Seleção Menos Onze — Grêmio Séc. XXI.

Vem ler essa sofrência, aqui. Chorei, chorei!

Thiago Alvim
Blog De Bate e Pronto
5 min readMay 14, 2018

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(foto: meutimao.com.br)

Essa escalação foi resultado de uma pesquisa relativa à atuação de jogadores que, enquanto vestiram a camisa do Grêmio, representavam, para o torcedor, entrar em campo com um a menos (cada um em sua época). Não está sendo questionada aqui a habilidade desde o primeiro segundo da vida futebológica (inventei agora), do atleta.

Ricardo Tavarelli — A camisa 1 dessa seleção merece respeito! Gostam de passar desespero quando a bola é recuada? Apresento-lhes (não sei se essa é a forma correta, só escrevi pra ficar bonito mesmo): Tavarelli. Autor de uma das melhores declarações da história futebolérica nacional: “No Brasil os jogadores chutam muito ao gol”. Se em 2004 o “meme” já existisse, essa frase travaria a internet.

Ruy Cabeção — Assim como em boa parte das equipes por onde passou, no Grêmio, Ruy tinha uma função importantíssima: distrair os jogadores adversários e divertir os torcedores, que nutriam por aquele ser icônico uma relação de amor e ódio. Sua lentidão (por motivos óbvios) fazia com que esse mini-craque da vida real se enrolasse de vez em sempre com a bola. Com a posse da pelota, era um malabarista, ao contrário.

Baloy — Dono de um cavanhaque extremamente fino, com uma camiseta regata branca, uma calça apertada com o cinto na altura do umbigo e um sapato brilhante, teria muito mais sucesso como professor de ritmos caribenhos que como jogador profissional de futebol. Quando a bola passava por ele na zaga tricolor, seu perfil não enganava, era um baile do adversário.

Cris — Diferente da época que o levou à seleção brasileira, atuando pelo Grêmio suas apresentações eram um curso de pós-doutorado em expulsões, pênaltis e faltas descabidas. A progenitora de Cris era muito elogiada pela torcida tricolor, principalmente por ele oferecer extrema facilidade aos adversários. No jogo aéreo, quase contemplava as outras equipes com uma água de coco. Sua principal qualidade com a camisa tricolor era o posicionamento em campo, muito admirado. Sempre a dois metros de distância do atacante, assim sobrava espaço para um belíssimo cabeceio contra o seu gol.

Marcinho Caganeira — “Pura água!” Para a torcida do tricolor imortal, Marcinho na lateral esquerda fez jus à sua declaração (citada acima, entre aspas), assim como ao apelido recebido após a fatídica partida da Fonte Nova. Suas atuações como lateral, sua passagem pelo tricolor e seu apelido tiveram um fim.

Cocito — Esse Deus da “volância”, representante contumaz do futebol raiz, tinha atuações marcantes (principalmente para os adversários), muito parecidas a um espancamento. Uns o chamavam carinhosamente de “Coicito”. Fazendo uma alusão ao violento movimento de reação da pata do cavalo (expliquei essa parte do coice só por educação mesmo, de nada).

Carlos Alberto — Habilidoso, o pobre Carlinhos se arrastou em campo com a camisa do tricolor dos pampas! Com a disposição de um aposentado, no auge de seus 20 e poucos anos, a torcida cismava em pegar o C.A 19 para Cristo. Os torcedores alegavam que o motivo de tanta raiva era o comportamento apresentado fora e dentro de campo (o primeiro teria levado ao fracasso do segundo), justamente oposto ao exigido pelos gremistas. O meia passou cerca de três longos e conturbados meses em Porto Alegre.

Luciano Ratinho — Contratado em 2004, ao lado de Rico (não citado na lista, por só podermos escalar 11, não por falta de merecimento), para ser o armador da equipe. Ratinho conseguiu não ser relacionado para a disputa da Copa RS. O meia (que se jogasse bola mesmo seria “Caça Rato”, ou “Ratão”) ficou mais conhecido no sul pelo fato de ser homônimo do famoso apresentador do SBT. No fim das contas, ratinho por ratinho, era melhor ter contratado o Mickey, esse seria ídolo da criançada tricolor pelo menos.

Amato — “…Se enrolando com a bola, chegava a tropeçar sozinho.” Deixou uma bela lembrança na memória do torcedor tricolor, como podemos observar no trecho ao lado. Comentário retirado da página jajogueinogremio.blogspot.com.

Adriano Chuva — Conhecido posteriormente no mundo asiático como “Imperador da Coréia”, Adriano media 1,86 cm. Fazia mais pivô que jogador da NBA, mas a única coisa que caiu do céu durante a sua passagem pelo Grêmio foi a chuva de xingamentos. Em 11 jogos, totalizou uma marca estarrecedora de nenhum gol marcado! Tais números serviram para carimbar o certificado que Adriano já havia recebido da torcida gremista, de um dos piores atacantes da história do clube.

Braian Rodriguez — 2 Gols em 27 partidas. Devido ao incontestável fracasso, corroborado pelos números apresentados acima, o atacante de 1,93 cm foi agraciado com a entrada no “hall” classificado pela torcida tricolor com o título de “Castelhanos Perebas”, que serve como um selo de reprovação para as contratações de estrangeiros cujo idioma é o Espanhol.

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Thiago Alvim
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Rio de Janeiro /Estudante de Publicidade e Propaganda /Editor do Blog De Bate e Pronto