Éramos 11: Internacional 2010

Pela segunda vez, o dono da América…

Mauro Vaz
Blog De Bate e Pronto
14 min readJan 16, 2019

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A primeira vez é sempre inesquecível, mas a segunda também tem seu devido valor.

E a América foi vermelha mais uma vez! Com uma campanha irretocável em casa e muita garra e entrega nos jogos como visitante, o Internacional de 2010 se tornava bicampeão continental e se credenciava para o Mundial de Clubes.

O Colorado chegava forte para a competição, após um 2009 positivo, porém com um gosto amargo. A equipe foi campeã gaúcha e via o jovem Taison ser artilheiro com 15 gols na competição. Na Copa do Brasil, uma derrota para o Corinthians e o vice-campeonato. Taison mais uma vez foi o artilheiro, com sete gols, e Alecsandro o vice-artilheiro com seisgols. No campeonato Brasileiro, o Colorado chegava na 38ª rodada ainda com chances de título, precisando vencer o Santo André em casa, mas torcendo para que o rival Grêmio fizesse os três pontos diante do Flamengo em pleno Maracanã. Mais uma vez um vice-campeonato, e dessa vez Alecsandro como principal goleador da equipe, com 16 gols.

Mesmo sem os títulos de expressão, a direção manteve o elenco e acrescentou peças, fortalecendo o plantel e se credenciando para bater de frente com as grandes equipes sul-americanas. Logo após o final do campeonato de 2009, a direção colorada já anunciava o novo treinador, o uruguaio Jorge Fossati (ex-LDU), Wilson Mathias (Monarcas Morelia-MEX), os laterais Nei (ex-Atlético PR) e Bruno Silva (Ajax-HOL). Ao longo da pré-temporada ainda viriam: o goleiro argentino Pato Abbondanzieri (Boca Juniors-ARG) e o atacante Everton (Caxias), dentre outros. Durante a competição ainda houve a saída do garoto Walter (Porto-POR) e o acréscimo de Tinga (Borussia Dortmund-ALE). Durante a parada da Copa do Mundo de 2010, o time ainda se reforçou com Renan (Valencia-ESP), Rafael Sóbis (Al-Jazira — EAU) e do treinador Celso Roth (Vasco da Gama).

A CAMPANHA E O REGULAMENTO A FAVOR

A entrega da taça de campeão no Beira-Rio (imagem: agenciapreview.com)

Com uma ótima média de público dentro do Beira-Rio (mais de 40 mil pessoas por jogo), o Internacional não deu chances para os adversários. Foram sete vitórias em sete jogos, marcando 14 gols e sofrendo apenas três. Na primeira fase, logo no primeiro jogo, saiu perdendo para o Emelec-EQU, mas conseguiu a virada com um belo chute do lateral Nei e um gol de Alecsandro numa triangulação entre Andrezinho e Walter. Fora de casa, a situação foi mais complicada, vencendo apenas o jogo da final, empatando os três jogos da primeira fase e perdendo os três jogos das fases eliminatórias. Foram seis gols marcados e nove sofridos. Detalhe que, nos três jogos das fases eliminatórias, o Colorado teve a classificação garantida pelo gol marcado fora de casa.

OITAVAS DE FINAL: BANFIELD(ARG) - Aqui, o Colorado conheceu sua primeira derrota, por 3x1. E que derrota difícil de engolir! A equipe reclamou muito dos erros de arbitragem, entre eles um gol irregular do adversário, uma expulsão injusta de Kleber e também um pênalti não marcado. No jogo da volta, um Beira-Rio pulsante e cheio de torcedores apaixonados empurraram o Inter. Alecsandro fez o gol no final do primeiro tempo, que acabou desestabilizando os argentinos para o segundo tempo. Walter completava o placar e garantia a classificação.

QUARTAS DE FINAL: ESTUDIANTES (ARG) - Tarefa dura agora contra os atuais campeões continentais, que ainda tinham na regência o experiente Verón ainda em altíssimo nível técnico. No primeiro jogo, o Estudiantes foi até Porto Alegre disposto a não dar espaços, mas aos 42 do segundo tempo a insistência colorada deu resultado e o Colorado venceu o jogo com um gol do uruguaio Sorondo. No jogo de volta, aquela partida que está na memória dos torcedores até hoje, talvez mais emocionante do que a própria final. Os argentinos partiram pra cima e fizeram os dois gols que precisavam logo no primeiro tempo. No segundo tempo, o time gaúcho fez as trocas necessárias, partia pra cima, mas o gol não saía. Por volta dos 40 minutos, a torcida local começou a ascender sinalizadores comemorando a classificação, mas foi então que Giuliano, aos 43' do segundo tempo, recebe uma bola e consegue mandar para o fundo das redes, num gol que quase ninguém viu. Ao final da partida uma briga generalizada iniciada por Pato Abbondanzieri e Desábato manchava a festa dos gaúchos. Em meio à correria, Giuliano concedia entrevista:

“Glorifico à Deus, tive apenas uma oportunidade, entrei com pouco tempo no jogo, fui eficiente e a equipe toda correu muito e está de parabéns.” disse o jovem meia.

