Filho da Tormenta e da Calmaria: O Diário de Núbio Karandyr

Victor Kichler
Desafios em Faerun e Além
25 min readJul 13, 2020
Entrada principal da magnifica cidade de Geldaneth, lar dos Karandyr.

Sou filho da tormenta e da calmaria, era o que diziam meus pais, enquanto eu corria por nossa grande casa, apostando corrida com amigos imaginários ou duelando contra os de carne o osso no pátio de treinamento para logo em seguida passar horas e horas lendo na biblioteca de meu avô. Nasci em Geldaneth no Antigo Império de Mulhorand e me considero um Mulhorandi da cabeça aos pés, como podem ver por meus trajes típicos de nossa cultura, essa é minha vaidade e isso é algo que me deixa sempre muito orgulhoso.

Nasci em berço nobre, onde tive acesso a culturas e histórias muito distantes da minha realidade e impossíveis de se imaginar para grande parte da população dos antigos impérios onde a escravidão e a miséria são muito mais abundantes do que acesso à informação. Desde muito cedo tive os olhos abertos para todos esses males do meu povo e de nossos vizinhos, grande parte pelo esforço de meu pai e de minha mãe para me educarem como um Mulhorandi Abolicionista, mesmo contra a vontade da família e da politicagem regional, isso é algo que me alegra muito.

Bblioteca de Núbio Karandyr I.

Sou versado em todos idiomas regionais dos Impérios Antigos, além de Élfico e Anão, conheço bem a geografia e a topografia de Faerun, sei me virar bem com as politicagens dos governantes e com a pompa da nobreza, apesar de preferir o chão de terra das ruas pobres do que o chão polido dos castelos e das vilas. Além disso posso dizer com um sorriso cravado na face que com a lança e o escudo em mãos sou imbatível nos campos de treinamento e nas arenas de Geldaneth e das cidades vizinhas. Mas se necessário também consigo me virar com o sabre, os punhais e com o arco longo.

A família Karandyr prosperou no comercio de sedas e especiarias que eram transportadas por todo o Mar Interno, sendo muito requisitadas pelos nobres de Cormyr e além. Isso nos trouxe muitas riquezas que não cansávamos de dividir e investir naqueles a nossa volta que precisavam. Isso despertava uma ira e uma inveja venenosa por parte do restante da família de meu pai e de minha mãe, que não perdiam oportunidade de elogia-los em sua frente e destilar veneno às suas costas.

Porto de Geldaneth, de onde os mais variados produtos da família Karandyr eram exportados.

Durante vinte e nove anos, minha vida foi feliz, dividida entre os estudos sobre o mundo a nossa volta e os treinamentos físicos para manter o equilíbrio entre mente e corpo. Afinal meu pai sempre dizia que “De nada adianta uma espada afiada quando o desafio requer uma mente afiada e o contrário também é válido, Salieth”. Minha mãe e meu pai foram companheiros de vida durante quarenta anos e nos vinte o nove anos de minha vida eu nunca os vi olhando sem amor nos olhos um pelo outro e por mim. Viajávamos juntos para muitos lugares do Leste, Noroeste e Sudeste de Faerun e foi em um destes recantos dos Reinos Antigos que uma emboscada de bandoleiros tirou a vida de ambos, eu consegui matar ou expulsar o grupo, mas era tarde demais.

Sário Karandyr e Naly Karandyr, a tormenta e a calmaria, morreram de mãos dadas em uma estrada desconhecida no caminho de volta para casa e ali minha vida começava a mudar. Os parentes de ambos os lados da família tramaram contra mim e em meu momento de luto me expulsaram de meu próprio lar, enchendo os bolsos dos políticos e de qualquer um que pudesse comprovar que tudo aquilo também era meu por direito de nascença. Em uma noite sem lua eu invadi o local que fora minha casa durante toda minha vida, peguei as relíquias de família, a lança Ísis e o escudo Osíris, presentes dados a meu pai por meu avô Núbio Karandyr I, pertences que eu tinha certeza que meu pai daria tudo para que não caíssem nas mãos desses cães traiçoeiros, além do diário que ele e minha mãe possuíam em conjunto e parti.

A Lança Ísis e o Escudo Osíris, relíquias da família Karandyr.

Agora estou aqui, sem destino certo, eu também começando a escrever minha história no diário de minha família, pois logo nas primeiras páginas encontrei meu destino, o Mar das Espadas, um local onde Sário e Naly gostariam de ter ido em vida mas nunca tiveram a oportunidade, agora serei eu que levarei suas cinzas e as espalharei na Costa da Espada, um local distante, antecedido por uma jornada inesquecível, eu presumo.

Mas o que tenho certeza é que um dia ainda irei pisar na grama do jardim suspenso de nossa casa em Geldaneth enquanto meus filhos e minha esposa brincam e sorriem e nesse dia os tiranos de Mulhorand tremerão e os escravos serão exaltados, pois Núbio Karandyr retornou ao seu lar para que a roda movida a chicote e lagrimas pare de girar.

