#02 Conto: Você confia em mim?

Gênero: Drama policial

Derek | O Garoto das Artes
14 min readJul 2, 2019

Uma voz eletrizante ao som de uma guitarra que se empenha em fazer brilhantes melodias enquanto os clientes passam um tempo na lanchonete. De quem é essa música mesmo? se perguntou Alice Parker. Talvez seja Iron Maiden.. ou.. há, esquece!

Sentada no balcão enquanto toma seu café, ela pega o jornal ao lado e abre na página dos jogos. Algumas charadas talvez à fariam esquecer um pouco de seus problemas se esses jogos não fossem tão fáceis. O que sobrou é pegar uma caneta presa ao balcão por uma cordinha que aparenta estar quase se arrebentando para desenhar bigodes em pessoas no jornal.

O telefone toca.

— Oi Dener, o que houve?

— Srta. Parker, você precisa vir para cá urgente! Sabe aquele caso dos mascarados? Os atiradores assaltaram o Banco Central e fizeram reféns!

Alice se levanta e sai da lanchonete correndo para seu carro — Pegamos eles! Fala pro pessoal me aguardar enquanto cercam o perímetro!

— Olha, me disseram para não lhe contar agora, mas.. é melhor você vir para cá logo.

— O que foi? Pode me dizer.

— Droga, Srta. Parker.. é a sua filha.. ela foi identificada e está lá dentro como refém!

2 HORAS ANTES

Na casa da policial Alice Parker pela manhã.

— Eu já disse que você não precisa me levar para o passeio. — disse sua filha Emily Parker depois de mastigar uma fatia de pão.

— Onde ele será? É tão ruim assim sua mãe querer te levar para a escola? Ainda mais no dia do seu aniversário de 16 anos. Claro que iremos nos encontrar de noite, mas eu queria passar mais o dia com vo..

— Hm! Você sabe muito bem que dia é hoje, além do meu aniversário, claro. Não é possível que tenha esquecido dele. — zombou Emily enquanto pega sua mochila e se levanta. — Enfim, a Jennifer irá comigo mais tarde no túmulo do Papai. Não poderei te ver hoje. Até porque você deve estar muito ocupada tentando ‘‘salvar’’ alguém..

Emily enfatiza sua fala fazendo sinal de aspas com as mãos enquanto disse ‘‘salvar’’, deixando sua mãe um pouco desconfortável com o que isso representa.

— Emily, depois de tantos anos não é justo que você continue me culpando pelo o que aconteceu com seu pai. Eu juro que fiz de tudo para salvá-lo, mas você tem que entender que..

— Tenho que entender nada! — Emily se vira para sua mãe enquanto mexe os braços — É mais do que óbvio que a policia mais atrapalha do que ajuda! Mesmo com todo seu alto treinamento vocês são incapazes de salvar vidas! Agora que você se tornou ‘‘Capitã das Operações de alto risco’’, acha que conseguiu alguma coisa? Acorda mãe, o Papai já está morto!

As duas fazem um curto silêncio enquanto se olham nos olhos. No fundo elas não queriam entrar em conflito mas seus sentimentos de culpa e arrependimento às controlam como se fossem mais fortes do que a razão.

— Você acha que eu também não me sinto mal pelo o que aconteceu com o Joseph? — repreendeu Alice — Eu também queria que ele estivesse aqui, minha filha! Eu lembro desse maldito Caso todos os dias. Só Deus sabe o quanto eu queria voltar no tempo para conseguir salvá-lo..

Alice dá um suspiro e continua sua fala, suas palavras parecem mais pesadas para serem ditas do que esperava.

— Mas talvez você tenha um pouco de razão.. talvez a culpa seja realmente minha, eu não estava preparada o suficiente na época, mas é por isso que eu continuo me aprimorando no meu trabalho! Tudo para que eu possa estar cada vez mais pronta para o que vier. Eu não posso falhar de novo se algo acontecer com você.. ou com mais alguém perto de mim. Confie em mim.

— Quer saber? Eu odeio a Policia, odeio você.. e eu não confio em você! Viva com isso também! ..era pra ter.. salvado o Papai... — Lágrimas escorreram pelo rosto de Emily enquanto tentou escondê-las dando as costas e saindo de casa.

