ADORAÇÃO: QUANDO MENTE E CORAÇÃO OFERECEM O MELHOR PARA DEUS

Igreja Batista do Morumbi
Devocionais IBMorumbi
3 min readNov 26, 2015

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Somos tentados quase que dominicalmente avaliar os cultos prestados a Deus, através de uma perspectiva consumista e não focada em Deus!

Em algumas igrejas, os cultos tendem ser permeados pela emoção. As músicas, as orações e a mensagem são guiadas às lágrimas e emoções das pessoas.

Os que estão na direção do culto são movidos também pelas emoções com as músicas repetitivas, orações dramáticas e pregações que apelam muito mais para os sentimentos, sem levar em conta, se realmente o seu conteúdo é bíblico. Promessas de vitórias vêm sempre, saúde e riqueza permeiam estas pregações.

Neste contexto, pouco foco e ênfase são dados ao crescimento espiritual. Um apelo por Deus é exposto, mas sem conhecimento, pois o apelo é respaldado em um ensino superficial; os cultos são avaliados pelo que se sente e não pelo que se dá a Deus.

Ou seja, muita ênfase no que se precisa e pouco foco no que Deus realmente espera de nós. E assim, muitos se ressentem da falta de profundidade e com o excesso de coração.

Por outro lado, em outras igrejas o oposto pode acontecer. Pouca música e as orações são oferecidas ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, entretanto, e aparentemente com pouca conexão com Deus. O alvo ali é ser correto até na forma de orar. As mensagens são exegeticamente preparadas, os detalhes do Grego e Hebraico sendo explicados com o contexto histórico e retórico do texto bíblico esmiuçado.

Desta maneira as pessoas vão se tornando experts em detectar desvios doutrinários. Como resultado, conhecimento se torna o foco e pouco do que se sente ganha espaço.

Então, o conhecimento a respeito de Deus é grande, mas com pouco conhecimento de como Deus trabalha no interior do homem.

E assim, muitos se tornam conhecedores da verdade, mas sentem falta do toque no coração. Ambas as abordagens do culto expressam um estilo consumidor. Isto seria como se cada pessoa assentasse no assento do salão de cultos e esperasse ser movida por aqueles que estão no palco.

Precisamos deixar de sermos consumidores para sermos verdadeiros adoradores. É possível unir coração e mente no culto?

Unimos coração e mente no culto quando nos preparamos a adorar em comunidade ou individualmente. Isto começa com confissão de pecados e depois com a gratidão.

Por causa do sangue de Cristo fomos perdoados e libertos. Somos livres para adorar, mas precisamos nos preparar.

Também unimos mente e coração quando resolvemos nos engajar em cada parte do culto sem julgar quem o está dirigindo. Se for a hora de cantar, vamos cantar de coração para Deus!

Vamos cantar nos entregando com liberdade a Deus, sentado ou em pé, de mãos para cima ou no bolso, com liberdade, sem formatos impostos pelos outros.

Se for o momento de oração, vamos orar juntos com e por outros. Se for o momento da pregação, vamos procurar ouvir Deus e não o pregador.

Finalmente, juntamos mente e coração no culto quando nos privamos em avaliar o palco, mas olhamos para nosso interior, sabendo que Deus nos vê por inteiro e resolvemos oferecer a Ele o que temos.

Assim, com luz ou sem luz, com música de orquestra ou acústico, com um grande pregador ou não, o que importa é: “Pai, quero te adorar e aqui estou. Ouve-me, fala-me, quero te adorar”.

Junto com você, procurando aprender adorar nosso Pai com mente e coração.

Lisânias Moura, Pastor Senior

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