Desabafo para o rei de roupa
Por Dayse Cardoso em 2019
A convivência natural serena pacífica almejada
Para simplesmente caminhar lado a lado,
Poder ser criança
Com base na confiança
Sem algoz ou invasor
E muito menos um ditador
Mas um amor a compartilhar a vida
E as descobertas das maravilhas e feridas do caminho
Se foi ou nunca existiu
Quando tu me invades
Além do espaço que te dou
Feres a minha essência
Te pões cego ao que sente o coração
Ao rastrear-me em busca de mentiras
O amor exala escravidão
Em troca de juras de amor
E promessas de proteção
O discurso libertário não sustenta
O que não se consegue provar a mente inventa
Nada disso poderia colocar numa gaiola de espionagem
O nada que existe em mim e busca preenchimento
Enquanto a verdade está à sua disposição todos os dias
Dentro de ti e através das retinas que espelham teu ser
Caso tivesses coragem de se desnudar.
Faça a sua parte, o teu trabalho interno
Por mim apenas vibre, se puder, amor
Não me apoquentes enquanto te escondes
Contrapondo contra o ponto de equilíbrio da liberdade
Logo eu que tanto gostaria de ver o rei nu
