Éramos Onze: Coritiba 2011

Coxa voltava da série B com uma campanha histórica nacional e internacionalmente

Victor de la Rocha
Blog De Bate e Pronto
16 min readOct 22, 2018

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Em 2011, o time do Coritiba encantou não só o Brasil, como todo o mundo. Com um time muito veloz, envolvente e matador, a equipe conquistou uma sequência de 24 (VINTE E QUATRO!!!) vitórias consecutivas no primeiro semestre do ano, vencendo o campeonato estadual de forma invicta e sendo vice-campeão da Copa do Brasil. O De Bate e Pronto te mostra um pouco sobre aquela campanha memorável e por onde andam (e andaram) aqueles jogadores treinados pelo então pouco conhecido Marcelo Oliveira.

O Coritiba vivia períodos de instabilidade. Em 2009, foi rebaixado para a Série B nacional, com cenas de guerra no Couto Pereira. Numa série B com 10 jogos longe da sua torcida e um time considerado modesto, mas muito bem treinado, conquistaram um ótimo (e por que não surpreendente) título da série B em 2010, além do título estadual naquele ano.

A Copa do Brasil 2011 era no tradicional sistema de mata-mata com a possibilidade de eliminação dos jogos de volta nas fases iniciais e não contava com os times nacionais que participavam da Taça Libertadores. Ao final da competição, o time considerado ideal pelo treinador foi o que entrou em campo na primeira partida da final contra o Vasco da Gama. Armado num 4–4–2 clássico, o time contava com Edson Bastos, Jonas, Demerson, Emerson e Lucas Mendes; Léo Gago, Willian Farias, Rafinha e Davi; Anderson Aquino e Bill.

O destaque vai para os incansáveis Edson Bastos, Jonas, Emerson e Davi, que participaram de todos os 12 jogos da campanha. Detalhe que, no banco de reservas, despontava um goleiro chamado Vanderlei, que hoje conta com a simpatia nacional por defender a equipe do Santos. Outro grande conhecido do público que figurava mais no banco de reservas do que em campo era o meio campista Éverton Ribeiro, que participou de apenas três jogos do torneio, marcando um gol.

Artilheiros:
4 — Anderson Aquino, Bill
3 — Davi
2 — Marcos Aurélio, Rafinha, Emerson
1 — Jonas, Eltinho, Everton Ribeiro, Leo Gago, Geraldo, Willian Farias

A CAMPANHA:
No primeiro confronto, a equipe enfrentou uma curta viagem até Erechim-RS para enfrentar o Ypiranga. O time não obteve uma grande exibição e venceu o primeiro jogo por apenas 0x1, não eliminando a partida de volta. Uma certa desconfiança surgia naquele elenco, tanto que a manchete de um dos jornais eletrônicos era “Coxa joga para o gasto e decide a vaga em Curitiba”. Na segunda partida, a confirmação da classificação com uma vitória de 2x0.

Em seguida, a equipe enfrentaria o emergente Atlético Goianiense. O primeiro jogo trouxe uma magra porém segura vitória (1x2) com um doblete do pequeno Marcos Aurélio que, apesar de não eliminar o jogo de volta, se provou muito importante naquele início de Copa. Retornando à Curitiba, mais uma vitória, dessa vez por 3x1 (com um doblete de Anderson Aquino e um gol de Éverton Ribeiro, seu único na competição) Era a 16ª vitória seguida do Coxa.

Nas oitavas de final, o Coxa se encontrou com aquele que era tido como seu o maior desafio até o momento: o Caxias, mais um time do Rio Grande do Sul. A equipe grená vinha fazendo uma grande campanha no estadual e na Copa e contava com Éverton Costa, que seria reforço do Coritiba no ano seguinte. Com um bom público no Couto Pereira, o início de jogo era muito duro para os dois lados, mas ao longo da partida o “Coxa Líder” se impôs e conseguiu um 4x0 com Bill, duas vezes, Davi e Rafinha. A volta, no estádio Centenário em Caxias do Sul, foi mais uma vez um jogo duro, com os atletas do Caxias tentando uma vitória digna para seu torcedor, mas em vão: outra derrota, Coritiba 1x0.

