Sprite Jogo 2D: como criar personagens, cenários e mundos imersivos

Texto Cícero Nascimento, Ieda Souza, Luiz Sena e Sarah Madalena
Edição Carolina Parente, Thaynara Andrade
Ilustração Ieda Souza

Você com certeza já jogou ou viu algum jogo de Sprite 2D, como “Super Mario World” e “Pokémon Fire Red”, especialmente se você é das décadas de 70 e 80. Mas você sabe o que é exatamente um Sprite? Um sprite nada mais é do que uma imagem ou até mesmo um objeto gráfico de duas dimensões em um jogo, como um personagem e objetos dispostos no plano de fundo. Entretanto, existe algum motivo em especial para utilizar o Sprite 2D em jogos ao invés do uso de elementos tridimensionais? Sim Ao optar em utilizar elementos gráficos 2D, você está economizando recursos que talvez fossem desnecessários ao serem representados em três dimensões. Se você já jogou algum jogo, deve estar se questionando com algo como: certo, mas a escolha de como criar os elementos gráficos, sejam eles 2D ou 3D, realmente contribuem significativamente para criar um realidade imersiva nos jogos?

A resposta para isso é: não necessariamente. Jogos imersivos são aqueles que nos transportam para um mundo alternativo e inúmeras são as técnicas que juntas contribuem para gerar essa sensação, como a de nos fazer sentir como se fôssemos os próprios personagens dos jogos. Podemos ver uma grande variedade de formas em trabalhar com essas técnicas, mas existem algumas peculiaridades que se repetem em cada um deles, sendo elas: os sprites, o ambiente e a narrativa.

Como desenvolvido anteriormente, os sprites são uma das formas de elaborar os elementos gráficos, e é aí que entra o Sprite 2D. Não é essencial que o jogo tenha uma estilo mais realista e moderno para gerar uma imersão, jogos em sprite 2D são podem ser nostálgicos e também conseguem ser bem detalhados.

É exatamente por causar uma nostalgia aos jogadores que, atualmente, temos visto uma onda crescente no desenvolvimento e na preferência por jogos de estilo 2D e pixelado. Mas se você pensa que os sprites são elaborados apenas em pixel art, está enganado. Sim, eles também podem ter um estilo de desenho a mão livre. Um bom exemplo desse estilo é o famoso “Cuphead”. Usando uma temática OldSchool, o jogo foi desenhado frame a frame em mão livre, sendo esse um de seus diferenciais, além de uma inovação no quesito gráfico. E se eu ainda quiser optar por uma forma tradicional de Sprite 2D para construir a atmosfera do jogo? Bem, na construção e criação de mundos 2D há uma técnica muito utilizada chamada tilesets e tilemaps. Essas técnicas ajudam a criar cenários através de um processo simples e intuitivo. E onde utilizamos esses tilesets e tilemaps? Utilizamos os tilesets como sprites para a composição dos mundos, como texturas, paredes, montanhas e outros objetos que compõem um mundo. Já os tilemaps é quando utilizamos as composições de tilesets para construir os cenários. No quesito narrativa, os tilesets e os tilemaps cumprem um papel muito importante para a criação de uma narrativa mais imersiva, podendo manipular e serem manipulados pela trama que os envolve, contribuindo com o storytelling e mantendo o jogador entretido.

Outro elemento significante que ajuda a criar uma atmosfera imersiva são os sons. Tanto os sons quanto as músicas são ótimas ferramentas para transmitir inúmeras emoções aos jogadores, contribuindo para a experiência imersiva do jogo. Por fim, temos a forma de elaborar o texto. A narrativa nada mais é do que o famoso Storytelling. Sim, nem só de beleza se constrói jogos. Uma narrativa bem construída pode não apenas entreter o jogador, mas também deixar o usuário instigado com o desenrolar da história. Quem nunca ficou completamente envolvido com a história de um jogo?! Então, se você quiser se aventurar a desenvolver jogos nessa pegada, se atente aos pontos que foram desenvolvidos, eles com certeza vão ajudar nesse processo.

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