Visão do Cliente: Como inovar e fazer o bem?

DoMKT
Desafiando O Marketing
4 min readFeb 6, 2017

É muito difícil e muito caro tentar fazer a mudança de hábito de um usuário, de um cliente. Neste vídeo vamos te mostrar como fazer um impacto positivo e fazer essa mudança da melhor forma possível na vida das pessoas. Vamos nessa?

Transcrição do Vídeo

Tudo bem gente? Pedro Waengertner aqui e hoje eu queri falar para vocês sobre uma coisa que está sempre na minha cabeça quando falamos de marketing, mas muito pouco a gente fala que é: A gente sempre pensa que eu vou mudar o meu cliente, eu vou mudar a cabeça do meu cliente, vou criar um hábito.

A gente sabe como é difícil fazer isso acontecer. É muito difícil e principalmente, muito caro. Tudo que a gente viu de mudança de hábito, para fazer o bem, para causar um impacto positivo, primeiro atendeu um interesse muito específico do cliente. Então o que eu queri falar para vocês hoje é como que a gente consegue fazer o bem e mudar o hábito de maneira positiva das pessoas. E a forma é muito simples, é basicamente colocar o cliente no centro da equação. E pegar carona no diálogo que já acontece na cabeça dele ou dela.

Como assim? Explico! Tudo o que a gente vê direcionado a mudança de hábito, sempre vem de alguma coisa que já existe na cabeça do nosso cliente. Não de alguma coisa que tô colocando lá. Eu sempre pego carona. E eu vou dar dois exemplos muitos legais.

E veja, eu sou um cara bem carnívoro, bem carnívoro mesmo, sou gaúcho e adoro churrasco. Mas se eu tivesse uma opção de algo que parecesse carne, certamente eu estaria optaria por fazer boa parte das minhas refeições com esse produto. Foi justamente pensando nisso, que duas startups americanas estão criando produtos que estão revolucionando a maneira como a gente consume e como pensa o cliente carnívoro.

1º exemplo: Hampton Creek

Hampton Creek - Site

Uma delas é a Hampton Creek. Vocês podem ver no site dela que que ela tem vários produtos. O produto ‘hit’ da Hampton Creek é uma maionese, uma maionese que o gosto é maravilhoso. Essa maionese já é líder de vendas no Walmart, começou vendendo na Whole Foods, que é aquele supermercado orgânico, e essa maionese simula o ovo. Simula o ovo, tirou a proteína animal e ela usa a proteína da ervilha para simular o ovo. Então é um negócio super inovador, engenharia pesada, mas ai a gente tem o potencial de mudar o hábito do cliente, uma vez que a gente coloca ele no centro da equação. A gente sabe que ele tá acostumado, a gente sabe que ele está acostumado com esse tipo de comida, não faz sentido eu agora falar “Coma essa maionesa vegana XYZ”, não é.

Quando a gente fala que é uma maionese vegana, a gente atinge o nicho, do nicho, do nicho, que é o público vegano. Se eu falo que é uma maionese muito boa e eu coloco ali e ainda faz muito bem para a sua saúde ou não usa proteína animal, aí eu ganho o grande público. Esse é o pulo do gato de como fazer o bem e atender o cliente.

» Veja também: Sim! Marketing é para todos

2º exemplo:Beyond Meat

Beyond Meat - Site

Vou dar outro exemplo de uma empresa americana chamada Beyond Meat, Além da Carne. Se você olhar o site dela, tem vários produtos legais, tem hambúrguer e os caras estudaram como que tem que ser a consistência da fibra para na hora de morder, ter a sensação de carne. Então eles tem hambúrguer r eu compro hambúrguer, frito e é muito difícil dizquer que não é um hambúrguer de carne. É uma carne sintética, não é uma hambúrguer de soja. De novo, quando nós vemos aquele hambúrguer de soja nós falamos “hmm isso é para veganos, não é para mim”.

Não. Esse é carne. Eu não consigo acredito que não é carne e esse é um dos pulos do gato que essa startup faz. Se vocês olharem os outros produtos, como a carne é muito difícil de emular, não só o gosto, o gosto até é fácil entre aspas, mas a consistência da carne é muito difícil de emular, então eles misturaram e tem vários pratos prontos que você tem a impressão que está comendo carne, mas na verdade você está comendo tudo 100% a base vegetal.

E essa é uma maneiras da gente emular carne e com isso entrar num diálogo que já existe na cabeça do nosso cliente. Não é nadar contra a corrente, mas nadar a favor da corrente para fazer o bem. Então a gente consegue fazer o bem se usarmos a nossa criatividade, usar um pouco de psicologia de comportamental e botar para rodar. Tentar ousar e fazer acontecer.

Espero que tenha sido útil para você ter alguns insights. Até a próxima.

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