As capas de livros ilustrados digitais infantis com temática Covid-19 pela perspectiva do design
Introdução
O livro é um objeto importante para a construção da educação e imaginação da criança, e quando ela mergulha nos textos e imagens contidos em suas páginas, o tempo parece voar. Neste momento singular em que se experiência um isolamento social causado pela Covid-19, o livro se tornou um companheiro presente na vida de muitas crianças, que encontram nele uma válvula de escape para realidade atípica e uma ocupação para o tempo livre.
Durante este período, bibliotecas, marcas, sites, escritores, ilustradores e entre outros estão disponibilizando gratuitamente livros infantis, principalmente ilustrados e em formatos digitais, buscando incentivar o hábito da leitura e entreter os pequenos. O livro ilustrado também está sendo uma maneira encontrada para conscientizar, explicar, educar e confortar as crianças sobre o vírus da Covid-19. A produção deste tipo de livro com o referente tema, tem se mostrado bastante expressiva, como podemos ver através do site New York City School Library System que reúne centenas de livros ilustrados digitais infantis gratuitos relacionados a Covid-19.
Devido ao contexto, estes produtos se tornaram objetos de estudo instigantes para o design, uma vez que a área, mais especificamente, o design editorial e a ilustração estão profundamente conectadas à construção dos elementos gráficos que constituem os livros ilustrados e livros no geral. Buscando fazer essa relação e ligação surge o tema do artigo, que visa compreender: “Como os elementos das capas de livros ilustrados digitais infantis sobre Covid-19 têm sido desenvolvidos graficamente para evidenciar a sua temática?”.
Para desenvolver este questionamento, o artigo é divido em quatro partes, onde primeiramente é conceituado o livro ilustrado e o livro digital, na segunda parte é abordado a capa do livro ilustrado, após, são analisados capas de livros ilustrados digitais infantis com a temática Covid-19, finalizando com a exposição das considerações finais sobre o trabalho.
1. O que é um livro ilustrado?
Os livros ilustrados, segundo a autora Sophie Van Der Linden (2011, p. 24) são “Obras em que a imagem é espacialmente preponderante em relação ao texto […] [e] […] A narrativa se faz de maneira articulada entre texto e imagens.”. Ou seja, são obras que abrangem duas formas de comunicação, onde a imagem é predominante em relação ao texto, mas ambas dependem uma da outra para a compreensão do todo e ser considerado um livro ilustrado. (LINDEN, 2011).
Dessa forma, “Em um livro ilustrado, ao contrário do livro com ilustrações, todos os elementos devem estar totalmente integrados. A tipografia, as ilustrações e todos os elementos visuais são devidamente concebidos em uma unidade e todas suas características são fundamentais para compreensão da história.” (SIPE, 2001 apud TEIXEIRA, 2015, p. 42)
Segundo Linden (2011), as primeiras publicações para crianças que continham imagens foram desenvolvidas no final do século XVIII, através da xilogravura. Conforme novas técnicas de impressão surgiram, a imagem começou a ocupar e dividir cada vez mais o espaço com o texto. A publicação do livro “Macao et Cosmage” de Edy-Lengrad, em 1919, o qual apresenta a imagem como predominante ao texto, marcou o início do que viria ser o livro ilustrado moderno, já que a partir dele, a imagem e o texto passaram a ser cada vez mais elementos que se complementavam. Com as contribuições de Robert Delpire, entre 1950–60, a materialidade do livro ilustrado, e outros elementos que o compõem, passaram a ser considerados no momento de sua criação, evidenciando a sua importância no aspecto visual. Nas décadas seguintes, através da iniciativa de editoras inovadoras e artistas, o livro ilustrado foi experimentado em sua totalidade, e novas possibilidades de impressão, suporte, técnica, material, gráfica e outros atributos relacionados a ele surgiram, contribuindo para a consolidação do livro ilustrado contemporâneo, em 1990.
1.2. O livro digital
O surgimento de novas tecnologias atrelada a popularização da internet conduziu mudanças nos hábitos de consumir produtos culturais, inclusive o livro, que passou a ser encontrado no mundo digital, através do livro digital, também conhecido como livro eletrônico, e-book, eBook ou e-dition (FLATSCHART, 2014 apud TEIXEIRA, 2015 p. 33) e que pode ser definido como “[…] uma publicação em formato digital, que pode ser lida em dispositivos computacionais, podendo conter textos escritos, imagens e outros recursos, bem como multimídia e interatividade” (FLATSCHART, 2014 apud TEIXEIRA, 2015, p. 33).
