arte: Mateus Chaves

COLARINHO BRANCO

Editora Prezinha
DEZOITO

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Texto: Jares Duarte

Não são todos iguais, os homens

Mas são todos bem parecidos:

De como foram cortados

Do modo que estão vestidos

Fáceis de reconhecer, os homens.

Sempre foram como são?

Um dia eu serei como os homens

Quer eu queira quer eu não

Há um arcabouço de homens

De onde surgem e saem

Há também um calabouço

Onde os homens sempre caem

Ternos são fardos pesados

Barba e cabelo aparados

Estão todos embalados

Prontos para o consumo

Os homens não vêm do húmus

Nem tampouco dos antigos

São verdes de suicídio

Seguem por falta de rumo

Não são todos iguais, os homens

Mas são todos bem parecidos.

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Editora Prezinha
DEZOITO

Editora de zines focada em projetos coletivos e experimentação gráfica fazendo a preza pelas amizades que querem publicar