MOMENTO ATUAL

— Os assaltantes fizeram contato? — disse Alice ao chegar no local.

— Ainda não, mas estamos trabalhando nisso! — respondeu Dener, Assistente de Alice

Os Agentes fecharam todo o perímetro em volta do Banco Central. Policias armados em campo e nos helicópteros estão mirando para todas as saídas do banco. Há algumas cabanas montadas pelo perímetro em uma distância segura para que a equipes possam trabalhar com o setor inteligência da policia. Dentro das cabanas há muitos agentes andando para todos os lados atarefados.

— Irei lhe atualizar, Srta. Parker. — informou Dener — O setor de inteligência identificou que os assaltantes são os mesmos que vinhamos procurando a meses. Identificamos eles pelas famosas máscaras de porco, mas ainda não sabemos suas reais identidades. Há três deles e oito reféns contando com sua filha. Ainda não ouvimos tiros.

— Como conseguiram essas informações? — indagou Alice

— Um dos reféns conseguiu escapar pelos fundos e disse que era amigo da Emily. Ele está sendo atendido nesse momento pela equipe médica por ter levado um tiro dos assaltantes enquanto tentava escapar. A passagem no qual ele escapou foi explodida por eles.

— Nossa! — admirou-se um homem que se aproxima — Você é a Capitã Parker, uma das atiradoras mais rápida do país. É uma honra estar aqui com você.. quero dizer, trabalhando para você.

— Agente Johnson — repreendeu Alice depois de reconhecer o Agente — O que está fazendo aqui? Não tenho tempo para elogios, vá para sua posição e se concentre no seu trabalho. Mantenha-se em contato comigo.

Alice sai da cabana para observar a entrada do Banco com um binóculo que pega na mesa e diz:

— Dener, vamos fazer contato, eu quero um Drone terrestre indo para a entrada principal junto com um celular e 11 coletes à prova de balas.

DENTRO DO BANCO

Emily Parker está ajoelhada no chão do salão principal junto aos outros sete reféns. Os três assaltantes armados discutem usando máscaras de porco.

— Olha o que você fez! — gritou um dos assaltantes — Agora estamos cercados pelos policias. É o fim cara, é o fim..

— Não fala besteira! A culpa não é minha se você não sabe cronometrar nosso tempo!

Enquanto dois deles discutem, o terceiro fica à observar a discussão até o momento em que suas mãos começam a tremer. Uma delas segura uma pistola e a outra se levanta para a altura da cabeça ajustando sem jeito sua máscara de porco.

— Silêncio os dois! — o som do grito ecoa pelo salão — Eu já perdi a paciência com todos vocês, inúteis!! Escutem aqui..

— Meu Deus, iremos morrer… iremos morrer… iremos… — murmurou um dos reféns.

Emily fecha os olhos ao sentir uma pressão em sua cabeça. As paredes em sua volta parecem estarem se fechando em sua direção e o ar fica mais pesado. Memórias da morte de seu pai retornam em sua mente como se fossem reais e ela se vê na mesma situação de perigo de Joseph no passado.

Eu irei morrer aqui, pensou. Não é possível… minha mãe! Ela deve estar do lado de fora… devo ter exagerado um pouco com ela hoje cedo. Como ela deve estar?

— Eu só queria… só queria que meu pai estivesse comigo… — Disse em tom bem baixo como uma tentativa tola de que seus desejos se realizassem. Se tantas coisas ruins acontecem com ela de forma aleatória, pensou, talvez o destino lhe concede-se desejos de forma aleatória também.

— Se acalme minha querida. — sussurrou uma voz calma e doce de um senhor idoso ao lado — Tenho certeza de que os Agentes lá fora estão trabalhando para nos salvar.

— .. Nos salvar..

— Você aí! Já chega com essa conversinha! — Um dos assaltantes se aproxima com sua arma — Eu disse que da próxima vez alguém iria levar uma bala! — O senhor idoso ao lado de Emily é puxado pela camisa para o centro do salão. Os reféns se abaixam enquanto se estremecem.

— Não! Por favor, não o machuque! Não fizemos nada demais! — suplicou Emily quase se levantando ao deparar a cena.