O livro ilustrado também está presente no mundo digital, e pode ser encontrado nos mais variados formatos, como o PDF, HTML, MOBI, AZW, ePUB, e também em book-app (CALDAS, 2015), conhecido por ser o formato que normalmente comporta os e-picturebooks ou livros ilustrados digitais infantis (PINTO; ZAGALO; COQUET, 2012 apud CALDAS, 2015, p. 13) que “[…] representam o correspondente virtual do livro ilustrado impresso — adaptado com e para as novas mídias, através de ferramentas tecnológicas multimídia-imersivas.” (CALDAS, 2015, p. 14).
O que se pode ver nos book-apps é uma profusão de opções de interatividades e multimídias que permitem o usuário explorar durante a leitura o suporte (tablets e smartphones) através, por exemplo, dos diversos tipos de movimentos por meio do touchpad, do som, do uso de jogos e entre outros (ESTEFANI; QUEIROZ, 2016). Dessa maneira, a ideia de interatividade, que já existe e é bastante explorada nos livros físicos, principalmente infantis, no digital se expande, abrindo novas possibilidades de empregá-la. (ESTEFANI; QUEIROZ, 2016).
Desta forma, como afirma Caldas (2019, p. 13), o livro ilustrado na era digital “[…] tem seus formatos e práticas reconfiguradas, esboçando novas categorias de leitores, produtos e práticas de leituras, agora interativas e multimidiáticas [...]”.
2. A capa de um livro ilustrado
Um livro é constituído e estruturado por vários elementos, sendo a capa um dos mais importantes, visto que é através dela que o usuário terá seu primeiro contato e impressões sobre a obra (LINDEN, 2011), tornando-a assim, um fator decisivo para a abertura ou não, escolha e/ou compra do livro (HASLAM, 2007). Por meio das informações e elementos contidos na capa, o usuário consegue, na maioria das vezes, obter as primeiras ideias do assunto abordado na obra (HASLAM, 2007; LINDEN, 2011).
Em relação a sua função, inicialmente ela se limitava a proteção do miolo, com a inclusão do nome do autor e da obra, ela passou a ter uma função informativa, enquanto o espaço decorativo encontrado nela passou a ser usado como uma forma de diferenciar e identificar o livro. Ela se tornou então, um elemento de comunicação para com o leitor, elevando-se a sua função também a um carácter comercial (CARVALHO, 2008).
A estrutura física de um livro é construída por três partes: a capa/parte frontal, a lombada e a contracapa, mas também pode incluir orelhas (CARVALHO, 2008). A primeira capa “normalmente tem um impacto maior do que a quarta capa, por motivos óbvios: a primeira capa proclama e a quarta capa relembra; a primeira capa diz ‘olá’ e a quarta capa diz ‘adeus’.” (HASLAM, 2007, p. 161).
Contudo, Nikolajeva e Scott (2011) destacam que, apesar da função decorativa e primeiro impacto a qual a capa está fortemente associada, ela também pode ser no livro ilustrado, parte da narrativa, que pode começar na primeira capa, ultrapassar a última página e terminar na quarta capa.
No livro ilustrado digital, a lombada e as orelhas não existem, permanecendo apenas a capa e a contracapa. Muitos dos elementos que constituem estas partes extinguidas, são incluídas no interior da obra ou até mesmo no site/loja/aplicativo onde estão armazenadas. Já a capa tem praticamente quase todos os seus elementos intactos, visto que o nome do autor, ilustrador, obra, subtítulo, a imagem e a marca da editora (RIBEIRO, 2003) ainda constituem uma capa de livro ilustrado digital.
“Uma capa de livro é, antes de tudo, a representação em termos gráficos do conteúdo da própria obra.” (RIBEIRO, 2003, p. 376). Estes termos gráficos tratam-se, principalmente, da tipografia, cor, imagem, formato, composição e hierarquia das informações (HASLAM, 2007; RAPOSO, 2015; RIBEIRO, 2003). E cabe ao designer, pensá-los, produzi-los e organizá-los considerando a sua unidade, tornando a capa esteticamente agradável e mais do que isso, comunicando através dela a mensagem proposta.
