Phantasy Star II: Parte 2 — Shure thing

Lucas Pinheiro Silva
Diário de um Gamer
2 min readFeb 8, 2018

Após uma sessão de duas horinhas, desbravei Shure, a primeira dungeon do game. Demorei bem mais do que pretendia, mas quando estava na metade da jornada tive que fugir com o rabinho entre as pernas e me recuperar em uma cidade para então tentar de novo. O espaço sideral é imperdoável.

No primeiro game da série, as dungeons eram em primeira pessoa — uma clara reminiscência de jogos como Ultima e Wizardry, que influenciaram os primeiros jRPGs. Por algum motivo, PSII decidiu abandonar essa abordagem, com a aventura sendo toda em terceira pessoa. Isso poderia tornar a exploração menos confusa, o que não é exatamente uma coisa boa: a sensação de desbravar ambientes labirínticos era um dos pontos fortes do primeiro game.

Felizmente, essa sensação é preservada. Os ambientes claustrofóbicos e corredores apertados são substituídos por uma ótima sensação de escala. Shure pode não ser muito grande no papel, mas parece enorme. Grande parte disso se deve à apresentação, que parece mostrar o terreno de uma posição mais elevada, como se você estivesse vendo seus personagens de uma torre bem alta. O level design também ajuda, com muitos becos sem saída e uma quantidade razoável de backtracking sendo necessária para se completar os objetivos.

Apesar de ter perdido a visão em primeira pessoa, as influências de Ultima e Wizardry ainda são bem notórias. Assim como nesses clássicos, cada andar de Shure tem monstros progressivamente mais poderosos. Uma equipe que conseguia confortavelmente vencer os inimigos do terceiro andar pode ser destruída completamente no quarto — o que explica porque tive que abandonar tudo e me reagrupar na cidade mais próxima para tentar de novo.

Claro, o fato de os inimigos darem uma mixaria de dinheiro e experiência não ajuda. Depois de desbravar os andares anteriores, seria de se esperar que você chegasse no último pelo menos um pouco mais forte, certo? Haha. Após duas horas de jogatina, meus personagens evoluíram incríveis dois níveis. Equipamento parece ser o grande determinante do game. Dinheiro é poder!

A grande recompensa por chegar no último andar de Shure é uma carta indicando a próxima dungeon a ser desbravada: Nido. Há uma desculpa esfarrapada para ir pra lá, a filha de alguém que nem me recordo o nome que foi raptada. Fora isso, a trama é, até o momento, um mero pano de fundo para a grindagem e dungeon crawling. Espero que isso mude logo.

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Lucas Pinheiro Silva
Diário de um Gamer

Estudante de história e fascinado pela indústria de entretenimento digital. Algumas vezes finjo que sei escrever e publico alguma coisa.