Núbio Karandyr com as relíquias de seus antepassados, Isis e Osiris

Aqui, assim como meus pais e meus antepassados antes de mim, começo o relato de minha jornada por Toril e espero que aquele que por ventura leia essas páginas em algum dia longínquo, quando o nome Karandyr já tiver sido esquecido e enterrado abaixo das areias do deserto, que essa pessoa saiba que eramos aqueles que acreditaram, viveram e morreram pelo bem maior.

23/11/1384 — Vinte e Três d’O Apodrecer do Ano das Três Correntes Sangrentas — Entrada 0

Panteão Mulhorandi: Geb, Deus da Terra; Hathor, Deusa da Fertilidade; Anhur, Deus da Guerra; Horus-Re, Deus do Sol e da Vida; Isis, Deusa da Magia; Thoth, Deus do Conhecimento; Nephtys, Deusa do Comércio e da Riqueza; Osiris, Deus da Morte; Set, Deus da Destruição e Sebek, Deus do Perigo.

Tenho feito orações aos deuses de Mulhorandi, mas tudo está tão silencioso. Eles estão quietos a tempo demais, uma palavra ou direcionamento seria crucial para minha moral durante essa viagem, espero que nossas divindades estejam bem, mas sinto que algo terrível possa estar acontecendo com todos os deuses.

29/11/1384 — Vinte e Nove d’O Apodrecer do Ano das Três Correntes Sangrentas — Entrada 0

Símbolo de Helm

Ouvi de um comerciante na estrada para Unther sobre a profetização da morte do deus Helm pelas mãos do deus Tyr, a morte de um ser tão poderoso, ainda mais pelas mãos de um de seus semelhantes certamente ecoará nas vidas dos mortais. Esses fatos unidos a morte já confirmada de Elminster do Vale das Sombras lança uma luz nefasta sobre esse ano de 1384, que já chega ao fim.

06/12/1384 — Seis d’A Nevasca do Ano das Três Correntes Sangrentas — Entrada 0

Os Lagartos gigantescos trazidos de Chult para a ostentação dos Nobres de Unther.

Após uma dezena e alguns dias de viagem, passei por Unther, onde tive uma experiencia que me marcou profundamente com uma doce memoria de infância, avistei uma das famosas marchas dos nobres Untherinos com seus lagartos gigantescos, adornados com ouro e pedras preciosas, as doceis criaturas me lembraram de uma visita que fiz com meus pais a trabalho a mais de uma dezena de anos atrás, com essa nostalgia inesperada quase deixei passar o fato de que muitos membros da Rede Negra estavam presentes na cidade. Tentei, como faço desde que me considero um fugitivo, me misturar a multidão e sair despercebido, mas para meu desespero, as relíquias de minha família começaram a emitir uma forte luz que conseguia atravessar levemente os trapos em que as enrolei, esse estranho acontecimento viria a se repetir em momentos inoportunos daqui pra frente.

14/12/1384 — Quatorze d’A Nevasca do Ano das Três Correntes Sangrentas — Entrada 0

A estrada para Mordulkin

Sem mais episódios interessantes a relatar nos dias seguintes, entrei finalmente no território de Chessenta onde o destino me apresentaria um estranho grupo, formado por Salvatore, E’Gon, Revali e Morgana. Eles aparentemente se dirigem para a Costa da Espada também, apesar de eu não ter revelado imediatamente que era para lá que estava viajando com tanta pressa. Conheci esse grupo inusitado durante algumas conversas enquanto andávamos todos pela estrada principal em direção a Mordulkin. Todos pareciam ansiosos pela aventura que será ir até a Cidade dos Esplendores do outro lado de Faerun, mas não sei ainda se o melhor seria confiar neles para seguirmos o caminho juntos.

15/12/1384 — Quinze d’A Nevasca do Ano das Três Correntes Sangrentas — Entrada I

O porto de Mordulkin e a embarcação que nos levará até Aglarond.

Ao chegarmos a Mordulkin ficamos sabendo da principal novidade do reino que agora esta unificado sobre uma só liderança. O “rei” Tchazzar está modificando totalmente o reino de Chessenta, todas as cidades estão fechadas para visitantes, e aparentemente ele iniciou um movimento para expandir, valorizar e disseminar a cultura local através de expedições, uma noticia inesperada porém boa, diferentemente do que acontece mais ao leste onde Szass Tam, fez aquilo que meus pais e todo lado oriental de Faerun temiam, ele tomou o comando do estado e assassinou os metade dos outros Zulkires de Thay, o que fez com que o restante dos reinos o banisse. A politica dos reinos está efervescida e os resultados disso ainda se mostrarão no futuro. Ali compramos nossa passagem num grande navio com destino a cidade de Behyrst em Aglarond, apenas o primeiro passo nessa longa viagem.