A essa altura, o Coritiba conquistava um recorde nacional: 22 vitórias seguidas, batendo assim o Palmeiras de 1996 e o Fluminense de 1959, ambos com 21 vitórias consecutivas. Para alongar o retrospecto positivo, uma coincidência: o próximo adversário seria justamente o Palmeiras.

O Palmeiras bem que tentou nas quartas de final atrapalhar a sequência de vitórias do Coritiba, e até conseguira na segunda partida. Mas antes? Ah…antes o Coritiba aplicou um sonoro 6x0 no Palmeiras em seu Couto Pereira praticamente lotado (6º maior público da competição), contando com ótimas atuações individuais e um jogo coletivo envolvente. Os gols foram marcados por Emerson, Davi, Léo Gago, Bill, o angolano Geraldo e Anderson Aquino. Era a 24ª (e última) vitória da sequência consecutiva. No jogo de volta: Palmeiras 2x0 Coritiba.

Na semifinal contra o Ceará, um jogo apertadíssimo e um 0x0 no Castelão, contando com as intervenções importantes dos goleiros Fernando Henrique e Edson Bastos. No jogo de volta, mais uma vez com o Couto Pereira se mostrando muito forte e com um golaço de Anderson Aquino, o Coxa venceu por 1x0 e se classificou para a final inédita da Copa do Brasil para enfrentar o Vasco da Gama.

A FINAL

Os jogadores do Coritiba em pé (da esquerda para a direita): Willian, o goleiro Edson Bastos, Marcos Paulo, Lucas Mendes, Demerson, Émerson e Jeci — Agachados: o auxiliar técnico Tico, Geraldo, Marcos Aurélio, Tcheco, Davi, Rafinha, Léo Gago, Eltinho, Bill, Leonardo e o massagista Marcelo, antes da segunda partida contra o Vasco, válida pela final da Copa do Brasil 2011. (Foto: gazetapress.com)

As duas equipes buscavam o título inédito e talvez isso tenha sido refletido em campo, com duas equipes nervosas e afobadas. Um primeiro tempo de certa forma fraco e um segundo tempo muito agitado, sobretudo depois que Alecsandro abriu o placar. O Coxa partiu pra cima e Fernando Prass teve que intervir numa boa finalização de Bill. Aos 47 do segundo tempo, quase veio o empate com o zagueiro Emerson. O placar ficaria 1x0 e tudo se resolveria no Couto Pereira.

Para um público de 31.516 pessoas, 4º maior público da competição, era o momento do tudo ou nada. Num jogo que não lembrou nem de longe o primeiro, o Coxa foi pra cima mesmo sem o atacante Anderson Aquino, suspenso após a sequência de amarelos, e com três volantes. Dominando a posse de bola, parecia que Marcelo Oliveira tinha acertado a tática, mas aos 11 minutos Alecsandro abrira o placar. O técnico então rapidamente percebeu que precisava atacar e sacou um de seus volantes para colocar o atacante Leonardo. A substituição logo surgiu efeito e, dois minutos depois, com mudanças de posicionamento de seus jogadores e uma falha defensiva vascaína, Bill recebe um cruzamento e tocou para o fundo das redes. No final do primeiro tempo, apareceria a velocidade de Rafinha para aparecer frente a frente com Prass e bater forte. O goleiro defendeu, mas Davi virou o jogo no rebote.

Num segundo tempo que começava nervoso para os dois lados, mas com o placar beneficiando o Vasco, o Coxa tinha mais posse e explorava a velocidade de Rafinha e mais uma vez num oportunismo vascaíno Eder Luís chuta e conta com uma falha de Edson Bastos: 2x2. Recomeço para o Coritiba, que precisava de dois gols. E um deles veio, com um chute de Willian Farias de fora da área aos 21 minutos. Muita garra e força e empenho dos dois lados foi o que se viu depois. Coritiba se jogando para o ataque e Ricardo Gomes (técnico vascaíno) tirando suas principais peças para recompor defensivamente. Ainda teve um controverso lance que o Coxa pediria pênalti, não marcado. Ficou assim, 3x3 no agregado e Vasco campeão pelo gol fora.

