Você nunca vai descobrir coisas novas enquanto seguir mapas

Queime os mapas para chegar à novos lugares

Samuel de Almeida
Desen
3 min readFeb 21, 2018

--

Foto: Mark Tegethoff

Quando você tem um forte desejo, mas não sabe por onde começar a buscá-lo, se inspirar nas histórias de pessoas que conquistaram essa realização é uma das melhores formas de sair do lugar.

É assim que agimos quando estamos em um lugar desconhecido: procuramos placas de trânsito, damos uma olhada no Google Maps, pedimos informação às pessoas que estão passando, e construímos um mapa na nossa mente — se eu fizer isso, isto e aquilo, chegarei onde preciso.

Com as metas que temos na vida, a situação é parecida — se queremos ganhar mais dinheiro, escolher um novo celular ou aprender uma habilidade, vamos conversar com familiares e amigos, buscar tutoriais na internet, e assim por diante.

Existe apenas um problema com esses mapas: você nunca vai chegar em novos lugares, enquanto estiver seguindo eles.

Podemos encontrar praticamente qualquer lugar na Terra através do Google Maps, mas hoje em dia há quem queira ir até Marte. Essas pessoas estão criando os próprios mapas, descobrindo e registrando por si mesmas qual o melhor caminho.

Na vida as coisas são ainda mais complicadas.

Aquele amigo ou aquela youtuber que está ganhando mais dinheiro, comprou um ótimo celular ou aprendeu o que você gostaria de aprender pode deixar um guia com a jornada que percorreu, mas como esse roteiro vai te levar até o mesmo destino que ele ou ela, se você está partindo de um lugar diferente?

Cada vida é uma experiência única, e seguir cegamente o que alguém diz é como ir de São Paulo à Belo Horizonte usando as informações de alguém que fez uma viagem de Salvador até BH.

Não vai funcionar.

O que podemos fazer então, em primeiro lugar, é encontrar alguém que tenha partido em uma jornada que começou perto de onde estamos. Se você tem 90kg e quer perder cinco, é mais fácil aprender com alguém que também pesava 90kg do que com alguém que tinha apenas 60kg.

A partir daí, vamos testar o que essa pessoa diz.

Testar é muito diferente de seguir. Podemos dar os mesmos primeiros passos que ela, e descobrir onde eles nos levam. Se ainda estivermos no caminho certo, andamos mais um pouco pela mesma estrada que essa pessoa.

Se estivermos muito longe de onde deveríamos, podemos repassar o trajeto e encontrar algum ponto onde tomamos o caminho errado, ou buscar um novo professor; alguém que já tenha passado pelo lugar onde estamos agora.

Temos a oportunidade de repetir esse processo quantas vezes for necessário — testamos um caminho até certo ponto, e então decidimos se é melhor continuar seguindo por ele ou escolher um novo trajeto.

E se por acaso chegarmos num ponto por onde ninguém nunca passou?

Aí as coisas se tornam um pouco mais difíceis, mas ainda assim possíveis. Vamos ter de usar o mesmo método da turma que está tentando chegar até Marte — lançar um foguete por nossa própria conta, descobrir até onde ele vai, e então fazer as adaptações necessárias para que na próxima tentativa ele chegue um pouco mais perto de onde desejamos.

Clique nas palmas (👏) até 50 vezes, para mostrar o quanto gostou do texto. Quanto mais você aplaudir, mais pessoas poderão encontrar esse post.

Isso também indica que eu devo escrever mais sobre o assunto, já que você se interessa por ele!

--

--

Samuel de Almeida
Desen

Aquela bio com uma crise existencial por não saber me definir.