Após grande parte de um trajeto monótono pelas águas caudalosas do Mar das Estrelas Cadentes, durante um breve momento enquanto Salvatore tocava uma bela melodia, Morgana moldou a trama e fez com que sentíssemos o aroma de rosas e a sensação das pétalas sobre nossa pele, foi algo belo e inesperado e que se mostraria um dos poucos momentos agradáveis das próximas horas. Após entrar em contato com três homens suspeitos que claramente nos observavam (estariam me procurando? Teriam sido enviados por minha família? Eu estaria colocando todos em risco?), Salvatore começou a agir estranhamente, o que fez com que nós todos ficássemos desconfiados e com que minha paranoia começasse a falar mais alto.

Salvatore, o bardo não era quem aparentava ser, foi algo que descobrimos após uma sessão de tortura feita por Revali enquanto o restante de nós ajudava a tripulação e o capitão a remendar o casco do barco que vertia água, uma tarefa requisitada pelo capitão em uma estranha conversa envolvendo todos nós e os estranhos homens. Durante a tortura fiquei preso entre o agir e o não agir, fato que me consumiu em pensamentos a partir dali, será que estaria eu ficando anestesiado em relação a violência? Após a intervenção minha, de E’gon e de Morgana, convenci o capitão a nos levar para um aposento particular e escondido onde ele nos revelou fazer parte de algo muito maior do que estávamos esperando, uma conspiração envolvendo o Rei Dragão de Chessenta, Tchazzar e segundo E’gon, cultistas de Cyric, o Principe das Mentiras.

Um desses cultistas era o metamorfo que pegamos se passando por Salvatore, mas onde o verdadeiro estará, por que queriam tanto pegar suas anotações que foi a unica coisa que não encontramos em sua posse e onde os outros cultistas de Cyric estarão?

Aqui deixo uma breve impressão que tive de cada um dos membros da comitiva durante nossos dois dias de viagens e após os eventos trágicos das ultimas horas:

E’gon — É um clérigo devoto da raça dos Loxodontes, uma das muitas que não tive contato até então e que espero conhecer nessa viagem. Ele me parece bondoso e ter a cabeça no lugar, apesar de algumas decisões engraçadas e estranhas. Sua pele me lembrou dos repteis gigantes que vislumbrei recentemente e tanto tempo atrás junto de meus pais, me passando um certo conforto nostálgico.

Revali — Um atirador Aarakocra que parece amigável e contido, mas que logo se mostra frio e calculista, devo tomar cuidado pois sua fúria diante de inimigos pode não ser contida pelos limites da razão.

Morgana — Uma elfa da floresta que anda ao lado de um belo pássaro chamado Eclipse, aparentemente a mais inofensiva dos três, mas que mostrou pensar rapidamente sob pressão e dominar seu controle sobre a trama, talvez possa me ajudar de alguma maneira com Isis e Osiris e esse estranho brilho que as armas liberam ocasionalmente.

Salvatore — Um bardo alegre e excêntrico a principio, se mostrou astuto ao sinalizar sobre manter minha aparência e meu nome em sigilo, gostaria de ter tido mais oportunidades para lhe perguntar sobre isso, mas tudo aponta para seu assassinato pelos cultistas da mentira.

15/12/1384 — Quinze d’A Nevasca do Ano das Três Correntes Sangrentas — Entrada II

A Ultima Viagem, o magnifico navio-cidade oculto entre as montanhas de Behyrst.

Encontrei entre os pertences de Salvatore um mapa saindo de Minthar em Thetyr, passando por Chessenta e indo para a cidade onde nos conhecemos Moldurkin, isso não explicava o motivo pelo qual os homens estavam atrás dele e de suas anotações mas era melhor do que nada. Após isso a paranoia estava instaurada em todos nós e passamos o restante da viagem articulando planos para que os companheiros do metamorfo mostrassem suas caras, mas o mais próximo que chegamos de alguma pista foi um turbante que um deles utilizava através do qual E’gon com seu faro apurado memorizou o cheiro de seu dono.

Ao nos aproximarmos de nosso destino o capitão do navio afirma que Behyrst é uma das maiores cidades portuárias de Aglarond, o que não faz nenhum sentido nesse momento pois o que vemos a nossa frente parece não mais do que uma cidadela. Ao me despedir dele o homem afirma que é provável que sera morto assim que sair da embarcação e eu lhe ofereço minha ajuda sincera caso ele precise, lhe aperto a mão como um pretexto para que logo em seguida o faro apurado de E’gon confirme que ele também não é um metamorfo.