OS JOGADORES:

Edson Bastos (Goleiro):

foto: GazetaPress

Revelado no Figueirense, rodou por times pequenos de Santa Catarina até seu retorno à Florianópolis, onde ficou até 2004 e foi tricampeão catarinense. A partir de 2005, passou por Portuguesa, Fortaleza conquistou um Campeonato Paulista do Interior pelo Guaratinguetá em 2007. Foi aí que o Coritiba o contratou, onde fez uma campanha muito boa sendo campeão com a equipe. Tetracampeão estadual e bicampeão da série B pelo Coritiba, atingiu a marca de mais de 200 jogos pela equipe, entrando para o rol de grandes ídolos do clube. É considerado um dos grandes goleiros do Coritiba dos últimos 25 anos. Em maio de 2012 ,se transferiu para a Ponte Preta e em dezembro de 2014 confirmou que jogaria pelo Foz do Iguaçu-PR, clube de sua cidade natal, onde encerrou sua carreira após o ano de 2015. Atualmente joga como atacante no futebol de veteranos em Foz do Iguaçu e se dedica à escolinha que criou nas dependências da Arena Bastos, para dar encaminhamento de vida através do esporte à criançada.

Jonas (lateral): Participando de todas as partidas da Copa do Brasil, Jonas começou a carreira na base do Mirassol e profissionalmente pelo São Caetano. Ficou vinculado ao Internacional por três anos, embora não muito aproveitado, sendo emprestado para Sport, Botafogo-SP e Vitória. Ainda assim participou do plantel do título gaúcho de 2008. Jogador importante do Coxa em 2011, chegou a ser especulado para disputar o Mundial de Clubes em 2011 junto com o Santos de Neymar, mas o negócio não evoluiu, continuando no Coritiba e amargando a reserva no início de 2012 e sendo negociado com o Vasco da Gama, numa transação que aconteceu quando a equipe cruzmaltina vendeu Fágner para o futebol alemão. Negociado posteriormente com o Atlético-PR, seguiu vagando por clubes como Atlético-GO, RedBull Brasil, Criciúma, América-MG e por último, em 2017, o Botafogo, jogando inclusive três partidas pela Libertadores. Em 2018 atuando pelo Joinville-SC por dez partidas com uma campanha ruim e a equipe sendo rebaixada para a série D, foi dispensado. Ao longo da carreira, conquistou seis campeonatos estaduais e hoje, com 31 anos, encontra-se sem clube.

Emerson (zagueiro): Pilar defensivo e outro que atuou todos os jogos, ainda marcando dois gols, Emerson começou a carreira no na base do Gama-DF, passando por São Caetano, Guarani, Flamengo, Veranópolis, Fortaleza e Sertãozinho. Até que em 2008 chegou ao Avaí, estreando num amistoso contra a seleção da Jamaica. No clube da capitão catarinense foram mais de 150 jogos e 27 gols anotados, sendo importante no acesso à séria A nacional e no ano seguinte fazendo a melhor campanha da história de um time de Santa Catarina, terminando em 6º lugar com 57 pontos. Em 2011, foi anunciado pelo Coritiba como reforço e em pouco tempo alcançou a titularidade e a liderança dentro de campo. O Coritiba ainda lhe rendeu marcas pessoais, como a de maior zagueiro artilheiro da equipe (20 gols) e a sua convocação para a seleção Brasileira participando do Superclássico das Américas. Foram 113 partidas pela equipe paranaense.

Foi vendido para o Atlético-MG para participar do Mundial de Clubes e a mudança não lhe deu sorte, sofrendo uma grave lesão no início de 2014 e ficando de fora dos planos do Galo. Pretendido por muitos clubes, Emerson acertou o retorno ao Avaí para o ano de 2015. Em 2016, Emerson desembarca no Rio de Janeiro para defender as cores do Botafogo, clube que em 2017 participou da Taça Libertadores, onde Emerson participou de toda a campanha. O ano de 2018 foi de início no Atlético-PR e em seguida uma transferência para o Joinville-SC, onde ficou poucos jogos e, após a campanha ruim pessoal e coletiva, decidiu por pedir a rescisão de contrato. Emerson têm em seu currículo seis títulos estaduais, duas copas do Brasil, um Superclássico das Américas e uma Recopa Sul-Americana. Hoje Emerson está sem clube.