SEMIFINAL: SÃO PAULO (BRA) - A reedição da final de 2006 foi novamente vermelha. Após a parada da Copa do Mundo, o colorado mudou o comando técnico e trouxe um velho conhecido: Celso Roth. Também trouxe a experiência de Rafael Sóbis e de Renan, duas crias da base. Do outro lado, o São Paulo vinha muito forte com Ricardo Gomes no comando e Fernandão como um dos líderes dentro de campo, além, é claro, de Rogério Ceni, Miranda, Alex Silva, Hernanes, entre outros. No primeiro jogo, a história do confronto anterior contra o Estudiantes se repetiu: só um time atacou. E mais uma vez, de tanto insistir, o gol saiu no segundo tempo, novamente com Giuliano, aos 22 minutos. No jogo de volta, Morumbi lotado, mais de 57 mil torcedores viram o São Paulo abrir o placar com Alex Silva no primeiro tempo. No início do segundo tempo D’Alessandro cobrou uma falta da intermediária e Alecsandro, com o calcanhar, desvia de Rogério Ceni, o 48º gol do atacante em 99 jogos com o manto vermelho e também o quarto na competição, se tornando o artilheiro do clube ao lado de Giuliano. Seria ótimo conseguir controlar esse empate, porém minutos depois Ricardo Oliveira colocaria o tricolor paulista novamente na frente. Inter conseguiu controlar o jogo mesmo sem tanta posse de bola. A solidez defensiva de Bolívar e Índio se confirmou durante o restante da partida e assegurou o placar até o final. O INTER ESTAVA NA FINAL DA LIBERTADORES 2010!

A FINAL

CHIVAS (MÉXICO) - Na Libertadores de 2009, as equipes mexicanas San Luís e Chivas Guadalajara desistiram da competição devido a epidemia da gripe A (H1N1). No ano seguinte, em 2010, foram convidadas a entrarem na competição já nas oitavas de final. O San Luís parou precocemente para o Estudiantes. Já o Chivas, mesmo sem muita tradição na competição, chegou a final daquele ano. O clube deixou pelo caminho Vélez Sársfield (ARG), Libertad (PAR) e Universidad de Chile (CHI) até chegar a final contra o Internacional.

O primeiro jogo foi em Zapopan, no México. O Colorado atacou, se sentiu em casa, e ainda no primeiro tempo mandou duas bolas na trave. Mesmo melhor no jogo, nos acréscimos antes de acabar o primeiro tempo, em uma falha no meio-campo do zagueiro Índio, o time mexicano abriu o placar em um belo gol do atacante Bautista. O clube gaúcho voltou mais ligado e confiante na segunda etapa, aos 27' em cruzamento perfeito do lateral Kléber, Giuliano empata a partida. A virada chegou seis minutos depois do empate. D’Alessandro cruzou, Índio cabeceou para o meio da área e Bolívar concluiu também de cabeça, e assim terminou a primeira partida da final.

Veja os lances da primeira partida da final de 2010

Mesmo jogando em casa a segunda partida da final, o Internacional mais uma vez saiu perdendo. Aos 42', o Chivas abriu o placar com um belo gol do meio-campista Fabián, em jogada semelhante ao gol da primeira partida. E não era só no gol do time mexicano que a história iria se repetir. Aos 16' do segundo tempo Kléber cruzaria novamente, e dessa vez Sóbis empataria a partida para júbilo da nação vermelha. Naquele momento, o título já estava nas mãos do time gaúcho, mas aos 30' em uma jogada de força e qualidade, o então jovem Leandro Damião aumentaria a vantagem para 2x1. O talismã não poderia passar em branco na segunda partida, aos 44' em uma bela jogada individual Giuliano marcou mais um. Três minutos após o gol, o Chivas descontou, após cobrança de falta, no rebote Bravo concluiu, mas já era tarde para uma reação. O Internacional era bicampeão da América!

