Nichos: encontre, converse, abrace.
O objetivo deste leve artigo é despertar a necessidade de se mover, abraçar um nicho e fortalecer seus resultados através do foco de mercado. O mundo está em constante transformação, as pessoas estão cada vez mais buscando motivos autênticos que as harmonizem.
Não dá mais para trabalhar de um modo geral para um público geral. ;)
Nos últimos anos, o mercado vem traçando caminhos para corresponder aos novos e voláteis desejos e necessidades do consumidor contemporâneo.
A era das marcas e a luta pela conquista da atenção começou por volta da década de 90. Antes disso, não havia tanta concorrência e tanta facilidade de acesso aos meios de comunicação.
“Em um dia comum, você normalmente entra em contato com cerca de 1.500 produtos com marca registrada. Se for ao supermercado, serão 35.000!”
Você pode ler mais sobre isso no livro Lovemarks, de Kevin Roberts.
A fuga do mesmo
Fugir do que não há interesse para si tornou-se um hábito para escapar dos fluxos incontáveis de mensagens, sejam visuais, sonoras, multissensoriais, ou na sua caixa de e-mails.
Encontrar nichos de mercado e se comunicar de modo alternativo com eles são algumas das estratégias mais utilizadas para reverter a situação de tanta concorrência e opções paralelas para consumir.
Qual o seu público? No que ele acredita?
É preciso conquistar públicos específicos, proporcionando identificação e empatia com essas pessoas para garantir o relacionamento contínuo e recorrência de compra.
Esqueça a ideia de que sua marca atende todos os tipos de público.
Lembre-se: tudo é nada e menos é mais.
Como exemplo, temos a marca brasileira 33e34, o foco dela são mulheres de pés pequenos, que calçam especificamente 33 e 34. Havia um problema de mercado: a falta de numeração mínima nas prateleiras, causando o constragimento de muitas mulheres precisarem ir para a sessão infantil encontrar um calçado adequado para o seu tamanho. A solução foi o lançamento do e-commerce feito para este nicho com ‘pés de cinderela’.
Ou como o caso da Lotebox que substitui papéis, telefonemas e planilhas no processo do transporte de cargas com um Sistema de Gestão de Fluxo. Ela dá aos exportadores e empresas de logística a possibilidade de citar, controlar e acompanhar o embarque de suas cargas.
A distinção e personalização dos produtos e serviços é uma lógica clara, já que os seres humanos essencialmente buscam se diferenciar uns dos outros. As pessoas estabelecem vínculos em grupos que elas se identificam para ratificarem suas crenças e valores pessoais. Não estou falando apenas de empresas B2C ou B2B, estou falando de H2H (veja mais sobre este assunto neste artigo).
Em termos de negócios, o primeiro passo é se manter atento ao sentimento humano, não agindo somente em nome do consumo: tem que ter causas, afeto, transmitir uma personalidade forte e fidelizar clientes de interesses em comum.
Observe qual é o seu público, não apenas com dados demográficos e faixa etária, mas principalmente com aspectos psicológicos, pois estes sim traduzem os perfis. Afinal:
Como seres mais emotivos do que racionais, buscamos formas de saber quem somos. Aquilo que mais se aproximar do que acreditamos, fará parte do nosso campo de interesse.
DICA: Mapa da Empatia
Este quadro vai ajudar você mapear o que influencia as decisões do seu cliente. Depois de preencher as questões que o norteiam, planeje ações que o contemplem.
Em outro artigo, abordaremos mais sobre o quadro.
O caminho para as marcas é gerar significações na vida das pessoas; interagindo e promovendo experiências que estejam de acordo com sua forma de viver.
Queremos nos achar no mundo
Através do consumo, demonstramos nossa personalidade e nos autoafirmamos no mundo. Comprar da empresa X ou Y vai ditar o próprio ‘eu’. Se sua marca encontra o perfil mais adequado para o negócio, dificilmente ele trocará você por outro concorrente.
Afinal, as pessoas não querem a priore mudar suas visões de mundo, mas sim afirmar e encontrar coisas que concordem com seus pensamentos e aspirações.
Além disso, empresas e pessoas se adaptam conforme o tempo e o contexto, remodelando-se juntas, com novos obstáculos e aspirações. O desafio do gestor, designer e tomadores de decisão no negócio é estar alinhado com as mudanças, lembrando sempre do seu nicho para engajá-lo e não se perder dentro das milhões de marcas multitarefas.