3. As capas de livros ilustrados digitais sobre Covid-19
Buscando compreender como estes elementos gráficos da capa — e aqui, cabe enfatizar que refere-se apenas a capa /parte frontal — estão sendo trabalhados nos livros ilustrados digitais infantis para evidenciar a sua temática, a Covid-19, é feita uma pesquisa que consiste numa coleta intencional de 24 exemplares de capas de livros ilustrados digitais infantis em variados formatos e idiomas com temática Covid-19, selecionados através do site New York City School Library System, já mencionado neste artigo, devido a quantidade de exemplares comportados por ele, bem como a sua disponibilidade gratuita, facilitando o desenvolvimento da pesquisa.
Neste artigo, são abordados os elementos gráficos elencados anteriormente, trazendo-os para a perspectiva da capa do livro digital. Eles são tratados de maneira sucinta, desta forma, não há a intenção de apresentar uma análise minuciosa para cada um dos exemplares selecionados, e sim uma quadro geral do que é possível encontrar nestes tipos de capas.
O formato do livro ilustrado digital, como já observado, pode ser encontrado em PDF, MOBI e entre outros. Os livros analisados encontram-se disponibilizados, em sua maioria, em mais de um tipo de formato, sendo o PDF o mais comum. Seu uso pode ter como justificativa o fato dele ser um formato que pode “[…]ser acessado ou lido por grande parte dos notebooks, tablets, e-readers e smartphones.” (CALDAS, 2019, p. 61), facilitando a oportunidade de leitura para um público maior. Observa-se também que muitos dos livros são hospedados em sites gratuitos, como o Issuu. Em relação as suas dimensões, os livros analisados apresentam, em geral, uma forma quadrada, retangular ou horizontal, as quais são bastante utilizadas em livros ilustrados físicos (LINDEN, 2011), evidenciando assim, uma tentativa do livro digital de se aproximar das características encontradas no livro físico.
É o formato/dimensões que determinam o espaço de expressão para os elementos (LINDEN, 2011) como é o caso da imagem/ilustração, que na capa de um livro ilustrado, assim como no restante dele é o elemento principal e predominante. A ilustração no livro ilustrado pode ser expressada através das mais variadas técnicas bem como estilos (LINDEN, 2011). Nas capas analisadas, nota-se uma predominância do estilo cartunesco bem como da técnica de ilustração digital, que é trabalhada tanto de forma mais orgânica quanto minimalista. Através dela também é possível simular materiais artísticos manuais, e essa característica da técnica se mostra bastante explorada para construir e constituir o conteúdo destas ilustrações.
Conteúdo este onde são observadas certas características, tais como a frequente representação do vírus relativo a Covid-19, retratado na maioria das vezes como uma criatura redonda com vários picos ao seu redor, evidenciando assim, a busca dos ilustradores em criar representações do vírus próximo a sua forma vista através do microscópio. É pela sua forma, que também se assemelha a uma coroa, que alguns ilustradores, buscam fazer esta relação nas capas analisadas, criando personagens do vírus com esse objeto, trazendo-a para o lado lúdico do vírus ser um rei, por exemplo. No livro ilustrado, personagens animais são bastante empregados — tanto como protagonistas ou coadjuvantes — visto que eles trazem “[…] fartas possibilidades de soluções de imagens […]” (NIKOLAJEVA; SCOTT, 2011, p. 127) e nas capas analisadas, isto não é diferente, é comumente observado o uso de personagens neste sentido, sendo eles tão presentes quanto (ou até mais) o uso de personagens humanos, onde é observado que em boa parte se trata de crianças.
Nas capas analisadas é possível encontrar muitos elementos que compõem a ilustração que evidenciam a temática Covid-19, como o fato de personagens serem representados utilizando máscaras, luvas e produtos de desinfecção, que no contexto atual está intrinsecamente atrelada à ideia de proteção e cuidados de higiene para com o vírus. Os livros que abordam em específico, o isolamento social também tem os elementos da ilustração bastante evidenciados, visto que muitos ilustradores representam o(s) personagem(ns) em janelas ou casas, enfatizando a ideia de isolamento.