Ao desembarcarmos com o restante da tripulação e dos passageiros nos vemos em meio ao Festival do Roséo, uma bebida quente famosa da região e apesar de minha vontade de me retirar para algum lugar mais reservado e talvez abandonar os companheiros a quem sinto uma estranha ligação causada talvez pela adrenalina dos últimos eventos, sou convencido em parte pela empolgação deles e em parte por meu medo de acabar sendo seguido e virar um alvo fácil sozinho. Provamos a bebida e comida locais e seguimos andando pela via principal, seguindo o fluxo de pessoas, mas sem deixar de perceber que um grande número de soldados Chessentianos se encontra na cidade o que parece incomum.

Nosso companheiro Loxodonte parece atrair cada vez mais olhares surpresos e amedrontados conforme andamos, culminando com um garotinho que foge ao avista-lo e volta trazendo homens armados da guarda da cidade. Uma caçada se inicia com Revali voando acima dos homens e os atrasando para que possamos correr em direção as arvores no limite da cidade, o único pensamento em minha mente é que de alguma forma minha família me encontrou, o que me desespera e me faz querer me afastar o mais rápido e longe possível.

Acabamos dando em um beco sem saída e, sem escapatória, Morgana e eu nos refugiamos nas copas das arvores nos mantendo ocultos enquanto E’gon é acusado de assassinato pelo líder da guarda, um homem chamado Yago. É ai que Revali chega lançando flechas e ameaçando os homens, temendo por uma batalha que poderia terminar de forma horrenda, troco olhares com minha companheira de esconderijo e descemos para tentar amenizar a situação, que logo se mostra um mal-entendido pois aparentemente outro Loxodonte, uma raça rara em quase toda Faerun, esta envolvido em uma série de assassinatos e desaparecimentos que tem ocorrido na cidade durante a ultima dezena.

Yago e seus homens se desculpam e ele nos conta mais sobre o caso a ponto de meus companheiros e eu não vermos alternativa a não ser ajudar essas pessoas e tentar descobrir quem está por trás disso, por minha cabeça passam diversos cenários, talvez os metamorfos cultistas de Cyric também sejam responsáveis, ao menos isso leva a paranoia quanto a minha família a diminuir e me da um senso de proposito.

Somos levados então até os arredores da Ultima Viagem, a cidade-navio de Behirst e agora todos entendemos o que o capitão quis dizer com maior cidade portuária de Aglarond. Um navio gigantesco com uma cidade inteira correndo por dentro e por cima de seu casco está a muitos anos encalhado atras das montanhas da cidade, uma visão estupenda que me pega desprevenido, como nunca ouvi falar sobre isso em minhas leituras é algo que não consigo entender.

A investigação começa quando nos deparamos com a cena do crime, onde foi assassinado o pai do garotinho que chamou a guarda para nos prender. A cena tem suas peculiaridades, muito sangue e o que mais chama atenção é um pó mágico que meus companheiros afirmam se tratar de resquícios de magia feérica. Yago nos informa que no interior da Floresta de Yuir sempre existiu atividade de fadas, mas que sempre foram pacificas, de qualquer forma talvez encontremos ajuda ou alguma explicação sobre quem está cometendo esses crimes dentro da mata.

Após andarmos por algum tempo nos deparamos com uma arvore gigante em uma clareira, no caminho até ela nos deparamos com mais daquele pó encontrado na cena do crime e Morgana nos aponta para símbolos entalhados no tronco, escritos druídicos ela diz, após isso traduzindo a seguinte frase: “Diga meu nome e descanse, sabendo que está nas fronteiras do meu caminhar”

E’gon — Ele se mostrou amável e generoso insistindo para que participássemos do Festival da Roséa e pagando para todos bebidas e comidas da localidade. Ao ser confrontado com a injustiça da acusação feita por Yago e seus homens e ao final de tudo resolvido, pude perceber seu caráter e sua bondade em aceitar ajudar aqueles que haviam acabado de lhe acusar.

Revali — O homem pássaro se mostrou um aliado sem medo de fazer o necessário para ajudar aqueles que tem próximo de si. Não hesitou em atrasar os homens de Yago pondo em risco sua própria vida para que pudêssemos escapar. Ainda não sei exatamente o que pensar em relação a sua violência inata, mas agora sei que posso confiar nele se necessário.

Morgana — Sua coragem foi apresentada em primeira mão quando sem trocarmos uma palavra, ambos descemos de nosso esconderijo quando os homens de Yago estavam prestes a capturar E’gon. Suas habilidades druídicas e mágicas são cada vez mais evidentes e acredito que serão indispensáveis para que resolvamos o mistério a nossa frente.

15/12/1384 — Quinze d’A Nevasca do Ano das Três Correntes Sangrentas — Entrada III

As Estátuas Curiosas e os Círculos de Mehir

Ao investigar essa estranha e grandiosa árvore encontro o rastro fétido de alguma criatura, um morto vivo de acordo com E’gon. Todos decidimos seguir o rastro em direção a mata fechada, mas curiosamente temos nosso companho impedido por uma família de texugos selvagens, Revali mostra um amor imediato pelas criaturas e para minha enorme surpresa ele começa a conversar e entender as criaturas, posteriormente ele revela que falou com a árvore também! Que mundo incrível esse onde vivemos.

