WordPress x Ghost x Medium

Entendendo melhor as plataformas de conteúdo 

Aerochimps
5 min readMay 20, 2014

Há algum tempo, mais exatamente em 2011, John O’Nolan, um designer que já havia trabalhado no time do WordPress, publicou um post em seu blog pessoal criticando os caminhos que a plataforma de conteúdo havia tomado.

Usuário assíduo de sistema de blogs, John O’Nolan não gostou muito da nova proposta do WordPress, que deixou de ser “apenas uma plataforma de blogging” para se tornar um sistema de gestão de conteúdos completo (full featured CMS).

Mas John não ficou apenas na crítica. Em 2013 ele lançou o Ghost, uma ferramenta total open source e financiada coletivamente — o projeto conseguiu arrecadar quase US$ 200 mil pelo Kickstarter. A nova plataforma promete formas mais fáceis, simples e intuitivas de desenvolver um blog.

Porém, antes do Ghost, lá em 2012, nascia o Medium, plataforma que escolhemos para publicar o nosso conteúdo “bloguístico”, de onde você nos lê neste exato momento. No entanto, o Medium não pode ser considerado uma plataforma de blogs. Os seus criadores, Evan Williams e Biz Stone, cofundadores do Twitter e do Blogger, o definem como “um lugar melhor para ler e escrever coisas que importam.”

Cada um tem as suas particularidades, mas o que os três têm em comum é a valorização do conteúdo.

Então, qual deles é melhor?

Tudo depende da sua proposta de conteúdo e do que você procura. Para facilitar o entendimento, mostraremos abaixo as características de cada um.

O Wordpress é um dos Sistema de Gerenciamento de Conteúdo (CMS) mais utilizados atualmente. Lançado em 2003, a plataforma já está na terceira edição. De lá pra cá, sofreu várias alterações. Agora, além de uma ferramenta para blog, é uma plataforma muito utilizada também para sites e e-commerce.

Fazem parte das qualidades do WordPress a simplicidade e a eficiência. Do ponto de vista do usuário, ele possui um painel administrativo simples, bonito e fácil de usar. Do ponto de vista do desenvolvedor, uma arquitetura de templates fácil de entender e explorar, arquitetura de plugins eficiente e uma estrutura de banco de dados simples e poderosa.

Já no quesito indexação, o Wordpress leva vantagem, pois atualiza o código-fonte para adequar-se aos padrões do Google mais rapidamente que os demais gerenciadores de conteúdo.

Além disso, o Wordpress possui widget RSS de fácil instalação, o que significa que os blogs dessa plataforma podem ser lidos diretamente de um leitor de feeds, sem a necessidade de ir até a página para buscar atualizações ou consumir informações.

O Medium, por sua vez, apesar de não ser exatamente uma plataforma de blogs, é uma excelente escolha para propagação de textos. Isso porque ele pega os ingredientes fundamentais de um blog, insere um pouco da proposta das mídias sociais e cria um jeito novo de divulgar e consumir conteúdo.

Ao se cadastrar no Medium e começar a publicar, você não tem um blog. Você não batiza com um nome próprio, nem escolhe uma URL bacana. O endereço dos seus textos será sempre www.medium.com/@SeuTwitter, já que o cadastro é feito pela sua conta do microblog. O conteúdo que você publica é seu, tem a sua assinatura e a sua foto. Mas, ao mesmo tempo, é também do Medium e da comunidade que o compõe.

Para entender melhor: sabe as categorias e tags do blog? No Medium, ao invés disso, existem Collections, que funcionam como espécies de categorias, mas, além dos seus, podem reunir textos de outras pessoas que escrevam sobre o mesmo tema que você. E as postagens são públicas por padrão.

O maior ganho com o Medium é uma audiência qualificada, que não é encontrada tão facilmente em blogs do WordPress, por exemplo.

O mundo do Search Engine Optimization (SEO) é obcecado por métricas. Porém, o Medium não se preocupa muito com isso. Há uma única tela de estatísticas, cujo dado mais importante é algo que o Google Analytics não consegue te dizer: quantas pessoas realmente leram o seu texto.

Usando um algoritmo que prevê mais ou menos o tempo necessário para ler cada texto seu, o Medium consegue analisar o comportamento dos seus leitores e estimar qual porcentagem deles leu tudo e qual parcela desistiu no meio.

O Medium não possui um botão ou elemento gráfico para assinar RSS. No entanto, existem URLs de feeds. Basta digitar /feed/ entre o medium.com e o @SeuTwitter ou /nome-da-collection, assim: medium.com/feed/@Aerochimps.

Já o Ghost traz mudanças importante dentro do universo de plataformas para blog, começando pela linguagem de programação. Ele utiliza a Node.js, linguagem baseada em JavaScrpit — o que, segundo os fundadores, torna o processo mais leve ao usuário comum.

Além de ser bonito e simples, o Ghost é completamente customizável e open source, o que o faz ainda mais interessante. Ele foi projetado para que o usuário gaste menos tempo com configurações do blog e mais tempo blogando.

Exemplo disso é a facilidade com que o usuário acessa o tráfego do blog, as assinaturas de mídia social, o desempenho do conteúdo e feeds de notícias. Basta arrastar e soltar os elementos em um painel próprio e personalizável.

Alguns dos diferenciais da plataforma podem ser conferidos no vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=Xzp6YgssAiE

Direto ao ponto

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