Mega Man X2

Lucas Pinheiro Silva
Diário de um Gamer
2 min readFeb 5, 2018

Sabe aquela depressão que bate depois de terminar um bom livro ou game, como se o sentido da sua vida de repente acabasse? Não? Loucura de minha parte? Ok, mas de vez em quando tenho isso, e zerar Final Fantasy VI desencadeou uma pequena crise de “depressão pós-game” em mim. Mas sem estresse: decide fazer uma sessãozinha de Mega Man X2 para, digamos assim, limpar o paladar.

Mega Man é um dos meus “portos seguros” no mundo dos games. Não importa meu humor ou situação, sei que posso jogar os títulos do robô azul sem preocupações e me divertirei bastante. Como resultado, já devo ter zerado os jogos a série Mega Man X, minha favorita da franquia, mais vezes do que qualquer outros. O fato de eles serem games relativamente curtos, que dá pra concluir sem esforço em umas duas horinhas, ajuda.

Dentre os Mega Man X*, X2 deve ser aquele que menos joguei. A razão disso é uma mistura de acaso e não sei o motivo. Não acho ele inferior aos outros, muito pelo contrário, considero os três primeiros de SNES basicamente remixes do mesmo game. É só uma coisa que simplesmente aconteceu.

Uma das consequências disso é que X2 é também o game da série que tenho memórias menos claras. Enquanto lembro automaticamente de todos os segredos do X ou X3, sempre acabo esquecendo as fraquezas dos chefes ou a localização de todos os Heart Tanks do X2. Bizarramente, isso coloca o X2 numa espécie de limbo paradoxal: ele é um dos lançamentos mais interessantes do Mega Man pra mim justamente porque não jogo muito, o que me faz querer jogá-lo bastante. Confuso? Bem-vindo ao meu mundo.

Fazendo coro com 99% da internet, tenho que dizer que a série Mega Man X é simplesmente um dos melhores jogos de plataforma de todos os tempos e uma obra-prima de level design. X2 não é diferente, com a dose certa de plataforma e ação, ótimos chefes e uma maestria audiovisual de humilhar muita superprodução moderna. E talvez seja justamente pelo fato de eu não estar tão familiarizado com ele como com os outros, mas nessa playthrough cheguei à conclusão de que é o mais difícil dentre os lançamentos para Super Nintendo — sofri um pouquinho para vencer do Serges, em especial.

Claro, nada que possa deter um veterano como eu. Quatro tentativas depois, eu já estava seguindo adiante e batendo na porta do Sigma. Lembro que quando era criança levei umas duas semanas de jogatina intensa para zerar esse game. Alguns anos depois, ele é um jogo que finalizo em uma tarde. Felizmente, meu amor pela série continua tão intenso quanto na infância.

*Estou assumindo aqui que tudo o que veio depois de Mega Man X5 é uma abominação que não merece esse nome.

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Lucas Pinheiro Silva
Diário de um Gamer

Estudante de história e fascinado pela indústria de entretenimento digital. Algumas vezes finjo que sei escrever e publico alguma coisa.