— Quieta, se não você será a próxima!

O senhor que está prestes a morrer acena para Emily se afastar. É como se ela pudesse ouvir as palavras que não conseguiram sair dos lábios dele enquanto é jogado ao chão — Está tudo bem, minha querida.. Só fique segura.

Emily se paralisa ao se dar conta de que talvez tenha alguma culpa disso estar acontecendo e entra em conflito sobre como deve agir. O que eu faço? pensou. Ele irá morrer por tentar me ajudar. Falhei em salvá-lo.. o que eu posso fazer? ..

— Espere!! — gritou a garota mantendo as pernas firmes no chão enquanto movia os braços argumentando — Você só irá piorar sua própria situação! Depois da policia ouvir os tiros, irão presumir que os reféns estão em perigo e virão com tudo! Eu tenho uma ideia melhor para vocês.

A atenção de todos se mantém em Emily em um breve silêncio. — Eu acho que ela está certa, chefe!

— Droga! — O idoso é solto no chão pelo assaltante que se aproxima de Emily de forma apressada — Eu não estou nem aí, eu disse para ficar calada! Você morrerá no lugar dele de exemplo! — segurou a Pistola com força.

— Espera, espera! Eu sou filha da Capitã Alice Parker! — fechou os olhos — Minha ideia é que vocês me façam de refém, só a mim! Para se comunicarem com eles e fazerem a exigência de que um Helicóptero esteja no terraço para escaparem!! Ninguém precisa se ferir!! — Consegui argumentar mais rápido do que esperava, será que deu certo? pensou com os olhos ainda fechados.

Talvez tenha dito um monte de besteiras e aquilo só ajudaria para que ela tomasse um tiro logo em seguida, mas pra sua surpresa nada aconteceu enquanto mantém seus olhos fechados com medo de ter se arriscado demais. O que ela poderia fazer? Ficar parada e ver um Senhor morrer por tentar acalmá-la? Se alguém possui a chance de salvar uma vida, deve-se usá-la o máximo que puder. Era nisso que Emily acreditava. Se todos pensassem assim, talvez seu Pai ainda estivesse vivo. Um pingo de coragem finalmente surge dentro de si para que pudesse abrir os olhos e fazer o que é o certo.

— É o que? Parker? HAHAHA eu não acredito! — O assaltante continua se aproximando de Emily até levantar seu rosto pelo queixo com as mãos — Depois de tantos anos de desgraça que aquela miserável me causou, a sua filha veio parar em minhas mãos! HÁ! — Se aproxima para mais perto de seu delicado rosto na qual poderia praticamente caber em sua palma. — Gostei da sua ideia, Srta. Parker. Vamos dar uma voltinha..

DO LADO DE FORA DO BANCO

Todos os Agentes estão atentos enquanto um Drone terrestre segue em direção à entrada do banco até que as portas se abrem violentamente com um chute vindo do lado de dentro.

— Todos para trás! Irei atirar na garota se não obedecerem! — Ameaçou um assaltante que atravessa a porta segurando Emily para bem próximo de si com o braço esquerdo enquanto mantém uma arma pressionando sua cabeça.

— Não atire, eu só quero conversar! — esclareceu Alice usando um Megafone — Há um celular que enviamos junto ao Drone em sua frente. Ninguém aqui irá fazer nada, só pegue-o por favor.

O Assaltante com cara de porco chama seu outro parceiro que está atrás para pegar o celular e por no viva-voz enquanto segura Emily. Ora, era exatamente isso que ele queria para fazer suas exigências. O plano da garota é perfeito a não ser pelo fato de que a polícia poderia segui-los para onde quer que eles fossem, e é aí que entra um complemento do plano de fuga para os limites da fronteira, entre esse país e o vizinho no qual estão em uma guerra diplomática onde a polícia não poderá pegá-los.

Depois de apresentar suas exigências pelo celular, o Assaltante complementa: — Eu quero o helicóptero com um único piloto no terraço o mais rápido possível! Se não, Capitã Parker, sua filha irá se arrepender por tentar ser uma heroína.