Contudo, mesmo com a maioria dos livros analisados tendo sua temática evidenciada explicitamente na capa, há alguns que buscam criar um suspense do que será encontrado no interior do livro, como o “Stuck Inside” escrito por Dan e Kathryn Allman e ilustrado por Lisa Johnstone onde a ilustração é apenas uma casa e “QUERO SAIR!” de Cava Diaz e Nico Ordozgoiti onde o personagem do coronavírus é mostrado parcialmente. Ambos deixam o leitor curioso para abrir o livro e ver o que acontece dentro dele.
Desta forma, observa-se que é a imagem/ilustração destas capas, que na maioria das vezes, vai comunicar a temática do conteúdo da obra. Porém como já observado, um livro ilustrado se constrói através da união e relação da imagem com o texto, logo o título encontrado na capa está intrinsecamente ligado a imagem, e pode ser complementar, redundante ou contradizente a ela (LINDEN, 2011), sendo estes dois primeiros as formas mais recorrentes encontradas nas capas analisadas.
O texto e todos os complementos textuais como subtítulo, nome do autor e/ou ilustrador são pensados graficamente através da tipografia, que pode ser encontrada nestas capas analisadas através de variados estilos, tamanhos e formas. Percebe-se que nelas há a brincadeira com palavras do título que possuem a letra “o”, a qual apresenta uma forma redonda semelhante a imagem do vírus da Covid-19, como é o caso, por exemplo, das tipografias das capas “Be a Coronavirus Fighter” da escritora Songju Ma Daemicke e ilustradora Helen H. Wu e “Coronavirus no es un príncipe (ni una princesa)” da autora María Coco Hernando e ilustrado por Sara Ramirez. A capa “Careless Corny: A Cautionary Tale” do livro escrito por Kyle Horne, Erin Shields e Nicole F. Albers e ilustrado por Rebecca Yeretzian-Santana, segue a mesma ideia, porém o vírus neste livro é representado por um personagem gelatinoso verde, que aparece somente dentro do livro, contudo, ele é indicado na capa através de uma textura incorporada na tipografia do título, evidenciando assim as várias possibilidades criativas tipográficas encontradas nestas capas.
O título se apresenta como o elemento tipográfico mais explorado graficamente nas capas analisada, enquanto os outros elementos textuais, como subtítulos, nome do autor e/ou ilustrador usam o mesmo estilo gráfico encontrado no título, evidenciando assim o pouco uso de variação de estilos tipográficos em uma mesma capa.
A cor é um elemento gráfico que normalmente se apresenta na capa através de uma cor predominante (RIBEIRO, 2003) e tal característica é encontrada nos objetos analisados. Não identifica-se nenhuma cor específica sendo associada a Covid-19 — contudo observa-se que muitos designers/ilustradores usam paletas de cores com predominância do azul, amarelo e verde — muito menos ao personagem do vírus, que é representado nas mais variadas cores.
Por último, é abordada a composição e organização das capas analisadas. Observa-se nelas uma predominância de composições centralizadas, sendo algumas delas mais orgânicas enquanto outras tendem para o lado para minimalista, ou seja, com menos informações e muito espaço em branco. Em relação a organização de todos os elementos da capa (título, subtítulo, imagem, editora, nome do autor e do ilustrador) nota-se que o texto ocupa, na maioria das vezes, um espaço menor que a imagem, algo bem característico do livro ilustrado e que também é encontrado nas capas analisadas. Nas composições observadas, o texto se apresenta como o primeiro elemento a construir a capa, pois se localiza na parte superior dela, seguida dos subtítulos, a imagem, enquanto na parte inferior da capa são dispostos o nome do autor, ilustrador e editora. É importante ressaltar que este tipo de organização citada aparece na maioria das capas analisadas, mas há outras que não seguem esse arranjo, e muito menos comportam todos os elementos de uma capa, alguns optam por colocar o nome da editora, autor e ilustrador nas páginas internas do livro ou na contracapa, por exemplo.
