Vagas de emprego, autoconhecimento e desabafo

Sabe quando acontece alguma coisa que te faz olhar para dentro de si mesmo, respirar fundo e falar: puta merda, desculpa por todas as vezes que eu fiz isso? É assim que me encontro hoje, falando “puta merda”.

Faz um tempo que eu me inscrevo para algumas vagas de emprego, mando e-mail, portfólio, cartinha de apresentação, um texto motivacional e um sorrisinho no final (calma, eu trabalho com criação).

Não é nem que eu esteja, de fato, procurando um emprego, mas eu gosto de saber se o meu trabalho está sendo bom, se existem oportunidades melhores para mim e de fazer uma auto avaliação de acordo com os retornos que eu recebo (ou não) dessas vagas.

Eis que o mundo virou e eu postei num grupo sobre a necessidade de um freela na agência que eu trabalho e pedi, no meu texto, os portfólios e pretensões salariais por inbox, deixando claro também o nível de profissionais procurados.

Como resultado da experiência, agora eu acredito em karma.

Dos muitos perfis que recebi:

- 80% mandou perfil do linkedin e uma mensagem falando “meu portfólio tá lá”, sem pretensão;

- 10% mandou portfólio nos comentários, sem falar para qual das vagas estava se candidatando e nem a pretensão;

- 5% mandou outra coisa, tipo o currículo;

- 5% mandou direito.

Depois disso eu estou aqui me descabelando e querendo me desculpar com cada vaga que eu já ignorei a pretensão salarial.

Deixo aqui meu apelo: se você está em busca de um emprego, se é importante para você, leia o anúncio da vaga e mande exatamente o que a pessoa está pedindo (portfólio é portfólio, currículo é currículo e linkedin é linkedin).

Agora é sério: eu sou boazinha, entrei nos perfis, mandei mensagem pedindo a pretensão, pedindo link da pasta, agora imagina quem recebe muitas pastas a mais que eu e que tem menos paciência? Você já é descartado no cara-crachá do primeiro e-mail e, às vezes, nem é culpa do seu trabalho.

É isso, boa sorte nas buscas e boa segunda-feira (se é que isso existe).