Após alguns minutos andando pela mata fechada encontramos o gigantesco morto-vivo que deixou o rastro e o derrotamos num combate eficiente, onde duelei lado a lado de Morgana para o golpe final. A corda de meu arco se desprendeu e meu sabre se tornou inutilizável após o golpe que arrancou a cabeça do monstro, alguma espécie de azar está me rondando desde que entramos nessas matas. Yago, que se revela um paladino, afirma que sentiu a energia e a alma do ser que destruímos, que curiosamente se desmanchou no solo formando uma poça de liquido fétido assim como a trilha que nos trouxe até ele, sabendo se tratar de um morador de Behyrst o homem fica extremamente apreensivo diante dos próximos passos.

Seguimos em direção a algumas ruínas de pedra que Revali avistou ao sobrevoar a área e nos deparamos com um arco que Yago chama de Círculo de Mehir, um portal de teletransporte que aparentemente servia como meio de locomoção para os antigos. O grupo decide atravessar e não consigo deixar de sentir um calafrio em pensar que isso não me parece nada com uma boa ideia.

Ao atravessarmos nos deparamos com um circulo de pedras, de árvores e estatuas com olhos que parecem nos observar, estamos no meio de uma floresta, similar a que nos encontrávamos mas ainda assim diferente. Diversos arcos semelhantes, os Círculos de Mehir, estão dispostos nessa estranha estrutura. Em um arco de pedra encontramos mais uma mensagem escrita em druídico, prontamente traduzida por Morgana, que dizia o seguinte: “Leve este presente, de um viajante para outro: Me encontre quando o Encontro dos Escudos chegar aos Nove Infernos. Ignore os esqueletos, eles escolheram estar ali. Nezram

Eu sei quem é ele, lembro de ter lido sobre Nezram nos livros da biblioteca de meu avô. Conhecido como O Andarilho dos Cem Mundos, Nerzam foi ou, se ainda está vivo, é um poderoso mago de Faerun. Que Thoth me ilumine se eu souber por que diabos ele deixou essa mensagem, uma outra que encontramos em outro arco de pedra dizendo “Lago da Imensa Solidão” e uma última escrita em Abissal: “Fahir Grandir”, que E’gon traduziu como O Abismo.

Em um dos arcos nos deparamos com um estranho anel preso na pedra e ao retira-lo e coloca-lo Morgana viu os dizeres “HaHaHa” aparecerem, me parece uma estranha piada para ser feita em um local tão inóspito e agourento como esse, mas também não li nada sobre a disposição jocosa de Nezram nos livros de meu avô, talvez seja algo relevante no futuro, quem pode saber nesse dia onde coisas mais estranhas já aconteceram.

Revali parece obstinado a descobrir o funcionamento desses Circulos de Mehir. Ele elaborou uma teoria de que o circulo possui alguma referencia ao funcionamento do Calendário Circular de Harptos, onde cada um dos arcos de pedra representaria um dos meses, parece fazer sentido a principio. Ele então faz algo inesperado, que parece ser seu modo de agir em geral, ele proclama um discurso na língua estranha que utiliza para falar com a natureza e as estatuas com olhos parecem gostar disso, nos mostrando uma sequencia de arcos específicos que anoto com atenção.

Após E’gon passar pelo arco onde encontramos o anel e nada acontecer, cometo o erro de entrar no segundo arco mostrado pelas estatuas e me deparo com um estranho local que perturbara meus sonhos durante anos, eu não existia fisicamente, apenas me sentia como uma vontade capaz de se mover pelo pensamento, esse imenso deserto se estendia infinitamente e o céu multicolorido parecia abrigar uma infinidade de sois. A uma distancia considerável vejo ondas que entendo como ondas sonoras se movendo e escuto o rugido estrondoso de uma criatura, isso foi o suficiente para me fazer voltar rastejando e contar minha aventura amedrontadora ao grupo.

Nos dirigimos, após minha recuperação, ao portal onde Nezram deixou a enigmática mensagem abissal: O Abismo. Ali E’gon diz estar sentindo o rastro de energia maligna que nos trouxe até onde estamos. Ao atravessarmos é como se passássemos por um véu e do outro lado a realidade é exatamente igual, porém nebulosa, lá encontramos uma gigantesca fenda no chão, com uma caverna quinze metros abaixo. Revali, parece apreensivo e com medo de entrar na terra, me conforto em perceber as várias facetas desse meu companheiro inesperado. Ao descermos e entrarmos na abertura somos surpreendidos pelo fechamento da fenda como se fosse uma gigantesca boca nos engolindo na escuridão, o que mostra que o sentimento do Aarakocra em relação a esse buraco maldito fazia sentido afinal de contas.

