Os Princípios de Design da RD
Iniciamos na RD uma transformação de Design e começamos a pensar em como fortalecer nossa cultura, processo e produto. Nosso objetivo (fim) é entregar valor para os clientes através do produto, e com base nisso repensamos nossos processos e organização de time (meio). Assim, surgiram algumas necessidades como a criação de uma estrutura para conceber um novo design system (que lançaremos em breve) e a definição de quais são os nossos Princípios de Design.
"At scale, everything breaks"
-Urs Hölzle
Na escala tudo quebra e com um time em constante crescimento (we are hiring!) fica difícil definir entre A ou B quando inúmeras soluções resolvem o mesmo problema. Assim surgiu a necessidade de criarmos nossos próprios Princípios de Design, que além de ajudarem na evolução dos produtos, fortalecem nossa cultura, processo e organização do time. A base dos nossos princípios é a essência do time, o que cada um acredita como pessoa e designer, e quer ver representado nas soluções propostas para o produto.
Onde os princípios se encaixam?
Já temos muita coisa definida e documentada na RD, como nosso Culture Code, os atributos da marca, missão, visão e identidade da empresa. Isso facilitou muito a ancoragem dos Princípios de Design em uma base sólida, de acordo com o que a empresa e times fora do nosso contexto também acreditam. Não faz sentido criar Princípios de Design que sejam diferentes ou desconectados da cultura da empresa. E, da mesma forma, faz sentido criarmos nossos guidelines e design system apoiados em princípios que todo o time de design acredita.
"Principles tend to be very general and would apply pretty much across different technologies and systems. Guidelines tend to be more specific to a device or system."
-Alan Dix
Segundo Alan Dix, os princípios tendem a ser gerais e aplicáveis através de diferentes soluções. Isso significa que não é um guia preciso, mas se estressarmos os princípios em grupo e entendermos em sua essência, o time consegue tomar decisões através dos produtos e funcionalidades de forma autônoma, e se torna cada vez mais rápido/escalável. Princípios também ajudam muito a unificar a visão do que é uma boa solução para o cliente, além de contribuir com a definição do conceito de pronto.
“Rather than thinking, ‘I’m right.’ I started to ask myself, ‘How do I know I’m right?"
-Ray Dalio
Difícil falarmos de princípios sem passar pelo Ray Dalio e essa citação faz muito sentido para o nosso contexto. Mais importante do que estarmos certos, é termos maneiras de saber se estamos certos (ou errados) e, nesse sentido, os princípios nos permitem pensar de forma escalável. Se todos usarmos os mesmos princípios para tomada de decisão, a chance de termos discussões produtivas e soluções alinhadas são muito maiores.
Nossos Princípios de Design
- Busca pela essência
O design mergulha no universo das pessoas a fim de entender suas necessidades e chegar na essência da solução. Sempre existe espaço para quebrar complexidade e refinar. No fim, o nosso design é preciso e o mais simples possível.
Exemplo: Nosso design system passou por uma etapa de identificação de quais modelos são usados para organizar as informações (templates das páginas). Nesse processo, identificamos 72 formas de dispor nosso conteúdo, mas na prática, percebemos que com apenas 12 modelos nós conseguíamos atender todas as necessidades dos produtos, fortalecendo uma familiaridade entre as telas, áreas, espaços e disposições de elementos e ações.
2. Desafia o Status Quo
Nosso design não é razoável ou “Ok”. Ele questiona os padrões e convenções existentes para propor a melhor forma de aplicá-los ou então para quebrar esses padrões e criar um novo formato. E dessa forma, atendemos ainda melhor os objetivos das pessoas.
Exemplo: Questionamos o porquê das coisas serem como elas são (Busca pela Essência), se não encontramos respostas claras, nos damos a liberdade de mudar e experimentar uma nova forma de fazer (Desafia o Status Quo), por exemplo: Em uma automação, podemos mudar as listas de ações, tornando-as árvores de decisão, o que facilita a vida dos clientes. E dispomos essas árvores em um fluxos horizontais, pois acreditamos que decisões são representadas mais como uma linha temporal do que um linha vertical hierárquica.
3. Atrai pela Autenticidade
Nosso design atrai a atenção por ser autêntico e único, visceral. Tem personalidade forte e autenticidade.
Exemplo: Ao buscar pela essência questionando o status quo, acabamos criando autenticidade na relação do cliente com as nossas soluções. Hoje, não só acreditamos que o produto pode ter mais conexão emocional, como vamos usar isso para ajudar os clientes a entenderem melhor os conceitos utilizados no produto. Isso tudo associado ao uso de motion design, ilustrações e cores mais significativas para o contexto e interação.
Gostamos de pensar nesses princípios como um processo com uma sequência lógica de pensar: Buscar a essência, Quebrar o Status Quo e Atrair pela autenticidade. Sempre com o usuário no centro das nossas decisões.
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Quais são seus Princípios de Design? Como definiram e utilizam para melhorar o produto?
Colaboração com Bruno Silva, Caroline Guilherme, Julia Goncalves, Sandra Carciofi e Wesley Rocha.