Ele sabe da minha filha? se questionou Alice que se preocupa por um momento no que isso pode representar para a situação, mas ela reconhece que precisa se manter firme para continuar seu trabalho para que seus sentimentos não possam atrapalhar o Caso.

— Tudo bem, iremos lhe entregar o que você quer. A única coisa que peço é que você permita que os reféns possam vestir o colete à prova de balas que está no carrinho do Drone em sua frente. Sabe, seria uma resposta sua de confiança para que possamos entregar o que quer e para que ninguém se machuque. Isso também inclui você e seus parceiros. — Os assaltantes aceitam os coletes sem questionar e entram de volta ao banco.

Alice retorna à cabana e se prepara para o acordo se portando de armas e equipamentos em seu uniforme depois de dá as ordens para sua equipe. Na mesa à frente prepara um Rifle calibre 5.56mm M16A2 e põe em seus braços enquanto caminha para atrás da Cabana em direção ao helicóptero que já está à sua espera.

— Srta. Parker, para onde está indo? — indagou Dener, seu assistente — Você não pode ir, a exigência é que só esteja o piloto no helicóptero!

— E desde quando negociamos com bandidos, Dener? Eu já sei o que se passa na cabeça de nosso inimigo.

— Me desculpe, Srta. Parker, mas eu sugiro que liguemos novamente para pedir que eles deixem alguns reféns saírem do banco em troca do helicóptero.

Dener é um bom agente, sempre foi muito cauteloso em suas ações e era isso que Alice gostava dele. De um jeito perfectionista ele sempre seguia todas as regras da situação com medo de que o pior aconteça se algo sair do lugar como uma fileira de peças de dominó, no qual se você mexer em uma delas, todas podem desmoronar em sequência. Mas Alice sabia que dessa vez não poderia seguir as claras regras igual da última vez em que seu marido morreu em um outro caso no passado. Dessa vez, ela precisava hackear a situação à seu favor.

— Eles já irão deixar os reféns, Dener! Não caberia todos eles dentro do helicóptero, e como segurança, ele irá levar Emily consigo para que não atiremos no veículo. Confie em mim, eu sei que consigo.

NA ESCADARIA PARA O TERRAÇO DO BANCO

O colete à prova de balas incomoda Emily um pouco enquanto sobe as escadas para o terraço junto aos três assaltantes. Em um rápido olhar para trás, percebe-se que junto deles há também um outro refém, algo que não fazia parte de seus planos caso ele venha se ferir.

Estou caminhando para minha morte? pensou enquanto escuta o barulho que seus pés apressados fazem em contato com a escada de ferro, que de vez em quando se desencontram por ser empurrada levemente pelo assaltante logo atrás.

Agora que todos estão calados, seus pensamentos parecem ter ficados mais altos como se o grupo ao redor pudesse escutá-la. Se pergunta se agiu da melhor forma possível se expondo desse jeito. Será que não era melhor ter ficado no canto até que tudo se resolva sozinho? A situação em que se meteu ficou mais clara para Emily e o arrependimento de que tenha sido impulsiva lhe consome como um câncer. O que eu poderia fazer de bom? Uma adolescente de 16 anos? Que ideia idiota..

O refém atrás esbarra na escada e seu rosto cai em direção aos degraus. Todos param e olham para o atrapalhado em um grande susto como se algo por um segundo tivesse dado de errado com o plano. — Se levanta seu idiota! Andando, estamos com pressa! — Grita um dos assaltantes que segura uma sacola de dinheiro enquanto levanta o refém de forma grosseira para que continuem subindo as escadas.

Onde eu estava com a cabeça? continuou Emily à se questionar dentro de seus pensamentos que agora parecem mais baixos como se ninguém pudesse se adentrar em sua privacidade. O susto que levou agora à pouco lhe fez lembrar de que suas ações salvaram outros seis reféns que nesse momento estão em segurança no salão principal. Ações impulsivas ou não, ela se colocou na frente para salvar outras pessoas. Não poderia fugir disso, nunca, se não nada mais do que acreditou durante anos faria sentido. Se outra pessoa no passado tivesse agido como ela agiu para ajudar o próximo, seu pai poderia ter sido salvo. Muitos outros poderiam ter sido salvos. Essa é uma oportunidade que ninguém deveria deixar de lado. Mesmo sentindo medo do que virá, mesmo que tudo dê errado, sua consciência estará plena de que fez o possível. Mas.. espera! Minha mãe! Ela também pode ter feito o possível pelo meu pai?

