O Desafio dos Três

Victor Kichler
Desafios em Faerun e Além
8 min readJul 5, 2024
Os icônicos dragões que são os adversários presentes nas aventuras.

A campanha foi construída tomando como base as Aventuras Iniciais da Quinta Edição de Dungeons & Dragons, essa trilogia de aventuras para iniciantes é composta pelo Kit Introdutório — A Mina Perdida de Fandelver, o Kit Essencial — Dragão do Pico Gélido e o Kit Introdutório — Dragões da Ilha da Tempestade, todas lançadas aqui no Brasil pela Editora Galápagos.

Escolhi como ponto de partida a aventura Dragões da Ilha da Tempestade, onde diversas localidades, acontecimentos, tramas e personagens foram adaptados ou acrescentados mas o esqueleto da aventura , permaneceu inalterado, portanto se pretendem jogá-la e não querem spoilers, sugiro que parem de ler por aqui, ou pulem para a Sessão Três, onde a campanha toma rumo próprio, utilizando as demais aventuras apenas como esqueleto para possíveis destinos.

Runara, em sua juventude, encontra o grupo de aventureiros que lhe ajudou durante seu confronto final.

Sinopse

Cada um dos nossos heróis improváveis teve seus motivos para escapar e buscar refúgio na ilha Refúgio do Canário, porém chegando lá se deparam com acontecimentos estranhos que afetam todos os moradores do local e uma maldição que recai sobre uma poderosa e antiga Dragão de Ouro chamada Runara que os impulsiona em uma espiral de desafios, perigos e morte orquestrada por aqueles que um dia reinaram sobre a terra e os céus de Faerun: Dragões!

Personagens Grupo

XXX— XXX— XXX — Gabriel

XXX — XXX — XXX — Hugo

XXX — XXX — XXX — Junior

Cemitério de Heróis

Duvahl — Humano — Paladino — Gabriel — Morto soterrado pelo desabamento do Observatório da ilha Refugio do Canário.

Duflores— Owlin — Mago — Hugo — Morto por três Kobolds cultistas de Sharruth ao tentar libertar o Dragão Filhote Andron.

Kay/Kyara— Humana — Guerreira — Junior — Morta ao tentar escapar de Fazfaísca o dragão azul seguidor de Sharruth.

Período

Primeira Sessão — 22/06/2024
Ultima Sessão — XX/XX/XXX

Histórico

O Desafio dos Três — 01 — 22/06 — O Refúgio do Canário

05/07/1483–05° dia de Flamerule — 1° dia

Três viajantes. Duvahl, um paladino foragido vindo de Portão de Baldur, Kay, um guerreiro estrangeiro fugindo de Kara-tur, deixando para trás seu dever em nome de sua honra e Duflores, um mago que veio do plano mágico de Strixhaven em busca das aventuras que nunca viveu e tenta esconder sua identidade de forma pouco eficaz. Esse grupo de diferentes origens se encontra a bordo do Rainha do Oriente, desce para o bote salva-vidas e é levado por um imediato para o pequeno porto do Refúgio do Canário, a ilha onde pretendem passar parte do seu tempo em busca de solidão e esquecimento. Desembarcando embaixo da chuva e dos trovões são recebidos por um portão rangendo e por um grupo de mortos-vivos que os ataca na estreita passagem para o interior da ilha.

O combate é simples, ainda mais com as habilidades do grupo, mas Varnath, uma guerreira formidável ostentando um tapa-olho e uma maça que brilha com energia radiante, que depois se apresenta como chefe do monastério, os auxilia na finalização das criaturas que teimam em se erguer mesmo depois de derrotadas. Adentrando o monastério conhecem os outros moradores do local, um grupo de nove kobolds que trabalham ali, Varnath como a nova líder do local após Runara sua antiga dona partir e Tarnak, um homem com uma perna postiça que cuida dos jardins e da horta que abastece o local.

Acabam se inteirando sobre os problemas dos mortos vivos que começaram a aumentar desde que um naufrágio ocorreu na parte do extremo norte da ilha e sobre alguns boatos sobre o povo miconídeo que mora em cavernas ao sul da ilha e quanto a kobolds desgarrados que habitam as trilhas entre as rochas do local. Entre os kobolds que ajudam na limpeza e ficam curiosos com a chegada do grupo se destaca Mylla, uma kobold alada que teve suas asas cortadas e que se interessa imediatamente por Duflores e sua demonstração de magia e de voo. O grupo janta e descansa pela primeira noite, onde Duvahl tem um sonho estranho envolvendo uma fumaça impenetrável e sons de festa a distância, além de durante a madrugada escutarem o som de um sino e gemidos de dor vindo do único local que Varnath avisou ser fora dos limites, a torre noroeste.

06/07/1483–06° dia de Flamerule — 2° dia

O grupo se dedica a pagar sua estadia conforme a líder do local os instruiu, podem utilizar ouro ou então serviços, sendo a segunda opção aquela que mais interessou a eles. Duvahl faz vigílias e se oferece para patrulhar a região, Kay se dedica a preparar dois kobolds para defenderem o local se necessário, Kilnip e Mumpo se apresentam para o treinamento de forma enérgica e Duflores se oferece para organizar a biblioteca que pertenceu a antiga líder do local, Runara, além de dar aulas e ler histórias para os kobolds mais interessados, sendo Mylla a mais entusiasmada. Durante o anoitecer Duvahl sente uma energia radiante e celestial vindo da torre proibida e se sente impelido em descobrir mais sobre o local.

