Estado de São Paulo é o maior produtor de flores do país
Por Fábio Duran
Desde 2006 o segmento de flores registra altas de 5% a 8% em volume de produção e de 4% a 7% em valor. Em 2014 faturou 5,7 bilhões de reais e tem previsão de crescimento de 8% para 2015. São quase 15 mil hectares produzindo mais de 350 espécies de plantas.
Com cerca de 8 mil produtores no país, o setor é responsável por mais de 200 mil empregos diretos. São Paulo é o estado com maior número de produtores do Brasil (2.288), seguido pelo Rio Grande do Sul (1.550) e Rio de Janeiro (1.030), segundo dados do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). Além de maior produtor nacional, São Paulo também se destaca como maior consumidor e maior exportador de flores e plantas ornamentais do Brasil.
Holambra, Atibaia, Campinas, Dutra, Paranapanema e Vale do Ribeira são os seis polos produtores de São Paulo. Os polos concentram 20 cidades do Estado, que juntas, são responsáveis por cerca de 60% da produção nacional.
A cidade de Holambra, estância turística pelo estado de São Paulo e sede do Ibraflor, se destaca no cenário nacional e internacional como “a cidade das flores”. O município começou o cultivo de flores em 1951, poucos anos depois de sua fundação e atualmente produz mais de 200 espécies com mais de 3000 variedades.
Outra cidade que se destaca no cenário nacional é Atibaia, conhecida como a “Estância das flores e dos Morangos”, o município tem cerca de 1500 famílias de origem oriental. Os primeiros japoneses chegaram na cidade atraídos pela oportunidade de adquirir terras para cultivar hortaliças e flores. Atualmente Atibaia representa 25% da produção de flores do país com aproximadamente 400 produtores e 500 hectares voltados para esse tipo de cultivo.
Haroldo Yuji Fujihara produz plantas rasteiras em Sorocaba, interior de São Paulo. Em sua produção encontra-se pingo de ouro, grama amendoim, aptenia, onze horas, gota de orvalho, ericas, russelia, impatiens, lantana, clorofito, unha de gato, rabo de gato, azulzinha, jasmim, bela emilia, ixoria, entre outras.
“Comecei meio levando na brincadeira”, diz Haroldo, que trabalhou por dois anos para o seu tio como vendedor no CEAGESP de São Paulo. Ele entrou no ramo logo após retornar ao Brasil, quando não sabia o que fazer. Ele morou por quatro anos no Japão. “O mesmo tio me disse que eu podia continuar no ramo de plantas”, conta, “iniciei fazendo compra e venda, e com o passar do tempo comecei a produzir, sem experiência nenhuma, mas com o decorrer dos anos fui adquirindo experiência no ramo”.
Em uma área de aproximadamente 10.000m² são feitas estaquias das plantas, método que consiste no plantio de pequenas estacas de caule, raízes ou folhas, que com umidade se desenvolve novas plantas. “Cada uma tem o seu tempo de enraizamento variando de 20 a 60 dias”, revela Fujihara, “a vantagem é que giram rápidas, e as dificuldades seriam temperaturas muito baixas e altas demais”.
Atualmente ele conta com 5 funcionários e tem cerca de 100 mil mudas plantadas mensalmente. Seus principais clientes são as floras, paisagistas e jardineiros.