Confira os principais lances da partida final:

O ELENCO

Renan

Cria da base do colorado, o goleiro foi destaque no Inter em 2008, vinha em uma ótima fase, então foi negociado com Valencia da Espanha. Para a disputa da Libertadores de 2010 o colorado buscou a volta do goleiro por empréstimo, acabado o empréstimo o colorado chegou a um acordo e ficou novamente em definitivo com Renan. Depois da Libertadores ficou mais 2 anos no Inter, depois foi contratado pelo Goiás, lá disputou 200 partidas, e hoje defende o Ceará.

Nei

Lateral carequinha chegou ao Inter vindo do Atlético Parananense, foi mais um reforço para a Libertadores. Vivia ótima fase no Furacão quando fechou com o Colorado, continuou como titular incontestável até inicio de 2012. Depois falhou algumas vezes, e logo foi negociado. Passou por alguns times como Vasco, Paraná e hoje aos 32 anos defende o modesto Prudentópolis.

Bolívar

Bolívar comemorando o tento contra o Chivas (foto: globoesporte.com)

Poucos sabem que o General Bolívar — como ficou conhecido em sua passagem pelo Inter — iniciou sua carreira no Grêmio. Mas foi no Colorado que conquistou seus principais títulos, foram duas Libertadores como titular entre outros títulos importantes. Após a final da Libertadores de 2006, o zagueiro já tinha destino certo, havia sido vendido ao Monaco, e aquele seria sua ultima partida com a camisa vermelha. Seguindo a linha do goleiro Renan, o Inter tentou repatriar Bolívar para a Libertadores de 2010, e deu certo, veio por empréstimo e logo depois foi adquirido em definitivo novamente. Além de conquistar em 2010, Bolívar era o capitão e ainda marcou um dos gols fora de casa contra o Chivas. Rodou ainda por Botafogo, Novo Hamburgo, Portuguesa até pendurar as chuteiras. Hoje é técnico, começou no Barra-SC, passou por União Rondonópolis-MT e recentemente assumiu o Novo Hamburgo-RS. Bolívar também é sócio de uma agência de jogadores além de possuir uma marca de cerveja, a Cerveja General.

Índio

Hoje mito no Twitter, Índio é o zagueiro com mais gols com a camisa Colorada, superou um dos maiores ídolos do Inter, Don Elias Figueroa. Ele como Bolívar foi mais um remanescente do primeiro título de 2006. Na Libertadores de 2010, Índio foi extremamente regular e ajudou o clube na conquista. Após 10 anos no clube, em 2014 Índio anunciou sua aposentadoria dos gramados, ainda continua no Inter agora no setor de Relacionamento Social.

Kléber

Chegou em 2009, vindo do Santos. Assumiu a titularidade logo em sua chegada. Pelo Colorado o jogador além da Libertadores de 2010, conquistou mais 6 títulos. Na competição marcou um gol decisivo, contra o Banfield no primeiro jogo das oitavas na Argentina, que deu sobrevida ao Colorado para buscar 2x0 em casa no jogo de voltar e passar para a próxima fase. Por muitos colorados está entre os melhores laterais esquerdos que já atuaram no clube. Ficou no Inter por 4 anos, até sair sem custos para o Figueirense, pelo clube de Florianópolis por lá foram apenas 5 partidas até decidir se aposentar dos gramados. Hoje Kléber participa atualmente do projeto KFC, voltado para o atendimento de crianças e adolescentes na região de Itaquera na capital paulista.

Guiñazú

El Cholo em ação pela Libertadores de 2010 (foto: internacional.com.br)

Após o título do Mundial de Clubes de 2006, o Inter foi ao mercado e trouxe o então o argentino carequinha desconhecido, Pablo Horacio Guiñazú, o El Cholo. Guiñazú não demorou muito para cair nas graças do torcedor colorado, era extremamente determinado, e mostrava uma garra e vontade sem igual, tanto nos jogos como nos treinamentos. Na conquista de 2010 foi importantíssimo, esteve em campo em todas as partidas da competição. Até hoje Guiñazú é querido pelos torcedores do Inter, pelo clube foram mais de 280 partidas em 5 anos. Saiu do clube de forma inesperada, chegou ao Libertad do Paraguai, depois passou pelo Vasco. Hoje aos 40 anos, El Cholo defende o Talleres da Argentina.

