Mentoria feminina e empoderamento profissional: ensinamentos, desafios e sororidade
Primeiramente olá, tudo bem? Sou Florencia, Coordenadora de Design no time da WTT e este ano pude viver uma experiência muito positiva e enriquecedora para minha jornada profissional e próximos passos. Deixa eu te contar um pouquinho.
A jornada em direção à liderança feminina é muitas vezes repleta de desafios únicos e nuances que só quem vivencia pode compreender plenamente. Por mais que meu chefe fosse incrível e me ouvisse com atenção, entendemos que alguns desafios só poderiam ser verdadeiramente compreendidos por outras mulheres. E foi aí que, com incentivo da minha liderança, planejamos um ciclo de mentoria feminina.
A ideia era simples: conversar com líderes femininas de diferentes áreas e entender suas experiências, seus insights e como elas lidaram com os desafios do mundo corporativo. Ao buscar conselhos com outras mulheres, não buscava respostas prontas, mas inspiração para moldar meu próprio caminho. O que inicialmente seria uma conversa estruturada, com perguntas definidas e um roteiro, rapidamente acabou se transformando em diálogos profundos e enriquecedores. Discutimos desde a clássica síndrome do impostor até como lidar com opiniões diferentes e até mesmo como encarar conversas difíceis, como críticas construtivas.
Num cenário onde se fala muito sobre a competitividade feminina, a sororidade evidenciada durante essas conversas foi um grato presente. Encontrei acolhimento, compreensão e validação para minhas emoções e percepções.
Nossos encontros revelaram também os vieses enraizados no tratamento diferenciado que mulheres enfrentam no ambiente de trabalho. Apesar da luta feminista e a maior visibilidade de mulheres conquistando posições de liderança, o machismo ainda permeia o ambiente corporativo, afetando dinâmicas de gênero.
A jornada me fez perceber um desafio: enfrentar resistência e julgamentos simplesmente por ser mulher na liderança. Aprendi que ser firme e assertiva pode ser interpretado como “difícil” ou “rígida”. É uma realidade que dói, mas é parte do nosso caminho. E o fardo fica mais leve trilhando essa jornada com o apoio e inspiração de mais mulheres.
Essa experiência de mentoria não se limitou apenas às sessões programadas. A sororidade experimentada me motivou a oferecer e buscar apoio ativamente, não apenas entre mulheres, mas também em relações com meus colegas de forma geral. Foi uma troca igualitária, onde pude entrelaçar minha história com a da pessoa com quem estava conversando, criando uma relação de confiança equilibrada. Isso não só enriqueceu minha compreensão, mas também fortaleceu a base da mentoria, aprimorando meu relacionamento com colegas e mentoras.
Essa troca igualitária me inspira e motiva a evoluir como líder, e a mentoria não termina na empresa onde trabalho. Estou comprometida a buscar e brindar apoio a outras mulheres em suas jornadas de liderança para fortalecer a presença feminina no mercado. Acredito que, ao expandir esse diálogo, podemos fazer avanços significativos em direção a um ambiente de trabalho mais inclusivo e equitativo.
Este caminho está sendo percorrido ao lado de líderes exemplares, através da troca diária ativa com Paula Vio e Lorena Risse, nossas Líderes Técnicas de Design, e para além do design, como Laise Gonçalves (Diretora de Delivery), Iuliana Fernandes (Gerente de Projetos) e Isabella Teixeira (Diretora de Negócios), que constantemente enfrentam desafios em um ambiente predominantemente masculino.
Para concluir, ressalto que a mentoria feminina não é apenas um ponto de partida, mas um caminho contínuo para a evolução pessoal e coletiva, impulsionando uma mudança poderosa na dinâmica de gênero nos espaços profissionais. Portanto, não importa onde você esteja em sua carreira, lembre-se de que juntas somos mais fortes. Vamos continuar caminhando lado a lado rumo à liderança.
Bora conversar?