Sem alternativa, pois meu sabre estava perdido e meu arco ainda não havia sido consertado, pego Ísis e Osíris, as relíquias de minha família para me defender do que quer que encontremos, percebo que a lança esta brilhando e imediatamente tenho uma visão perturbadora onde um homem de olhos sem pálpebras parece olhar em minha direção, sua cabeça coberta de tatuagens que me remetem a Thay, ele parece perdido, procurando por algo. Tudo tem a duração de alguns poucos segundos, mas sinto como se horas tivessem passado, os deuses parecem compenetrados em me fazer enlouquecer nesse dia.

De repente toda a iluminação que E’gon havia conjurado para iluminar nosso caminho desaparece, algo pegajoso me ataca e me sufoca com seu corpo delgado tapando minha boca e minhas narinas, após um breve momento do pânico consigo me desvencilhar da criatura e a destruo com um golpe certeiro e sortudo de Isis. O mesmo acontece com Yago que nos acompanha, eu tateio em direção a ele e tento arrancar a criatura de seu rosto, até que o homem consegue se libertar por si mesmo e Revali, mesmo na escuridão total, da um tiro certeiro e destrói nosso inimigo.

E’gon — Acredito na idoneidade do clérigo Loxodonte e estou disposto a confiar em suas palavras e ações, ele se mostrou um combatente feroz ao atacar o defunto gigantesco.

Revali — O Aarakocra se mostrou um aliado importante e inusitado ao conversar com animas, plantas e até mesmo com estatuas mágicas, ele mostrou um lado sensível e consegui me conectar com seu medo de entrar na fenda.

Morgana — A elfa se mostrou corajosa e determinada a ajudar mesmo sob risco de morte. Confio em suas ações e palavras. Durante a batalha trabalhamos bem como dupla.

Yago — O paladino de Behyrst se mostrou um combatente poderoso e parece querer a todo custo ajudar sua cidade natal.

15/12/1384 — Quinze d’A Nevasca do Ano das Três Correntes Sangrentas — Entrada IV

Um dos esqueletos ressurgidos

Continuamos nosso caminho adentrando cada vez mais fundo na caverna, o nervosismo de encontrar novamente as criaturas que se camuflavam no teto, entre as estalactites só foi quebrada quando nos deparamos com diversas pilhas de ossos limpos, como se toda sua carne tivesse sido devorada por uma besta carnívora. Logo em seguida nos deparamos com mais surpresas, quando percebemos mais um gigante morto-vivo a espreita, acompanhado de diversos esqueletos soldados, o combate foi rápido e certeiro, não fosse pela habilidade de se remontar utilizando as pilhas de ossos como reserva. Acredito que ao terem seu cranio destruído os mortos não podem se reerguer então a partir dali piso em todos os crânios dos inimigos derrotados dentro dessa caverna maldita.

Quando penso que se descermos ainda mais ao fundo dessa caverna chegaremos à Umbreterna, o inimigo real se apresenta, o Loxodonte que Yago e os demais em Behyrst confundiram com E’gon está ali, ele conjura uma arma espectral e aparentemente acorda uma criatura demoníaca feita de sombras, um gigante obscuro de seis metros de altura que caminha lentamente em nossa direção. Corro, me esquivando nos braços e dedos longos da criatura gigantesca e tento combater diretamente seu mestre, mas me precipitei, o clérigo Loxodonte era mais poderoso do que previ e utilizando apenas suas palavras ele me paralisou, me colocou sobre seu ombro e começou a me levar para onde quer que fosse, enquanto meus amigos combatiam sozinhos o demônio das sombras. A criatura tem a poderosa habilidade de com apenas um toque subjugar seus inimigos e faz isso com Morgana, que cai ao chão convulsionando de dor.

Não fosse eu ter conseguido me desvencilhar das palavras paralisantes do inimigo e corrido em direção a meus companheiros, que haviam conseguido subjugar o estranho gigante, não ouso imaginar o que teria acontecido comigo. Sei que não é uma atitude muito honrosa, mas isso serve de lição para que eu não seja imprudente no futuro. A batalha contra o Loxodonte em fuga, agora com todos meus companheiros unidos, é rápida e antes mesmo que eu consiga chegar junto deles o inimigo já foi derrotado dentro de seu refúgio, uma alcova mobiliada com uma mesa e alguns baús.

Em seu corpo encontramos a seguinte carta:

Afirmante Q.L.
Carrasco S.S.

Acho que sabe o quão estupida foi sua pergunta.

Apenas continue com seu trabalho, só lembre de não exagerar — se investigarem a fundo, nossa operação pode ser comprometida. Se precisar de qualquer ajuda escreva para um dos receptores em Behyrst. Não arrisque comunicações com agentes de Velprintalar nem cause um excesso de problemas.

Os infiltrados de Altumbel já partiram para Obscura, aparentemente não foram descobertos antes de embarcar.

A Mudança Azulada nos espera.

