecado, A graça de Deus, O que é ser cristão). Em segundo, a dimensão do Santificação (A Bíblia, A oração, A dependência de Deus). Em terceiro, a dimensão do Corpo de Cristo (A Igreja, O culto, Os sacramentos) e por fim, a dimensão Institucional (Ser Reformado, Ser Presbiteriano Independente, Deveres e direitos dos membros). A compreensão do que é ser membro de uma Igreja é necessária antes dos próximos passos: se apresentar diante do Conselho e diante da Igreja para ser recebido como membro. Lembre-se, esta decisão é para a vida, é um compromisso com Deus e com sua Igreja, para juntos cumprirmos nossa missão

O exame no Conselho

A Constituição da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil afirma que uma das atribuições do conselho é admitir, transferir, disciplinar e demitir membros. No exercício desta atribuição, o Conselho observa outra de suas atribuições: velar pela fé e conduta dos que se acham sob sua jurisdição, para que nenhum membro despreze as ordenanças da Igreja. Assim, o Conselho da Igreja recebe, em reunião ordinária, a pessoa que deseja se tornar membro de nossa Igreja a fim de ouvir dela a respeito de temas como:

  1. História de vida
  2. Experiência com Deus
  3. O que espera da Igreja

O recebimento diante da Igreja

O recebimento da pessoa como membro da Igreja é realizado em Nosso Culto, seguindo os procedimentos descritos no Manual do Culto da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil. Trata-se de um momento festivo para a comunidade, que se reúne com alegria dobrada para celebrar a recepção de mais um membro no Corpo de Cristo.

Junte-se a nós

Tem crescido, no meio cristão, a máxima de que um cristão não precisa frequentar a Igreja, mas pode viver sua fé de maneira solitária ou desassociada de pessoas.

Elas passaram a seguir o ensino dos apóstolos, a vida em comunidade, a refeição comunitária e a prática da oração. (Atos 2.42)

O texto acima é o trecho final do discurso de Pedro, que resultou na conversão de mais de três mil pessoas. Percebam que quatro práticas passaram a fazer parte da vida daqueles novos cristãos.

  1. Seguir o ensino dos apóstolos. Aqueles cristãos passaram a ser ensinados na Palavra de Deus, por meio do testemunho dos apóstolos.
  2. Vida em comunidade. Eles não se isolaram, passaram a conviver com as pessoas sob a perspectiva dos ensinos recebidos.
  3. Refeição comunitária. Trata-se da Eucaristia, a Ceia do Senhor, momento de comunhão e celebração com todos os cristãos.
  4. Prática da oração. Os novos cristãos passaram a orar, conversar com Deus, de maneira constante. Eram pessoas que buscavam a presença de Deus.

Em nossa Igreja temos a oportunidade de desenvolver nossa fé no Ensino, na Celebração e na Comunhão. Que tal desenvolvermos nossa fé em comunhão? Junte-se a nós, participe da vida de nossa Igreja e se fortaleça para cumprir a missão de proclamar Cristo.

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Giovanni Alecrim
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