Sandro

Era o mais jovem, vindo da base se firmou como titular, participando de todos os jogos da Copa Libertadores e chamando atenção de muitos clubes logo cedo. O Internacional o manteve para disputa da Libertadores de 2010, foi importante para o time principalmente por ter uma saída de bola quase perfeita na época. Era um volante que errava pouco quando chegava na frente, e muito seguro na parte defensiva. Suas boas atuações o levaram a Seleção Brasileira. Após acabar o término da Libertadores, o volante foi negociado junto ao Tottenham, por lá fez boas partidas, caiu em rendimento, foi negociado com Queens Park Rangers também da Inglaterra, depois passou por West Bromwich, Antalyaspor da Turquia, Benevento da Itália e hoje continua na velha bota, atuando pelo Genoa.

D’Alessandro

“El Cabezón” ironicamente era a cabeça do time. O argentino pensava no jogo, e em cada lance, com uma técnica acima da média, D’Ale foi peça crucial na campanha do Colorado do título de 2010. O meia começou sua carreira no Argentinos Juniors, ficando até completar 11 anos, quando foi levado ao poderoso River Plate. Por lá ficou até seus 22 anos, depois passou por Wolfsburg da Alemanha, Portsmouth da Inglaterra, Zaragoza da Espanha até voltar a Argentina, para o San Lorenzo. Mas sua volta para Argentina também foi curta, por que depois de 15 jogos defendendo o San Lorenzo, em 2008 D’Ale fechou com o Internacional. São nove anos de Internacional, onde o argentino empilha mais de 10 títulos, entre eles uma Sul-Americana e a Libertadores de 2010.

Giuliano

Giuliano com o troféu de melhor jogador da Libertadores (foto: clicrbs.com.br)

O amuleto. Veio do Paraná, ao 18 anos, inicialmente era uma promessa, e era frequentemente relacionado para os jogos, mas amargava a reserva. Com o passar dos jogos, foi ganhando força e mostrou serviço, o que levou a titular, ainda que em alguns jogos tenha continuado no banco. Mesmo com a oscilação entre titularidade e banco de reservas, Giuliano foi o artilheiro do Colorado na competição, com 6 gols, além de ter sido escolhido como o Melhor Jogador da Libertadores de 2010. O gol mais marcante da competição talvez tenha sido de sua autoria, quando aos 32' do segundo tempo o meia sai do banco de reservas, e aos 43' marca o gol que classificou o Inter contra o Estudiantes, na Argentina. Depois da dramática desclassificação no Mundial de Clubes para o Mazembe, Giuliano foi negociado com o Dnipro Dnipropetrovsk da Ucrânia, ficou no leste europeu por 3 anos, até voltar ao Brasil, dessa vez para defender o arquirrival do Inter, e no tricolor gaúcho mesmo sem conquistar títulos fez ótimas partidas e ganhou a simpatia da torcida gremista. Voltou ao leste europeu, dessa vez para a Rússia, defendeu o Zenit, passou pela Turquia no Fenerbahçe e assinou recentemente com o Al-Nassr da Arábia Saudita.

Taison

Marcado eternamente com a frase “Taison ou Messi, o futuro dirá quem foi melhor” dita pelo comentarista Wianey Carlet, Taison foi importantíssimo para a conquista de 2010. Taison era mais um jogador da base colorada, jogou sua primeira partida profissional em 2008, e 5 dias após a final da Libertadores o jogador foi anunciado como novo reforço do Metalist Kharkiv da Ucrânia, ficou 3 anos no clube até ser vendido ao Shakhtar Donetsk também da Ucrânia onde joga até hoje. Esteve presente (para surpresa de muitos) no plantel da Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 2018, e frequentemente tem seu nome circulado no Beira-Rio como uma possível volta.

Alecsandro

Chegou em 2009 para tentar resolver o problema do ataque colorado, que não contava com centroavantes após a saída do ídolo Fernandão. Filho de Lela, jogador dos anos 80, e irmão de Richarlyson, o atacante começou sua carreira no Vitória da Bahia, por lá acabou sendo duas vezes emprestado para o Sport e a Ponte Preta, na sua volta teve destaque pelo clube baiano sendo vice artilheiro da Série B de 2005. Foi vendido ao Cruzeiro, lá foi novamente emprestado, dessa vez para o Sporting de Portugal. Chegou ao Oriente Médio para defender o Al-Wahda e logo após assinou com o Internacional. Na Libertadores atuou em 13 das 14 partidas, balançou 4 vezes a rede. No Colorado o jogador ficou até 2011, quando foi negociado com o Vasco, depois passou por Atlético Mineiro, Flamengo, Palmeiras, Coritiba e recentemente foi anunciado como novo reforço do São Bento de São Paulo.

