O que o mundo precisa de você?
Esperar, a gente sabe que ele espera várias coisas. Mas o que o mundo realmente necessita que você dê a ele?
Se você também está vivendo os seus 20 anos, provavelmente já tentou muitas coisas, e desistiu da maioria. Apesar de tentarem nos fazer acreditar que isso é um grande problema, eu gostaria, honestamente, de te dar os parabéns por continuar tentando.
É difícil.
Cada erro te faz pensar se vale à pena querer ser diferente. Talvez seria mais fácil eu ir fazer faculdade que os meus pais queriam é um pensamento que vive te atormentando.
Eu tenho 23, já comecei e desisti de três faculdades, meia dúzia de projetos online e de morar sozinho (quase sozinho, já que estava com a minha companheira) são os exemplos mais evidentes.
Em 2014, aos 18 eu me inscrevi em um concurso do Banco do Brasil, por conta de um único pensamento: sério que eu posso ganhar R$ 2.500,00 por mês, antes de fazer faculdade?
Na época, tendo que pedir dinheiro aos meus pais até pra comprar um pastel, essa quantia era uma fortuna absurda. Fui aprovado, mas depois de quase dois anos, desisti de esperar pela chamada.
Em 2015 descobri o marketing digital e a promessa de fazer dinheiro dormindo. Até que deu certo por algum tempo, e nos melhores meses eu conseguia ganhar mais do que o concurso prometeu [SINON]. Foi o suficiente para decidir que ia sair de casa, e logo de cara, ia também morar em outro estado.
O dinheiro parou de entrar, e isso somado à acontecimentos que não pudemos controlar, nos trouxe de volta. Agora estamos morando na casa da mãe dela até o próximo passo ser dado, seja lá qual for.
Agora você já sabe que eu deixei a faculdade três vezes, desisti de esperar por um concurso que iria me garantir estabilidade e segurança (não que isso ainda exista, em tempos de Reforma Trabalhista) e moro com a minha sogra, pode decidir se vai continuar lendo o que eu tenho para falar.
O que não pode, é me impedir de falar. Porque eu acredito que é isso que o mundo precisa de mim — que eu fale, independente de qual for a situação. Talvez as minhas palavras tivessem mais valor se eu fosse um funcionário concursado, ou um empreendedor online de sucesso que ganha dinheiro dormindo ou passeando por Bali.
Na real, pouco importa.
Falar (ou melhor, escrever) é o que tem me feito ser eu de verdade, e como disse muito bem o apresentador de rádio/TV e escritor Glenn Beck, esteja disposto a falhar ou ter sucesso em quem você realmente é. Nunca tente ser outra pessoa.
Quando eu quis fazer um concurso que pagava bem, não era eu. Eram os meus pais. Quem entrou em cada uma das três faculdades foram também os meus pais. Quando eu tentei ganhar dinheiro vendendo produtos online que eu mesmo nunca comprei, era o mundo me dizendo que se eu não quisesse mais ser os meus pais, então esse era o único caminho.
E esse não é um papo de “a culpa é toda deles”. Eles criaram expectativas para o filho com base nos próprios conceitos de certo e errado, de sucesso e fracasso. O que há de errado nisso? A culpa seria minha, se mesmo entendendo que tudo isso era feito apenas para atender à essas expectativas, continuasse no mesmo caminho.
E é isso que o mundo realmente precisa de você.
Não importa se você vai ter um doutorado, falar oito idiomas, fazer três intercâmbios e ser o funcionário mais jovem da empresa à ganhar uma promoção. A única coisa importante será quem realmente estará fazendo isso: você, ou as expectativas de outras pessoas.
Sim, a recompensa usual — dinheiro e prestígio, talvez não venha na mesma quantidade/velocidade que poderia vir se você seguisse pelo caminho das expectativas. Mas seja honesto consigo mesmo: quem queria conquistar todo esse dinheiro e prestígio era você, ou eram os outros?
O mundo não precisa de mais diplomas, currículos e portfólios. Nada disso vai poder garantir o sucesso, a felicidade, ou o que quer que você esteja procurando por conta própria.
Ele precisa de apenas uma coisa: que você seja quem é, que se arrisque e ponha em prática as ideias que lhe dão medo. As recompensas virão, e serão muito melhores do que qualquer um que tente lhe encaixar nas próprias expectativas pode prometer!
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