NO TERRAÇO DO BANCO

Finalmente o grupo de três assaltantes e dois reféns chegam ao terraço abrindo as portas duplas que dão espaço para a forte luz do sol. O helicóptero do acordo acaba de pousar no terraço enquanto desliga os motores. A Capitã Parker esteve escondida dentro do veículo até que o grupo do banco chegasse ao terraço.

Ao se revelar saindo do veículo enquanto segura seu Rifle com as duas mãos, os assaltantes se assustam com a receptividade e dão um passo para trás exigindo que a Agente se afaste e largue sua arma. Um deles agarra Emily pelo pescoço enquanto empurra uma pistola em sua cabeça.

Alice não se mostra ofensiva e simplesmente larga seu Rifle ao chão e o empurra para o lado com os pés enquanto levanta suas duas mãos para o alto. — Eu não vim te atacar! Só quero ter certeza que esteja tudo certo com nosso acordo!

— Que palhaçada é essa?? — berrou o assaltante que ameaça Emily — Não me lembro de ter dito para você vir junto!

— Agente Johnson? — perguntou Alice de forma baixa e sutil em seu microfone preso ao ouvido — Está em posição como ordenado? — seus olhos se mantém presos no assaltante à frente.

— Sim, Capitã Parker! — confirmou Johnson que está no topo de outro prédio em posição de Sniper — Mas não tenho visão segura com a refém próxima demais do assaltante. Um tiro poderia atingir os dois.

— Ora essa! Agora eu tenho as duas Parkers nas minhas mãos!! Há! — Comemorou o assaltante que em um lance rápido mas um pouco atrapalhado, atira na cabeça de seus dois parceiros. Emily se estremesse com os tiros enquanto se mantém presa à frente e aos braços do máscara de porco

— O que? Achou que eu iria levar esse dois babacas comigo? Os planos mudaram, querida! Eles só serviram pra trazer as sacolas de grana. E agora, irei atirar em vocês duas e se safar daqui com o outro refém. Diga as últimas palavras para sua filha, sua desgraçada, terei o prazer de lhe apagar! — berrou o assaltante que agora direciona sua arma para a Capitã Parker enquanto aguarda que diga algo.

A distância entre as duas é o bastante para que possam se ouvir — Filha, você confia em mim?

Lágrimas jorram dos olhos de Emily — Sim mãe, eu confio em..

Um tiro de pistola. Esse é o barulho que Emily escutou e sentiu em seu corpo. A pressão foi suficiente para que o tiro que recebeu no peito a deixe em choque.

O assaltante arregala os olhos com o que acabou de presenciar. A própria mãe de Emily tinha sacado uma pistola escondida atirando na própria filha? Tudo em uma velocidade tão incrível que o Cabeça de Porco precisou de alguns segundos para raciocinar sobre o que aconteceu ali e reposicionar sua máscara, largando assim a garota de seus braços para o quão longe conseguia. Ainda com uma arma nas mãos, tentou se recompor até que atirou sem jeito no qual o tiro pega diretamente na pistola de Alice que se joga no chão.

— Agora, Johnson!!! — berrou a Capitã.

Um tiro de Sniper atravessa o crânio pela máscara de porco do assaltante e seu corpo se esbarra no chão de um jeito tosco.

Alice corre em direção à sua filha se ajoelhando e colocando-a em seus braços enquanto verifica o tiro que ela recebeu direto no colete à prova de balas. Emily reclama um pouco da dor que sente pois talvez tenha fraturado algo pelo impacto, mas como planejado pela sua mãe não houve perfuração em seu corpo. Lágrimas escorrem pelo seu rosto enquanto olha nos olhos da mãe.

— Sim mãe, eu.. confio em você.. me desculpe por sempre ter duvidado, era pra eu ter lhe dito isso antes. Eu agora confio quando você diz ter feito o possível para salvar o papai! Me desculpe..

Criado por key (Derek Cheyne)

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