Seleção Menos Onze — Corinthians Séc. XXI

Prepare-se para o desastre, o rebaixamento não foi por acaso

Aqui vamos nós para mais uma seleção que enche o amante de futebol de angústia e nervosismo. Dessa vez, os corintianos vão esquecer os títulos expressivos e recordarão apenas as tristezas de um bom maloqueiro sofredor. É importante ressaltar que a escolha na escalação foi a partir de pesquisas em grupos de torcedores do Sport Club Corinthians Paulista nas redes sociais.

Johnny Herrera — O goleiro desse time é praticamente uma unanimidade. Chileno, chegou ao clube em 2006, contratado com grande expectativa pela empresa MSI. Após 9 jogos, 13 gols sofridos e falha em clássico contra o São Paulo, Herrera tornou-se terceira opção no gol corintiano e não demorou muito para ser dispensado e voltar ao seu país de origem.

Iran — Na lateral direita, apesar de grandes concorrentes, Iran foi o escolhido para estar nessa escalação. Emprestado ao time do Parque São Jorge em 2007, o “homem-bomba”, apelido dado pelos torcedores ao jogador, cometeu frequentes falhas e foi determinante na campanha desastrosa do time na mesma temporada.

Zelão — Luís Ricardo da Silva, mais conhecido como Zelão, inaugura a dupla de zagueiros desse time maravilhoso. Vindo do Bragantino, chegou ao Corinthians em 2007, e contribuiu como protagonista no rebaixamento do time no mesmo ano. No ano seguinte, Zelão foi vendido para um time pequeno da Rússia.

Váldson — Para completar a zaga, o escalado chama-se Váldson. O jogador chegou em 2004 no Corinthians e fez parte do time que não rebaixou para sobre o Juventus na última rodada do Paulista. Foi considerado o culpado por muitas derrotas do time naquele ano e ficou lembrado por não ter habilidades com os pés.

Escudero — Apesar de boas passagens por outros clubes, no Parque São Jorge, Escudero foi uma decepção. Escolhido para fechar a defesa, o argentino tomou 10 cartões amarelos em 13 jogos e foi apelidado pela torcida de “Carniceiro”. Ficou lesionado durante sete meses e acabou saindo do clube sem o carinho da torcida, muito pelo contrário.

Bóvio — Para abrir o meio-campo, vem um dos piores volantes da história do Corinthians. Contratado do Panathianaikos (Grécia), Bóvio chegou ao Timão em 2008 e logo após 14 jogos, sendo oito como titular, transferiu-se para o futebol árabe. Em seguida, o atleta rodou por vários clubes de menor expressão e se aposentou em 2013 no Goytacaz-RJ.

Bruno Octavio — Seguindo a escalação do “coração da equipe”, o escolhido é Bruno Octavio. Entre todos desse time, o meio-campista é o jogador que mais ganhou título pelo Corinthians, mesmo não estando entre os titulares na maioria dos casos. Formado na base da equipe, Bruno Octavio teve contrato com o Corinthians de 2004 até 2011, contabilizando 107 jogos e nenhum gol. Marcado pela sua falta de habilidade, o segundo volante ficou conhecido por uma narração de Milton Leite, narrador do canal SporTV, na qual Bruno Octavio arrisca um chute no fim de um clássico contra o Palmeiras e a bola vai parar na lateral. Confira no vídeo abaixo:

Lulinha — Grande destaque nas divisões de base do Timão, Lulinha não atendeu as expectativas no time profissional e por isso é o escolhido para fechar o meio-campo. No dia 4 de abril de 2007, o meia afirmou em uma entrevista ser a mescla entre Kaká e Ronaldinho Gaúcho, visto que estava em ascensão e entrando no time titular. Porém, com a chegada de outros jogadores da posição, Lulinha foi perdendo espaço e nunca vingou o que se esperava. Atualmente, Lulinha atua no futebol do Chipre. É considerado hoje um símbolo de jogador flop.

Paulo Nunes — Artilheiro por onde passou, menos pelo Corinthians. Paulo Nunes chegou em 2001 com grande expectativa, porém não conseguiu atuar bem devido à grande ligação com o arquirrival Palmeiras. Após 25 jogos, o “diabo loiro” rescindiu seu contrato com o time do Parque São Jorge e saiu pela porta dos fundos. Paulo Nunes já afirmou depois de aposentado que ir para o Corinthians foi o maior erro de sua vida.

Clodoaldo — Atacante do time de 2007, Clodoaldo foi o escolhido para ser o centroavante. Contratado para substituir Finazzi, machucado, o “ClodoEto’o” foi um fiasco. Um dos protagonistas do rebaixamento, irritou os torcedores com apenas 4 gols marcados na temporada e foi dispensado ao término do campeonato. Como curiosidade, três meses antes de chegar ao Corinthians, Clodoaldo era zagueiro no seu clube anterior e só se tornou atacante por circunstâncias da equipe. Essa história foi contada por Vampeta, em seu livro “Vampeta, Memórias do Velho Vamp”.

Alexandre Pato — Para fechar o ataque e o pior time do Corinthians no século XXI, o escolhido é Alexandre Pato. Transferido do Milan-ITA por 43 milhões de reais, Pato chegou ao Timão com status de craque e muita expectativa. Porém, não foi isso o que aconteceu. Atuações discretas, falta de determinação e um pênalti cobrado com displicência na Copa do Brasil (levando o time a eliminação), fizeram com que o jogador criasse uma relação não amigável com a torcida. Emprestado ao São Paulo, rendeu melhor no time rival, porém os corintianos não ficaram tristes com a negociação, visto que o Corinthians recebeu o meia Jadson em troca, hoje ídolo da equipe.