Asas Partidas

Estudos autodirigidos compartilhados

Recentemente mais uma ferramenta de conexão e autoconhecimento chegou para mim. O Oráculo da Mulher Selvagem. Depois de um ano pesquisando a fundo e cocriando comunidades de mulheres, encontrei este oráculo, ou melhor, fui encontrada por ele e decidi ir compartilhando com vocês, através do meu diário de bordo, um diálogo entre o oráculo e a minha trajetória como mãe autodirigida. Um pouco ousado, mas me parece que começamos bem conectadas com esta primeira carta que saiu.

O texto abaixo é totalmente sobre a minha narrativa, há um texto no livro que acompanha o oráculo que estou lendo em forma de áudios e compartilhando no grupo do whatsapp mães autodirigidas, caso você queira ouvir na íntegra e também fazer parte desta comunidade de autodirigidas.

Uma mulher de asas partidas não pode voar. Uma pessoa de asas partidas não poderá descobrir a virtude de sua singularidade e potência se não puder explorar o mundo com confiança, em si, nos outros, na vida…

Mas quantas feridas e quantas dores a Humanidade vem se sujeitando a passar, perdendo a capacidade de reconhecer-se no outro através da individualidade.

Será que existe um caminho para a cura?

Mesmo durante os caminhos mais tenebrosos e os períodos mais tortuosos ainda assim há vida, há renascimento, há possibilidades, tamanha a complexidade e potência humanas.

Sendo assim, mesmo com suas asas partidas você descobre que tem pernas e aprende a correr, saltar, escalar e fazer malabarismos. Você pode tudo o que quiser… Só não pode ficar estagnada, com pena de si, chorando eternamente as asas quebradas.

Chore se for preciso, o quanto for, grite os seus gritos, mas aprenda a correr!!!!

Confia no processo, confia na jornada, confia em seu coração!!

Precisamos contemplar no desenvolvimento das crianças que elas aprendam a confiar no coração, pois não existe melhor bússola para nos conduzir. A bússola da autodireção.

“Confie no visível e invisível ao seu redor. Você nunca está sozinha de fato.

A busca pela cura pode ser a própria cura em si. Fortalecer os pés, os tornozelos, as coxas, as pernas, pode não curar as asas, mas certamente a fará mais forte do que está agora, encurvada sobre as próprias feridas.

Respire fundo e arrisque um passo adiante da própria dor.”

Quantos adultos seguem se comportando como crianças feridas em posição fetal, sobrevivendo a uma vida que não faz sentido, que não contempla a potencialidade humana?

E pior… depois saem descontando nas crianças e vamos gerando ciclos e mais ciclos de seres humanos limitados, impotentes, sem a oportunidade de viverem suas vidas em plenitude. Quanto tempo vai ser preciso para expandir o respeito, a liberdade e uma nova consciência humana?

Olhando bem de perto tá tudo muito difícil e ao mesmo tempo, tem tanta beleza no mundo!! Para onde você prefere olhar? O que você prefere fazer?

Prefere ficar sofrendo eternamente as asas feridas ou começar a praticar a caminhada, até se tornar uma maratonista e ficar com pernas fortes e musculosas para te levar aonde você deseja?

Referência:

PERRONI, Jennifer da Motta. Oráculo da Mulher Selvagem, uma jornada ao encontro do feminino sagrado. Ed. Bambual, 2019.