Senso de produtividade
A mecânica da vida tenta nos fornecer um senso de produtividade, para assim conseguir máquinas pensantes que trabalhem a seu favor vinte e quatro horas por dia.
Aqueles que deixam este ideal tomar conta de suas mentes e não cumpre-o, sentem-se como empregados improdutivos e inúteis sempre que possuem um horário disponível em sua agenda.
O ócio torna-se algo a ser combatido. O dormir é encarado como perda de tempo. A preguiça desvirtua-os.
Esquecem-se que a vida leva a todos para o mesmo buraco. O salário é o mesmo, trabalhando ou não. Morte.
Correm pra lá e pra cá, sempre pensando no que fazer depois. Para nada. Em vão. O aqui e agora, único momento existente, torna-se secundário.
As atividades são planejadas para poderem ter sempre o que fazer, mostrar serviço a um patrão que não dá a mínima para o funcionário.
Ter tempo livre, seja para puro lazer ou um belo descanso, se torna perda de tempo. Contraditório assim.