Allejo Feelings — Bojan Krkić
O craque de “La Masia” que não deu certo
Bojan Krkić Pérez nasceu na pequena Linyola, cidade catalã que tem pouco mais de 2600 habitantes. Seu primeiro clube foi o Barcelona, passando muito tempo na famigerada “La Masia”, a fábrica de talentos mais conhecida do mundo do futebol. Desde muito jovem, eram depositadas muitas expectativas sobre ele, um jogador que sempre ficou marcado pelo seu talento bruto como um diamante, que, lapidado da forma correta, poderia chegar aos céus. Não à toa Bojan era considerado melhor que Messi antes de se profissionalizar, mas quis o destino que tudo o que se desenhava até então fosse por água abaixo. Há, pelo menos, algo para se orgulhar. No mundo dos games, todo seu talento realmente o tornaram o craque que outrora parecia fadado ao fracasso na vida real.
No jogo:
No Football Manager 2008, Bojan simplesmente fazia chover! O atacante do Barcelona iniciava o game com incríveis 16 de finalização. Um índice alto para algumas das maiores estrelas da época, imagine para um miúdo que acabara de iniciar sua carreira, até então com dezesseis anos de idade. Além disso, o projeto de craque driblava bem, tinha atributos mentais incríveis e uma determinação de dar inveja a qualquer veterano. Uma de suas marcas registradas sempre foi a velocidade, tanto “in game” quanto na vida real — por pouco mais de 10 milhões você poderia negociar a liberação dele com os espanhóis e dar um enorme passo para ter em mãos um dos melhores do mundo em suas mãos.
Na vida real:
Um início avassalador, Bojan tinha tudo para se tornar um dos melhores atacantes da história! E não é nenhum exagero dizer isso. Para quem o acompanhou no início de sua carreira lembra que realmente o garoto fedia a gol. Nas categorias inferiores, ele havia superado a marca dos 800 gols, números surreais pra quem ainda nem havia chegado ao alto escalão do futebol. Em abril de 2007, ele estreou com a equipe principal do Barcelona contra os egípcios do Al-Ahly, marcando o segundo gol dos catalães. O então técnico do time principal do Barcelona Frank Rijkaard era só elogios: “ele é especial, todas as decisões que toma são as decisões corretas”. Porém, depois que o holandês saiu do clube, tudo ruiu. A sequência que até então vinha recebendo acabou, e o novo comandante Pep Guardiola começou a apostar em Pedro para o lugar dele, e depois de quatro temporadas (163 jogos e 41 gols) saiu da Espanha e não conseguiu se fixar em nenhum dos clubes que passou: Roma, Milan, Ajax, Stoke City, Mainz e Alavés.
A estrela que outrora reluzia e brilhava, vai se apagando cada vez mais, mas o que sempre fica na nossa mente é o sonho utópico daquele meia atacante habilidoso dos cabelos longos, que destoava no FM 2008. Que volte aos tempos áureos.
Texto de Jefferson Santos.
