Devs Java Girls? Hã!?

Paula Santana
5 min readJul 13, 2018

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Se você está aqui, provavelmente está curioso para saber a resposta do título. Então, melhor começar explicando que essa é a “minha resposta” e certamente, se conversarmos com cada membro da comunidade, vamos perceber que cada uma terá o seu propósito e valor. Se você acompanha ou já leu algum conteúdo meu, sabe que eu gosto de contextualizar tudo… Vem comigo? 

Como Desenvolvedora Java, confesso novamente que por muitas vezes a síndrome do impostor me dominou. Conhecer as comunidades e ter sido acolhida foi libertador, porque eu comecei a me sentir útil no mundo, como profissional e como ser humano. E isso foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida recentemente.

É óbvio que nem tudo são flores e que, mesmo as flores, tem adubo — e adubo costuma feder! Se envolver em comunidades requer esforço, planejamento e uma resiliência que eu não esperava. Eu tive que escolher as minhas batalhas, isto é, tive que escolher como e para que fim eu doaria meu tempo. Percebi que meu objetivo era evoluir tecnicamente, de forma que eu pudesse utilizar esses conhecimentos na minha rotina.

O ambiente de comunidade é muito bacana, mas a real é que eu trabalho quase 100% com Java. Inevitavelmente, eu preciso investir algum tempo evoluindo minhas hard skills. Entendo que eu sou uma programadora e linguagem é uma ferramenta de trabalho. No entanto, pensa comigo… Eu trabalho com um martelo… para aumentar a minha bagagem de ferramentas e evoluir o trampo para, sei lá, uma chave de fenda… cara, eu preciso primeiro aprender a martelar direitinho. Então… martela o martelão hehe.

Deixando claro: eu sou entusiasta de outras tecnologias e realmente acredito que o importante é resolver o problema da melhor forma possível, sem tanto foco na ferramenta. No entanto, eu preciso insistir: para mim é a hora do java!

MARTELANDO OS PRIMEIROS PREGOS

Nos encontros de comunidades de minas, eu sempre procurei o viés técnico. Isso porque eu não conseguia expor para ninguém as minhas dúvidas e inseguranças! E uma galera sentia a mesma coisa… Depois de pesquisar muito, encontrei um grupo no Facebook chamado Devs Java Girls. Percebi que o grupo era formado majoritariamente por estudantes ou mulheres com vontade de entrar nesse mercado. Então, eu comecei mais uma saga: procurar desenvolvedoras que já estavam no mercado para somar conosco (e ainda estamos aprendendo a fazer isso, ajuda a tia hehe).

Primeiro encontro em SP

Em uns 4 meses, nossa… tudo mudou! Entrou mulher pra caramba na comunidade, de estudantes a profissionais que já atuaram e hoje não atuam mais… Enfim, fizemos um grupo com vários perfis e que está ganhando corpo! O mais bacana é que a galera está aprendendo a se organizar aos poucos e com muita força de vontade.

RESULTADO? TEMOS!

Fizemos poucos encontros até agora, é verdade! Estamos evoluindo no nosso tempo, buscando sempre conteúdos de qualidade. E só de me sentir parte de algo, eu já estou mais segura e consigo dividir minhas frustrações e sucessos com a mulherada — o melhor de tudo: sem medo.

Eu não quero fazer comparações, só quero falar sobre como comunidade importa no nosso cenário! Até porque tem muita vaga para Dev Java (dá um Google e confere). Não estou falando que é a melhor linguagem, só estou refletindo e percebendo que é algo que o mercado pede… e não parece que vai mudar tão cedo.

A grande questão é: será que podemos aproveitar isso para evoluirmos enquanto profissionais? Pensando em diversidade, se Java está crescendo tanto… será que podemos inserir os grupos com menos representatividade nisso tudo?

Primeiro encontro Porto Alegre

O caminho por si só é cheio de pedras, não é fácil e nem tranquilo… o que eu quero é ajuda para transformar essas pedras em diamantes maravilhosos… Posso contar contigo?

Ao todo, somos 17 minas fantásticas na organização desse rolê! E cada uma delas doa seu tempo da melhor forma que pode… Só que a gente precisa de apoio, galera! Daqui para frente, é possível que comecem a pipocar conteúdos e posts de todas as integrantes, porque a gente quer que todo mundo saiba, que todo mundo ajude e que mais mulheres participem! Assim, mais e mais empresas abrem as suas portas e a gente se fortalece enquanto gênero, enquanto pessoa mesmo!

E COMO ROLA TUDO?

Criamos um maravilhoso Grupo de Estudos, estamos organizando DOJOS, meetups e juntando quem manja com quem quer manjar! Em caso de encontros para estudo, pareamos quem não sabe com quem já sabe codar. Entendemos que a prática nos levará para onde queremos e que a evolução técnica é consequência. De quebra, ainda conhecemos pessoas maravilhosas!

Segundo encontro em SP

Queremos reunir o máximo de mulheres para trocar experiências e promover um ambiente seguro para que todas exponham de forma respeitosa e positiva tudo o que pensam. Muitos homens têm nos procurado para participar dos encontros e oferecer ajuda, enquanto outros contribuem compartilhando posts, indicando amigas e parceiros. Aproveito até para agradecer cada força que a gente está recebendo, em especial para os caras que entenderam o significado deste grupo.

Comunidade não é só alegria, oba oba e diversão. Também tem o seu lado esquisito, mas eu prefiro focar no que é bom. O importante é manter o propósito inicial e ajudar muita gente!

AQUELE JABÁ RS

Olha só, estamos nas redes sociais:

FACEBOOK

MEETUP

GOOGLE

Incentive suas migas, manas, parças e conhecidas! Precisamos de pessoas se identificam como mulheres para palestrar, participar, dar novas ideias, escrever no Medium… Acreditamos que todo mundo pode ajudar no que sabe fazer de melhor, de quebra aprendendo um pouquinho.

A gente quer e, claro, a gente precisa de representatividade, então… bora?!

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