O grupo faz uma patrulha andando pelas trilhas ao redor do monastério e acabam descobrindo um trio de kobolds se esgueirando e tramando abrirem os portões do local para que os mortos-vivos entrem, algo que aparentemente vem sendo feito, os kobolds são derrotados, mas quando o grupo volta percebem um ataque dos mortos, Varnath encharcada de sangue e Torak com o corpo inerte de Mumpo sobre seu colo. A líder em seu desespero e fúria afirma que se o grupo se livrar dessa maldição de mortos-vivos que assombra a ilha, ela os levará para ver a ultima moradora do local que não conhecem: Runara, que descansa doente em seus aposentos na torre. Duflores voa em direção ao local da maldição e encontra o navio naufragado, onde duas Harpias fizeram seus ninhos e quase o atraem para sua morte certa. Retornando o grupo descansa e se prepara para a viagem de barco até o local do naufrágio.

Nessa noite o sonho de Duvahl vai mais longe e ele recebe a figura de um elfo que lhe avisa que não é o único interessado em sua trajetória desde sua fuga: “Existe ele que acredita num caminho do meio, um caminho guiado pelo coração do paladino, existe um “certinho armadurado que acredita em coisas como honra e justiça e existe o chifrudo na escuridão que só quer ver tudo pegar fogo. Quem decide qual caminho seguir é apenas o próprio Duvahl.”

07/07/1483–07° dia de Flamerule — 3° dia

A viagem até o naufrágio é lenta e difícil pela costa rochosa da ilha, mas o grupo avança e planeja o que farão para atrair as Harpias. Chegando lá Duflores coloca fogo nos ninhos e atrai a atenção de uma das criaturas que o persegue voando sobre o oceano enquanto a outra espreita entre as rochas e os ataca de surpresa. A batalha é rápida porem furiosa e qualquer deslize poderia mandar o mago direto para o fundo do oceano revolto, mas eles conseguem vencer e se dirigir até o navio encalhado nas rochas. Lá investigam o convés e acabam escutando barulhos e gemidos vindo de baixo, percebem que estão em desvantagem numérica mas isso não os impede nem desanima e vão lidando um a um contra os mortos-vivos lentos e inchados de água do mar, até que entre eles surge um mais poderoso que corre veloz e salta hora para atacar o mago ou Kay que se mantem a distância até que persegue Duvahl que se tranca em uma das cabines.

No convés superior Kay encurralado na proa não vê alternativa para além de saltar no oceano e logo em seguida a criatura é destruída. Subindo até a superfície o guerreiro se revela como uma mulher, tendo seu disfarce se desmanchado com a água salobra lavando seu rosto e seu cabelo. Kyara se apresenta e o grupo continua a procura de alguma pista, até encontrarem o diário do capitão e um amuleto profano, que acabam descobrindo ser parte de um ritual a Orcus feito por alguém do navio. Todos decidem por fim levar o amuleto até o monastério para decidirem como destrui-lo. No retorno ainda são pegos de surpresa por dragonetes do vapor que quase derrotam os já cansados aventureiros.

De volta ao monastério são levados a falar com Runara em seus aposentos e encontram a anciã deitada em sua cama, no quarto mais bem decorado do local. Ali ela revela estar com uma doença debilitante e que seus poderes estão enfraquecidos, mas ela faz questão de destruir o amuleto de Orcus utilizando sua magia divina. O grupo a questiona sobre os mortos-vivos, sobre a ilha e todo o restante mas ela afirma estar cansada e pede que se retirem, prometendo mais informações em outro momento. Sem saber muito qual o próximo passo o grupo debate durante grande parte do dia quando a noite uma tempestade furiosa começa a se formar sobre eles.

Relâmpagos cortam os céus e os trovões fazem as paredes do monastério tremer quando Runara chama por ajuda de seus cuidadores. O grupo sobe e a encontra em estado de transe febril Ela afirma que Fazfaísca foi longe demais e que ela esperava e ansiava por mais tempo e que tudo era muito para ser pedido a eles. Duvahl e Duflores ao se aproximarem são agarrados pela anciã e compartilham de suas memórias.

Ela revela ser um dragão de ouro ancião aprisionado a sua forma humana por uma maldição que a obriga a envelhecer e definhar pouco a pouco. Diante de um espelho veem uma humana jovem e altiva se observando envelhecer enquanto tudo e todos ao seu redor se afastam. Eles veem uma batalha nos céus de Faerun. Runara em sua forma draconica e uma dragão ancião vermelha chamada Sharruth que é derrotada ao cair sobre o oceano. O paladino e o mago então entram em um estado semelhante de transe e proferem palavras em draconico:

“Apenas quando as três partes forem reunidas, o caminho para a prisão será revelado. Três vezes a inocência deve morrer, para que o caminho para a rainha seja forjado.”

Runara e os outros dois aventureiros caem desacordados momentaneamente enquanto do outro lado da ilha um relâmpago e um rugido atravessam a janela de uma torre de observatório em direção a noite tempestuosa.

O Desafio dos Três — 02 — 19/07— Sobre Mortos e Faíscas

--

--

Victor Kichler
Desafios em Faerun e Além

“As vezes tudo que precisamos são umas palavras espalhadas ao acaso pra fazer a maré virar pro nosso lado”