Demerson (zagueiro): Demerson não começou a Copa do Brasil como titular, mas foi conquistando a vaga ao longo da competição no lugar de Pereira e, desde o segundo jogo das quartas de final, não saiu mais do time. Começou a carreira no Atlético-MG, sendo emprestado para o América-MG, Corinthians-AL, Luziânia-DF e Itaúna-MG. Suas boas atuações na modesta equipe mineira chamaram a atenção do Cruzeiro, que contratou o zagueiro e depois o emprestou para as equipes do Goytacaz e Cabofriense, este último com ótimas atuações no campeonato Carioca e sendo contratado pelo Coritiba em 2009. Antes de se firmar no Coritiba ainda foi emprestado ao Botafogo-SP. Após a passagem vitoriosa pelo Coxa passou dois anos atuando no Bahia onde conquistou um estadual. Assinou com Jiangxi Liansheng que havia sido promovido à segunda divisão nacional, sendo inclusive capitão da equipe. Retornando ao Brasil, atuou pelo Paraná em 2016 e ainda no mesmo ano se transferiu para a Chapecoense. Demerson não foi relacionado para a final da Copa Sul Americana 2016 e por isso não estava no avião que culminou no trágico acidente da equipe catarinense. Em 2017, se aventurou novamente na Ásia, atuando pelo Sarawak FA da Malásia. Demerson possui três títulos estaduais, uma série B em 2010 pelo Coritiba e o título concedido à Chape da Sul-Americana 2016. Hoje atua no Bali United, da Indonésia, participando inclusive da liga dos campeões Asiática.

Lucas Mendes (lateral): O bom lateral Lucas Mendes na época surpreendeu a muitos, firmando-se na equipe titular com apenas 20 anos. Jogou entre 2008 e 2012 no Coritiba e seu destaque o levou direto para o futebol francês, no Marseille. Em duas temporadas, disputou competições continentais, sendo na temporada 12/13 a liga Europa e em 13/14 a Liga dos Campeões. Não atuou muitas partidas na temporada de 2014/15 nem pela equipe francesa nem pelo Al Jaish, seu novo clube, agora no Catar. Em duas temporadas no novo clube, Lucas Mendes se tornou mais versátil, atuando também como zagueiro, posição que é sua preferencial hoje. Nas duas últimas temporadas, atuou no Al-Duhail, também do Catar. Em votação aberta no site OGol, Lucas Mendes está listado entre os melhores jogadores da Liga dos Campeões Asiáticos.

Léo Gago (volante): Grande volante do Coxa, Léo Gago sempre se destacou pelo chute de longa distância. Começou a carreira profissional no Inter de Limeira rodando por clubes onde teve pouco destaque como Campinas, Primavera, Mineiros, Ceará, Fortaleza e Paraná. Até que em 2009 fez um excelente campeonato Brasileiro pelo Avaí, que vendeu o atleta ao Vasco. Com poucas chances, foi emprestado ao Coritiba no meio de 2010 e em seguida assinou um contrato de três anos. Apesar do vínculo, seu destaque pelo Coritiba o deixou muito tempo ali, assinando com o Grêmio para o início de 2012. Em 2013, foi emprestado ao Palmeiras e, no ano seguinte, para o Bahia, posteriormente assinando com o Bragantino em 2015. Com a idade chegando, passava a fazer contratos pontuais e com equipes de divisões inferiores, passando por América-RN, Itumbiara e Sampaio Corrêa. Neste último, em 2106, alegando falta de pagamento, solicita rescisão contratual e é atendido, passando a atuar no futebol amador “por prazer”, segundo ele mesmo. Em 2017, disputa o Campeonato Paranaense pelo Cianorte e retorna ao futebol amador no segundo semestre. Léo Gago, que possui quatro títulos estaduais e dois títulos da Série B, atualmente está sem clube.

