Coronavírus, mate o presidente

Thais Pantaleão
(de)vagar
Published in
2 min readJun 18, 2020
Arte: Thais Pantaleão

O gigante acordou! Mas ele meio que virou o Majin Boo gordo, ficou sonâmbulo e acabou elegendo o Bolsonaro… Agora temos que lidar com isso banhados em álcool gel. Ele vai nos comer, chegou nosso fim — o presidente, não o Majin Boo, possivelmente o Gigante.

Talvez, em algum universo paralelo, o Gigante tenha absorvido outras personagens dos anos 90, menos sociopatas e imprevisíveis; não foi educado a base de Monteiro Lobato, desenvolveu um sono saudável e se manteve alerta. Ou, talvez, em algum outro universo paralelo, aquela “facada” tenha sido bem dada.

Podemos considerar a possibilidade de algum universo onde o Império Romano não leva a melhor e o homem branco cristão não estrague tudo? Deus abençoe a física quântica!

A questão é que agora, neste universo, temos que lidar com isso no meio de uma pandemia mundial, durante a quarentena, alimentando teorias da conspiração baseadas em traumas e desespero, usando açúcar branco como a principal fonte de felicidade e em dúvida: é melhor ninar o Gigante e regular o seu sono? ou tacar-lhe energético goela abaixo, com um rockão de trilha sonora e um taco de beisebol na mão? difícil dizer…

Enquanto isso o (des)governo nos faz viver num clipe sem nexo, um pierrot, retrocesso, meio melodrama, meio humor absurdo. De mau gosto. O universo Planeta Terra das Escolhas Erradas pode ser um teste, pena que nós não passamos.

Pelo menos o capitalismo serviu para hypar o skin care antes do coronavírus, e minha avó deixou algumas receitas de pão — ela é a dona do Tudo Gostoso.

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