E’gon, afirma que Obscura é uma cidade flutuante no centro do Deserto de Anauroch. Nos arredores da cidade no meio do deserto, Augutra, O Insano, o mago morto, dita o nome do ano que está por vir em um evento anual e Os Olhos e Ouvidos divulgam isso para toda Faerun, um estranho e enigmático costume que eu nunca entendi muito bem.

Além da carta encontramos alguns pertences, diversas outras cartas e alguns itens estranhos, aparentemente mágicos sendo eles uma armadura estranha, um saco de feijões mágicos e um pergaminho mágico. Lendo o restante das cartas nos deparamos com uma lista de nomes e dois mapas, um em que alguém marcou os locais dos Círculos de Mehir e as casas construídas próximas do Ultima Viagem. No segunda mapa, este desenhado a mão, pode-se ver Thay e um caminho tracejado indo diretamente para oeste onde esta desenhada uma tartaruga. Chegamos a conclusão de que aparentemente o Loxodonte estava trabalhando para os magos de Thay e estava louco, agindo de forma imprudente contra as ordens de seus mestres.

Agora nos resta desbravar nosso caminho de volta a superfície e aos Círculos de Mehir, com o mistério dos desaparecimentos de Behyrst parcialmente desvendados, mas com diversas outras perguntas rondando nossos pensamentos.

15/12/1384 — Quinze d’A Nevasca do Ano das Três Correntes Sangrentas — Entrada V

Eu empunhando a corrente desenhada magicamente, segundos antes de Yago cair na escuridão.

Dando uma ultima olhada nas mesas e caixas do esconderijo do Carrasco de Behyrst nos deparamos com diversas cartas, algumas das quais dão a entender que os Zentharin estão sob o controle de um novo líder, nada indica a identidade dele ou dela, mas isso parece apenas embrenhar ainda mais as informações sobre esse complô que já conta com os Magos Vermelhos de Thay, com os Cultistas de Cyric e com o reino de Chessenta. Além disso encontramos uma pequena caixa com tinta, e papel, que de acordo com Revali são mágicos. A caixa e seu conteúdo se mostrariam de imensa utilidade um pouco a frente.

Conversamos e chegamos a conclusão de que eu poderia ficar com a armadura encontrada, ela apresenta uma linda decoração de barbatanas, peixes e ondas, sendo o metal de uma cor escura levemente azulada, é a armadura mais linda que já vi e aceito com um sorriso no rosto esse gesto de boa fé de meus companheiros.

Ao exaurirmos as possibilidades chegando ao final da caverna somos confrontados com a unica opção restante que é voltar para a entrada e para o abismo. Lá chegando pensamos em nosso caminho a partir dali, mas o caminho para cima estava bloqueado e o abismo abaixo não parecia nada convidativo, ainda mais quando lancei uma pedra em sua escuridão e percebi uma gigantesca pena se descolando da parede e atacando a pedra em pleno ar.

Todos ouvimos falar em contos sobre uma tinta mágica que transformava o que quer que fosse desenhado em realidade. Não achávamos que poderíamos ser tão sortudos assim, mas sem nada a perder eu desenho no chão uma pequena pena, a unica coisa que consigo pensar, que se transforma de um mero desenho a uma pena real na frente de nossos olhos.

Agora munidos de um meio de saída, Revali voa até o teto da caverna do abismo, a boca que havia se fechado e nos aprisionado, e desenha um grande buraco, largo o suficiente para que todos possamos passar, além de uma escada na parede para que todos passamos chegar até lá. A primeira a subir é Morgana que chega facilmente ao topo, logo em seguida lanço um olhar para E’Gon que afirma que ficará por ultimo, trajando a armadura recém encontrada ambos somos pesados, mas aceito ir na frente sem discussão. Chego ao topo mas sei que a escada não irá aguentar muito mais, então inicio o desenho de uma corrente reforçada para lançar a meus companheiros para servir de segurança caso a escada não os aguente. Enquanto isso E’gon percebe que Yago está voltando de dentro da caverna, onde afirmou ter ido buscar algumas cartas que julgou de importância, o primeiro sinal de que eu deixaria de confiar nele dali pra frente.

E’gon sobe na frente e a escada aguenta seu peso, ficando o paladino de Behyrst por ultimo e quase chegando ao topo, já nos últimos degraus, a escada se parte, Yago cai e tenta desesperadamente se agarrar a corrente, mas não consegue, alguns segundos depois ele mergulha na escuridão e Revali voa em sua direção para tentar salva-lo. Os segundos passam, dando lugar aos minutos que também correm e nenhum sinal dos dois surge. Pensamos em planos mirabolantes para salva-los, utilizando a tinta e qualquer aparato desenhado, mas no final das contas nada foi necessário por nosso companheiro voador volta e afirma que uma pedra solta caiu sobre sua pata enquanto ele tentava segurar o homem, o que fez com que ele despencasse em direção ao fundo e desaparecesse.