Willian Farias (volante): Inicialmente reserva, Willian Farias conquistou a vaga de titular desbancando o experiente Leandro Donizete nos últimos jogos da competição. O volante foi criado nas categorias de base do Coritiba, tornando-se profissional em 2008. Aquele bom ano de 2011, inclusive sendo eleito o melhor jogador da final da Copa do Brasil, foi crucial para que ele tivesse seu contrato renovado até 2014, ano em que se transferiu para o Cruzeiro. Participou do título do Campeonato Brasileiro de 2014, sendo importante na reta final daquele Brasileirão. Em 2016, se transferiu para o Vitória, inicialmente por empréstimo. Com um bom desempenho em 2016 Willian Farias foi contratado em definitivo pelo Vitória e é um dos líderes e capitães da equipe. Aos 29 anos, Willian possui sete títulos estaduais, uma Série B pelo Coritiba e a Série A 2014 pelo Cruzeiro.

Rafinha (Meia): Rafinha sempre se destacou pela velocidade, inclusive com a bola junto ao pé. Com a carreira iniciada na Portuguesa e São Paulo, onde nunca era aproveitado e se via sempre emprestado. Nessa condição, passou por Santo André, Grêmio, São Caetano, Goiás, Paraná e Coritiba, em 2010. Ao final de 2010 rescindia com o São Paulo e assinava com o Coritiba. Ao todo marcou 41 gols pelo Coxa, o que o torna um dos maiores artilheiros do século e ídolo da torcida. Ainda passaria duas temporadas completas na Arábia Saudita, no Al-Shabab, antes de retornar ao Brasil, agora pelo Cruzeiro. Hoje aos 35 anos segue no time mineiro e ainda é, mesmo com a idade avançada, uma ótima opção de velocidade pelos lados do campo. Possui seis títulos estaduais, um Brasileiro Série B, uma Copa do Brasil e duas copas Sauditas.

Davi (Meia): Davi disputou as 12 partidas da Copa do Brasil e foi um importante pilar do time, tanto na armação quanto na recomposição. O atleta marcou três gols. Começou a carreira no Paulista e se transferiu para o São Paulo, mas sem oportunidades acabou no Bragantino onde fez sucesso. Em 2009, chegava no Avaí mas seria prontamente repassado para o Paraná, retornando ao Avaí em 2010 e já com um flerte do Coritiba, que analisava a contratação do atleta, transferência esta que ocorreu em 2011, na ótima campanha do clube naquele ano. Em 2012, seria um dos “aventureiros” a chegar no futebol chinês, para o Guangzhou R&F, foram três temporadas e 26 gols anotados pela equipe. Ainda passaria pelo Shanghai Dongya em 2015, sendo o primeiro brasileiro da história do clube, pelo Shangai Shenxin e pelo Nei Mongol Zhongyou, até, em 2018, assinar com o Joinville para a disputa da Série C. Na estante de Davi constam os títulos da Copa do Brasil 2005 (Paulista), Série C 2007 (Bragantino), Catarinense 2009 e 2010 pelo Avaí e o Paranaense 2011 pelo coxa. Após oito jogos na equipe do Joinville e pouco aproveitamento, Davi e a equipe anunciaram uma rescisão amigável e o jogador está atualmente sem clube.

Anderson Aquino (Atacante):

Anderson Aquino comemorando o gol contra o Ceará na semifinal. (Foto: Ag. Estado.)

Aquino não era considerado titular no início da competição, ganhou seu espaço e foi uma ausência muito sentida no segundo jogo da final, por conta da suspensão por cartões amarelos. Foi artilheiro do time com 4 gols, ao lado de Bill. Iniciando a carreira no Atlético-PR, Anderson ainda rodaria por Sport, Goiás, Olimpi Rustavi (Geórgia) e Paraná, até chegar ao Coxa em 2011, quando viveu seu melhor momento na carreira. Anderson integra uma seleta lista de artilheiros do século no Coritiba, com 28 gols marcados. Após a boa passagem pelo Coritiba disputou a série B pelo Santa Cruz em 2015, ajudando a equipe no acesso e marcando 10 gols. Em 2016 atuou no campeonato Paulista pelo Linense, ao lado de Willian Pottker no ataque, com muito sucesso, assinando com o Botafogo para o restante do ano. Em 2017 disputou o campeonato catarinense pelo Figueirense e se apresentaria ao Londrina para a disputa da série B, mas atuaria apenas um jogo devido ao seu filho precisar tratar de uma leucemia. Anderson Aquino rescindiu amigavelmente seu contrato. Possui seis campeonatos estaduais e uma liga nacional da Geórgia. Em 2018 jogou o primeiro semestre pelo Ituano e atualmente está sem clube.