Extra:

Tinga

Com a venda de Walter para o Porto, o Colorado repatriou um velho conhecido e já campeão da Libertadores de 2006, Paulo César Tinga. Tinga começou nas categorias de base rival Grêmio, onde ficou até 2003. Nesse período foi emprestado ao Kawasaki Frontale do Japão e ao Botafogo. Depois foi comprado pelo Sporting de Portugal até vir parar no Inter. Na sua primeira passagem pelo Internacional, Tinga conquistou um Campeonato Gaúcho e uma Libertadores, depois da final da competição de 2006, o meia foi vendido ao Borussia Dortmund da Alemanha, por onde ficou 4 anos, virou ídolo por lá. Na sua volta ao Colorado, sua estrela brilhou novamente, entrou no meio da competição, fez ótimas partidas ajudando o clube a chegar na final. Colecionou mais alguns títulos pelo Inter, até ir para o Cruzeiro. Em 2015 decidiu encerrar sua carreira dentro de campo pelo clube mineiro. Fora do campo, Tinga assumiu a gerencia de futebol do Cruzeiro em 2016, com a mudança de presidente do clube, em 2017 Tinga saiu do Cruzeiro. Ficou um tempo como palestrante, falando sobre planejamento, gestão e liderança. Criou alguns projetos como “Chutando o Preconceito” juntamente com o ex-árbitro Márcio Chagas e “ByTinga”, um curso online para ajudar jovens nos primeiros passos da carreira. Em agosto de 2018 foi anunciado como diretor de futebol da Chapecoense.

Rafael Sóbis

Outro que chegou no meio da competição. Sóbis já contava com o carinho da torcida, criado na base e torcedor assumido do Internacional, o atacante voltou ao clube para dar mais alegrias ao torcedor. Autor de um dos gols da final da Libertadores, Rafael Sóbis jogou apenas 3 partidas da competição, mesmo assim nome não poderia ficar de fora dessa lista, pela identificação que o atacante tem com o clube. Sóbis jogou nas categorias de base do Colorado, onde ficou até 2006, saiu após a conquista da Libertadores de 2006. Foi vendido ao Bétis da Espanha, por lá ficou 2 anos, nesse período foi convocado algumas vezes para a Seleção Brasileira. Em 2008 fazia parte do plantel que foi terceiro lugar nos Jogos Olímpicos, entrou em campo 4 vezes e marcou 2 gols. Depois o atacante se aventurou pelos Emirados Árabes, defendeu o Al Jazira por 4 anos, nesse período é que foi emprestado ao Internacional, onde conquistou sua segunda Libertadores. Depois foi emprestado ao Fluminense, pelo clube carioca foram mais de 100 partidas oficiais. Vendido ao Tigres UANL do México, Sóbis viraria carrasco do seu time de coração na Libertadores de 2015, eliminando o Inter nas semifinais. Virou ídolo no clube mexicano, e voltou ao Brasil, para defender o Cruzeiro. No clube mineiro ficou até 2018, e em janeiro de 2019 anunciou seu retorno ao Internacional.

Leandro Damião

Amador até 2008, o então jovem atacante contratado para atuar na base colorada foi inscrito ainda na primeira lista da competição, jogou apenas uma partida, a final. Entrou aos 27' do segundo tempo, e quatro minutos depois começaria a colocar seu nome na história do clube gaúcho. Damião teve um início de carreira de dar inveja, 2010 Campeão da Libertadores, em 2011 jogou 41 partidas e marcou 31 gols, foi convocado para Seleção Brasileira pela primeira vez, naquele ano jogou duas partidas e marcou 1 gol. Em 2012 foi artilheiro dos Jogos Olímpicos de 2012, ficou no Internacional até 2013 até ser vendido ao Santos. Em 2014 o atacante emplacou uma má fase, acabou sendo emprestado sem sucesso ao Cruzeiro, depois Bétis da Espanha e Flamengo, apenas no Flamengo que Damião voltou a fazer algumas boas partidas, quando substituía Guerrero. Em 2017 voltou para casa para novamente defender o Internacional, dessa vez o clube estava em outra condição, jogava pela primeira vez a Serie B. Foi um dos destaques do time, e ajudou o Colorado a voltar para a Serie A. Seu contrato com o Santos acabou no final de 2018, e Damião assinou com o Kawasaki Frontale do Japão.

foto: torcedores.com

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Mauro Vaz
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Rio Grande do Sul // Editor de conteúdo e co-fundador no Blog De Bate e Pronto ⚽