O Aarakocra nos fala sobre as estranhas visões que a pena injetou em sua cabeça sobre lugares magníficos e distantes, nenhum de nós faz ideia do que isso pode significar mas ao voltarmos para os Círculos de Mehir nos deparamos com Yago ensopado da cabeça aos pés, parado ao lado do portal que indicava o Lago da Imensa Solidão. Aparentemente a pena lhe da opções de para onde ser teleportado ao atingir o fundo do abismo e ao pensar na imagem do oásis no meio de um deserto o paladino foi jogado para lá, onde ele nadou para fora do lago e se deparou com um draconato gigante e com o choro estridente de um bebê.

Decidimos ignorar mais essa loucura desse lugar e voltar até Behyrst já que o nome de E’gon foi limpo e o mistério dos desaparecimentos e mortes foi desvendado. Com as informações que coletamos também começo a pensar em quem devemos avisar e com quem devemos nos preocupar pela frente. Yago se mostra temeroso sobre nossa identidade e pede para nos “testar” aparentemente algum poder de paladinos, mas tudo que vejo é ele nos olhando durante alguns segundos e ao fim parecer satisfeito. Quando já estamos na metade do caminho nos deparamos com a grande árvore com a mensagem druídica e o anel que está no dedo de Morgana começa a mostrar uma nova mensagem. Ele mostra três nomes de divindades ligadas a natureza, unindo essa informação com a mensagem na árvore, lemos os três nomes abrindo quatro passagens para o interior da árvore anciã. Todas as passagens levam a pequenas salas, onde esqueletos sentam em cadeiras, todos utilizando um anel parecido com o de Morgana, todas as cadeiras ocupadas, menos uma. Aparentemente um estranho convite para que um de nós se sente, mas acredito que o melhor é irmos em frente e saio de dentro da árvore. Revali então pede o anel, o coloca e se senta, sendo atingido mentalmente por diversas memórias de tempos passados, todos próximas do Tempo das Perturbações.

Cansados, enfim chegamos a Behyrst e adentramos a Ultima Viagem, o paladino nos oferece acomodações mas procuramos uma estalagem para passar a noite e descansar, após esse que definitivamente foi o dia mais louco de minha vida. Todos decidimos nos encontrar de manhã para decidirmos nossos próximos passos.

16/12/1384 — Dezesseis d’A Nevasca do Ano das Três Correntes Sangrentas — Entrada I

Após uma noite de sono extremamente necessária para meus músculos e minha mente cansados nos encontramos para o café da manhã para discutir sobre o que vem a seguir. Todos acreditamos que os Magos Vermelhos de Thay, os Seguidores de Cyric e, aparentemente, Chessenta estão se preparando para atacar Aglarond. Tendo membros dessa conspiração se espalhado pelas cidades e reinos vizinhos, mas o que devemos fazer sobre isso e a quem devemos levar essa informação ainda permanece uma incógnita. Yago nos mandou uma carta com diversas informações que ele encontrou dentro da caverna, mas não sei exatamente se podemos confiar nele ainda. Decidimos então que iremos sair da cidade sem avisa-lo e iremos para Velprintalar, onde se encontra Symbul, a soberana de Aglarond. Lá decidiremos nosso próximo passo, mas antes quero testar a honestidade do Paladino de Behyrst uma ultima vez.

Enquanto E’gon e Morgana procuram um meio de transporte até Velprintalar, Revali e eu nos dirigimos até o posto de trabalho de Yago, mas no caminho somos surpreendidos por uma multidão na base do prédio, onde uma cena inusitada se desenrola. Um centauro sacode suas patas e arqueia suas costas no ar, tentando desmontar um cavaleiro que se encontra sobre seu flanco, a criatura consegue e para flexionando seus músculos e afirmando se chamar Wynter.

E com a guarda baixa, em meio a essa confusa situação eu sinto uma algema se fechar em meu pulso, olho para o lado e me deparo com um homem com uma grotesca cicatriz em seu olho esquerdo e com uma tatuagem sobre seu olho direito que espelha a imagem da cicatriz, ao seu lado a primeira figura que me arrepia a espinha, o homem das minhas visões, com seu cabelo raspado e suas tatuagens de Thay na cabeça e atrás dos dois está meu tio, me olhando com desdém afirma que finalmente me pegou.

Sem conseguir pensar claramente eu uso toda minha força para arrebentar as algemas, os olhos arregalados olhando a cena em câmera lenta, saco Ísis e Osíris para me defender, mas logo viro e corro, sem nem pensar que Revali estava ali ao meu lado. O pavor daquele homem e do que o destino me reservaria em sua posse é maior do que a razão e logo estou disparando entre as pessoas e as casas de Ultima Viagem, sem saber para onde ir ou o que fazer.

--

--

Victor Kichler
Desafios em Faerun e Além

“As vezes tudo que precisamos são umas palavras espalhadas ao acaso pra fazer a maré virar pro nosso lado”