Bill (Atacante):

foto: GazetaPress

Bill começou jogando pelo Bragantino e se aventurou pelo futebol chinês, pelo Galo Maringá e novamente pelo “Braga” até assinar com o Corinthians. Lá, Bill não teve tantas chances quanto imaginava, sendo emprestado para o Coritiba. Naquela copa do Brasil foram 4 gols anotados e é um dos maiores artilheiros do século pelo time paranaense, com 31 gols. Sua passagem pelo coxa daria um tempo para jogar no Santos, também sem muita expressão.

Em 2013, viajaria mais uma vez para fora do país, para o Al Ittihad-ARA, finalizando o seu 2013 mais uma vez no clube paranaense. Em 2014, chega ao Ceará prometendo 40 gols e cumpre pouco mais da metade, 23, e chama a atenção do então rebaixado Botafogo, clube que o contrata para disputar a Série B 2015. Em seis meses jogando no clube carioca, acerta com o Busan IPark para jogar a liga Coreana, onde também ficou seis meses. Retornando ao Ceará para a série B 2016, Bill marca 15 gols na competição e se torna o primeiro artilheiro da série B a ter mais gols que o artilheiro da série A (Fred, Diego Souza e Pottker marcaram 14 gols). Um primeiro semestre fraco em 2017 no Figueirense o fez ser contratado pelo América-MG, onde conquistaria seu segundo título da série B. Bill acumula três campeonatos estaduais, duas Série B e uma Recopa Sul-Americana, este último pelo Santos. Atualmente joga no futebol Tailandês.

O TÉCNICO: MARCELO OLIVEIRA

Podemos dizer que foi no Coritiba que a carreira de Marcelo Oliveira começou a aparecer para o cenário nacional. Antes disso passou por foi treinador da base do Atlético Mineiro por muito tempo, além de CRB, Atlético Mineiro (treinou a equipe profissional seis vezes), Ipatinga e Paraná. Pelo clube paranaense, Marcelo disputou 131 partidas, obtendo 74 vitórias, 25 empates e 32 derrotas, atingindo um aproveitamento de 62,8%. Marcelo é um dos técnicos que mais comandou o Coritiba, chegando em duas finais consecutivas da Copa do Brasil.

Após o coxa veio o Cruzeiro, um enorme desafio e com uma certa desconfiança da torcida, já que Marcelo Oliveira tinha uma identificação muito grande com o rival Atlético, que logo foi revertida com ótimos resultados dentro de campo e com uma equipe muito eficiente e com um bicampeonato, um feito difícil de alcançar nos pontos corridos. Um dos grandes jogadores foi Everton Ribeiro, contratado junto ao Coritiba com indicação do próprio treinador. Marcelo mais uma vez deixava uma ótima impressão e com um trabalho longevo em um clube de expressão, com o melhor aproveitamento da história do clube.

Em Junho de 2015, chega ao Palmeiras após resultados ruins na Libertadores pelo Cruzeiro e, mais uma vez, uma final de Copa do Brasil em seu caminho, dessa vez com o título vencendo o rival Santos nos pênaltis. No Palmeiras, foram 53 partidas e um aproveitamento de 55%. Em 2016 chegava ao Atlético-MG para comandar um time muito badalado e mais uma vez chegando a uma final de copa do Brasil, mas dessa vez, e mais uma vez, com o vice. Chamado para tentar salvar o Coritiba do rebaixamento em 2017, seu aproveitamento foi muito abaixo da última passagem, com menos de 40% de aproveitamento.

Marcelo Oliveira tem em seu currículo quatro vice campeonatos da copa do Brasil: dois com o Coritiba, um com Cruzeiro e outro com Atlético. Conquistou três estaduais (dois paranaenses e um mineiro), dois Campeonatos Brasileiros com o Cruzeiro e uma Copa do Brasil pelo Palmeiras.

Atualmente, Marcelo Oliveira comanda o Fluminense.

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