Alguns dos livros analisados, são traduzidos para vários idiomas, desta forma, as informações que compõem a capa como o título e subtítulo são os principais elementos que tem sua tipografia e disposição repensadas levando em conta a necessidade de adaptação, visto que para cada um dos idiomas, estes elementos textuais são alterados. Observa-se que a solução gráfica encontrada para a maioria das capas é dispor o título e subtítulo em espaços chapados, sem textura ou ilustração, facilitando assim, a troca deles na composição da capa. Há também aqueles que optam por não modificar a capa, deixando-a em sua forma original e alterando apenas o conteúdo textual interior do livro. A necessidade de projetar a capa — bem como o resto do livro, visto que as modificações não se restringem a capa e muito menos a tipografia — e seus elementos levando em conta a diversificação de idiomas, se mostra como um desafio para o designer, visto que há toda uma gama de aspectos culturais, e consequentemente, gráficos que devem ser considerados.
Em suma, o que se observa na análise é que muitos ilustradores/designers buscam soluções gráficas claras para capas acerca do conteúdo da obra. Onde nota-se que a representação e/ou nomes relativos ao vírus estão presente em quase todos os exemplares analisados — seja de forma mais subjetiva ou óbvia — e que são explorados criativamente em quase todos os elementos gráficos, mas principalmente através da imagem e tipografia.
4. Considerações finais
A partir da análise desenvolvida, baseada no breve estudo acerca do livro ilustrado — tanto físico quanto digital — e da capa que o constitui, acredita-se que este artigo conseguiu atingir o objetivo de responder o questionamento proposto, que buscava compreender como os elementos das capas de livros ilustrados digitais infantis sobre o Covid-19 estavam sendo desenvolvidos graficamente para evidenciar a sua temática.
A produção de livros ilustrados digitais infantis que tratam da temática Covid-19 já se apresenta em grandes números, que podem vir a ser ampliados nos próximos tempos, uma vez que a pandemia ainda é um problema enfrentado pela sociedade. Neste artigo, analisou-se sucintamente os elementos gráficos das capas de 24 deles, desta forma, pesquisas futuras onde estes elementos possam ser estudados, abarcando outros e mais exemplares, e de forma individual, permitindo um aprofundamento, podem vir a revelar outras soluções gráficas não abordadas nesta análise. Além disso, acredita-se que este tipo de análise pode ser ampliada para outras partes que compõem o livro digital, como a contracapa e o miolo, uma vez que muitos dos elementos gráficos analisados neste artigo se apresentam também nestas partes.
É possível também observar que dentro da temática Covid-19, existem livros que abordam algo específico sobre ela, como o isolamento social. Que representa uma potencial forma de explorar os elementos gráficos, visto que através dela existe uma limitação de subtema, que permite estudá-los detalhadamente.
Os estudos acerca de livros ilustrados digitais infantis que tem como temática a Covid-19 ainda são poucos, desta forma, buscou-se neste artigo além de explanar alguns aspectos gráficos encontrados nas capas deles, também contribuir para ampliar estes estudos, principalmente para a área do design.
Referências
CALDAS, Ana Carolina Medeiros. A reconfiguração do livro ilustrado infantil: construção de leitores e leituras interativas nos e-picturebooks. Dissertação (Mestrado em Comunicação) — Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, p. 146. 2019.
CARVALHO, Ana Isabel Silva. A Capa do livro: o objeto, o contexto, o processo. Dissertação ( Mestrado em Design da Imagem) — FBAUP — Faculdade de Belas Artes. Porto, p. 98. 2008.
ESTEFANI, Thales; QUEIROZ, João. O livro infantil ilustrado torna-se digital: Book-apps como artefatos cognitivos. In: XV Encontro ABRALIC (Associação Brasileira de Literatura Comparada), XV, 2016, Rio de Janeiro. Anais eletrônicos… Rio de Janeiro: Abralic, 2016.
HASLAM, Andrew. O livro e o designer II — Como criar e produzir livros. 2.ed. São Paulo: Edições Rosari. 2007.
LINDEN, Sophie Van der. Para ler o livro ilustrado. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
NIKOLAJEVA, Maria.; SCOTT, Carole. Livro ilustrado: palavras e imagens. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
RIBEIRO, Milton. Planejamento visual gráfico. 9.ed.rev.atualizada. Brasília: LGE Editora, 2003.
TEIXEIRA, Deglaucy Jorge. A interatividade e a narrativa no livro digital infantil: proposição de uma matriz de análise. Dissertação (Mestrado em Design) — Programa de Pós-Graduação em Design e Expressão Gráfica, Centro de Comunicação e Expressão, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, p. 204. 2015.