Só mais outro salto de fé
Frequentemente, me pego tomando decisões, digamos, *irracionais*. E estou diante de mais uma: dar aquele famoso “salto de fé” num futuro desprovido de quaisquer seguranças; e não me parece, de todo, ruim: às vezes é bom desbravar a vida, sem saber muito além do que vai estar no seu prato no próximo almoço (e normalmente nem isso, haha). Nem tudo são flores, no entanto: é sempre aconselhável que se tenha algo em que se possa apoiar… caso você veja que seu salto de fé vai ter um desfecho desagradável. Não que você não possa se machucar: você deve; mas minimizar a dor é bom.
Existem muitas maneiras de se viver: uns a preferem como um algoritmo, outros como uma exploração, outros como uma de infinitos intermediários entre os dois. Eu gosto de me planejar, mas de um modo que eu não tenha em meus planos certezas, e sim alvos. Eu me vejo daqui a, digamos, 5 anos, e vou dando meus pulos pra tentar chegar lá. Mas qualquer coisa entre como eu estou agora, e como eu acho ideal estar na próxima meia década, é uma grande variável para mim. Minha falta de planejamento as vezes chega a ser trágica/cômica, com minhas apresentações sem slides prontos, com minhas apostas na sorte que quase sempre vão mal, risos.
Seguir cegamente rumo ao ideal que se deseja para daqui a cinco anos talvez não seja o ideal, mas uma coisa é certa: você ri e se maravilha bastante, e tropeça e se machuca igualmente. E se machucar faz bem! Fora a dor inicial, não há nada que ensine tanto quanto um tapa na cara bem tomado. Não, caro leitor, não sou masoquista. Apenas sei que nós aprendemos mais fácil com o estímulo certo, e o estímulo negativo é bem certo, na maioria das vezes.
Eu estou dando um salto de fé, no momento. E provavelmente meu destino é o chão frio. Mas o que é provável não é fato, e de qualquer forma, eu vou ver tantas coisas bonitas no meu caminho… Vale a pena arriscar.